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Bordel – Capítulo vinte dois.

Pete nem teve tempo de descansar um pouco no chão do escritório com Vegas, passaram a madrugada ali, fizeram de tudo, menos dormir. Por isso quando Macau já havia fechado a casa foi bater na porta do chefe.

— Precisamos conversar agora — Macau disse batendo na porta — Sério, Pete. Não demore.

— Estamos indo — Pete respondeu com a voz sonolenta. — Vegas?

Hmm — resmungou se agarrando ao corpo do namorado — Precisamos mesmo?

— Sim amor — beijou a testa do Theerapanyakul — Você na verdade precisa ir para casa descansar. 

— E você não?

— Preciso resolver as coisas, como sempre — Vegas se afastou e o mais velho sentou pegando a camisa que estava jogada no chão — Você pode ir até meu quarto e tomar um banho rápido enquanto eu falo com o Macau. 

— Dessa vez eu não vou contestar — resmungou levantando, Pete fez o mesmo — Te encontro daqui a pouco — pegou a camisa e fechou o botão da calça, virou-se e beijou o Pongsakorn — Te amo.

— Também te amo, garoto — disse rindo e Vegas revirou os olhos e abriu a porta. 

Pete arrumou a camisa no corpo e fechou alguns dos botões saindo do escritório, andou até o salão e viu Macau com Diao sentados conversando. Franziu o cenho porque os dois juntos não era algo normal, até porque Macau deixava bem claro sua raiva por Diao e o quanto não confiava no garoto desde que ele pôs os pés ali.

— O que aconteceu? — se aproximou perguntando — Vocês dois juntos não é boa coisa.

— Você nem tem vergonha na cara, ainda tá sujo de sexo, seu merda — Macau apontou e Diao riu baixinho.

— Você mesmo que me chamou e disse que era sério, decidi vir logo ou você iria ficar lá batendo na porta — rebateu o amigo e sentou em uma das cadeiras — E então…

— Yina foi encontrada morta — Diao disse de uma vez — Não sei direito como, mas os chegados do Nop estão trabalhando para descobrir o que aconteceu. Afinal, era mãe do chefe deles e que estava agora na frente das coisas.

— Ela morreu mesmo? — Pete perguntou sério e Diao assentiu — Corpo frio e sem respiração?

— Claro Pete, porque é assim que alguém morto fica — Macau disse soando óbvio.

— Eu sei, só quero ter certeza — cruzou os braços — Era só isso?

— Sim — Diao disse confuso e um pouco assustado pela calma do chefe — Pete, ela morreu.

— Eu entendi — respondeu.

— Se não se importa… Eu acho você tão apático — Diao falou um pouco receoso com o que o chefe poderia fazer consigo por dizer aquilo.

— Ela me fez mal e quase fodeu tudo que eu consegui, triste é que eu não vou ficar — disse simplesmente e Macau suspirou — O que? Eu tenho que ter algum tipo de empatia por ela, Macau?

— Não… Mas também agir assim não é lá algo tão humano, sei lá, Pete. Você tem seus motivos e sinta-se como quiser. — ele disse e Pete revirou os olhos.

— Eu tive uma noite incrível e saber que ela morreu até que alegrou meu dia — deu de ombros.

— Talvez não alegre tanto assim — Diao disse olhando para o celular em suas mãos — Meus pais tiveram acesso e ela morreu assim que saiu daqui — levantou o olhar para o chefe — Sendo assim todos são suspeitos para a polícia.

Bordel - vegaspete versionOnde histórias criam vida. Descubra agora