Bônus 4: Familiar 2.0

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Recebendo um pombo pela manhã, Cyno teve que partir rapidamente até a academia.

Assim que Nari acordou e percebeu que seu namorado não estava ali, ele notou uma pequena carta explicando a saída prematura.

Se arrependendo por tão ter feito 'aquilo' na noite passada, ele se levantou e criou coragem para encarar seus pais novamente.

Os pais do orelhudo estavam tomando café da manhã, Tighnari se perguntou aonde eles dormiram já que sua casa só tinha um quarto e de onde eles tiraram tanta comida, já que sua dispensa só tinha coisas em pó e algumas plantas secas.

— Bom dia, flor do dia!.- A senhora estava com um sorriso enorme.

— O que você quer?.- Tighnari se sentou, puxando a cesta de frutas para si.

—  Você costuma ser tão doce...- A paleontóloga serrou os olhos.

— E você não me pressionava para engravidar.- Nari a cortou.

O pai rapidamente interviu antes que outra discussão se iniciasse, puxando qualquer assunto que eles pudessem tratar sem que alguém acabasse magoado.

— Você poderia ir até Sumeru para comprar alguns itens para mim?.- A mulher perguntou com olhos de cachorro sem dono.

Tighnari ia negar de imediato, mas ele se perguntou se talvez encontrasse Cyno na cidade, então aceitou sem questionar muito.

  Depois algumas horas, ele estava no portão da cidade. Os comerciantes ficavam espalhados pela cidade, mas por sorte os itens que sua mãe precisava estavam todos próximos a academia.

  A pequena lista exigia alguns tipos específicos de tintas e papéis, Tighnari se perguntou se sua mãe estava planejando voltar as atividades na academia, o que seria péssimo, já que ela provavelmente ia querer viver com ele.

Claro que o orelhudo amava seus pais, mas desde cedo, ele sempre teve que ceder aos caprichos do casal. A decisão de entrar na academia foi deles, as conversas exageradas sobre gravidez, úteros e afins era muito para Tighnari.

  Mas ele não culpava totalmente os pais, fazer parte de uma raça rara é assim, seus pais não querem que a linhagem acabe. Até porque eles não conseguiram ter outro filho depois de Nari, até cogitaram que o pai pudesse engravidar, mas todas as tentativas deram errado.

Os Valuka Shuna mesmo que tivessem apenas as orelhas e a cauda como característica remanescentes de seus antepassados, ainda carregavam uma genética forte e pronta para qualquer adaptação.

  O fato de um corpo conseguir se modificar completamente internamente em questão de meses, dizia muito sobre a força dessa raça.

Mas como já era explícito, essa é uma espécie difícil de lidar.

Os Shuna restantes além dos pais de Nari e ele, provavelmente morreriam sozinhos em alguma floresta afastada, já que eles tendem a se tornaram estressado e reclusos.

Então a cobrança sobre um herdeiro não parecia tão absurda, mesmo que fosse um incômodo.

Depois de coletar todos os itens da lista, Nari se sentou na praça da cidade, a linda fonte trazia lembranças que ele guardava com apreço.

Era bom se afastar desses pensamentos sobre bebês, tudo isso havia enchido sua cabeça nos últimos dias.

Olhando em volta, o orelhudo notou duas crianças brincando, aparentemente irmãos de aproximadamente dois anos.

Se sentando ao seu lado, Setaria surpreendeu Nari.

— Eles tem muita energia.- A acadêmica se sentou, aparentemente grávida.

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