A arte da ficção segundo Stephen Koch

ESCREVA SOBRE O QUE VOCÊ CONHECE

Neste tópico, ainda do primeiro capítulo do livro OFICINA DE ESCRITORES, Stephen Koch assegura que o mais conhecido ditado sobre como escrever é o velho conselho escolar ''escreva sobre o que você conhece'', é clichê. 

No entanto... 

''Assim como a maioria dos clichês, tem a virtude residual de ser uma meia verdade. ''

Do ponto de vista literal, é um contrassenso. Se o adotássemos de modo pouco imaginativo. Ficaríamos reduzidos a uma laboriosa autobiografia. Mas, assim que tiver, apreendido o elo íntimo e mágico entre o que você ''conhece'' e o que você imagina, a velha máxima fará algum sentido. 

Stephen é sábio ao nos avisar sobre o risco de escrever sobre aqui que conhecemos, alegando que isso pode nos desorientar, principalmente porque todos nós conhecemos muito mais do que conseguimos exprimir, e todos somos capazes de imaginar muito mais coisas do que conhecemos. O lendário rei do terror, Stephen King, tem sua opinião exposta sobre isso!  

''Penso que o primeiro passo é interpretar escreva sobre o que você conhece da maneira mais ampla e abrangente possível.''  

A chave é partir do que você conhece. 

Por pouco que seja, e prosseguir com constância. Suponha que comece com uma situação ou personagem extraídas diretamente da vida real. E agora vem a questão: Como transformar essa realidade em ficção? por enquanto ficamos sabendo como John Irving faz para desenvolver sua realidade em ficção. 

 Ele começa escrevendo um ''diário'' dessa experiência. Quer ver? 

Começo contando a verdade, lembrando-me de pessoas reais, parentes e amigos. O cenário é repleto de detalhes, mas as pessoas não tão suficientemente interessantes., elas não tem muito a ver umas com as outras; então acabo encontrando algo que passo a exagerar um pouco; gradualmente, forma-se uma auto-biografia que está a caminho de se transformar em mentira.  A mentira é sem dúvida mais interessante. Fico mais interessado na história que estou inventando, no 'parente' que nunca tive. Depois, eu começo a pensar no romance.