Imagination

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Juliette Fairmont

Savannah, Georgia. Agosto. 10 pm.

Estou deitada olhando pro teto. Ontem a essa hora Agnes estava no apê do Oli comigo.

Hoje, estou totalmente sozinha nessa casa enorme.

Voltei pra casa dos meus pais hoje. As aulas voltam em duas semanas e ainda não sei direito se estou pronta pra voltar.

Ben está viajando e volta na semana que vem. Ele está literalmente do outro lado do mundo, então não nos falamos tantoo por conta do fuso.

Acabo de desligar a luz e me deitar.

Tem tanta coisa bagunçada na minha cabeça. Tantas coisas com as quais eu não consigo lidar.... 

Tomei alguns remédios que devem me ajudar a dormir, só torço pra não ter outro pesadelo.

Sonho (narrador)

Jules estava em uma praça completamente vazia, com certeza ela poderia ouvir facilmente alguém a chamar.

Que foi o que aconteceu.

Uma voz que ela tanto conhecia chamava seu nome.

Ela se virou dado de cara com a dona daquela voz.

- Cal?-

- Oi... -

- O que tá fazendo aqui?-

- Eu precisava te ver... -

- Pra que? Quer deixar mais claro o quanto me odeia? Não precisa, eu já sei disso... -

- Não. Não é isso tá... Não vou te falar por sonho... Me encontra nessa praça... -

- Não... É melhor não. Temos que ficar longe... -

- Eu sei que tá machucada e brava comigo... Mas quando estiver pronta pra conversar... Eu estarei na praça, te esperando, sempre nesse mesmo lugar... - 

Elas permaneceram se olhando em silêncio por alguns minutos.

Fora do sonho (Juliette Fairmont)

Acordei um pouco perdida. Sem saber o que fazer.

Levantei da cama pegando uma jaqueta no armário e calcei os primeiros tênis que vi.

Abri a janela indo pra varanda.

Respirei fundo, pensando se devia ou não ir.

- Julie? - Ouvi a voz de Agnes atrás de mim.

- Aggie? -

- Onde vai? Tá tarde pra sair sozinha. -

- Eu só ia tomar um ar... -

Voltei pro quarto, sentando na cama.

- Não sabia que vinha hoje. - Disse tirando os tênis e a jaqueta.

- Eu também não. Só deu vontade de te ver. - Se sentou do meu lado.

- Entendi... Que bom que veio... - Me aproximei um pouco dela.

- Como você tá princesa? - Ela me puxou para seu colo.

- Acho que... Melhorando... Aos poucos... -

- Que bom... É um processo lento, mas sei que vai conseguir. -

- As vezes eu acho que não... Dói demais. -

Ela me abraçou mais forte, me aconchegando em seu colo.

Eu geralmente não choro perto de ninguém. Mas Agnes e Bene fazem sentir confortável suficiente pra não ter que fingir nada, bem segurar meus sentimentos.

Sem que eu pudesse evitar. Algumas lágrimas escorreram por meus olhos.

Não consigo pensar nela sem chorar, o principal problema é, eu tô sempre pensando nisso.

Calliope Burns

Fiquei no parque boa parte da noite. Ela não veio, já esperava isso.

Sei que não devia, mas não dá pra aguentar isso, eu preciso falar com ela, preciso saber como ela está pela boca dela.

First Kill. Only Love Can Hurt Like This.Onde histórias criam vida. Descubra agora