17 - LIMPEZA

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Capítulo 22
P.O.V[ VINCENT]


Acordei e respirei aliviado por ser um dia domingo, tenho certeza que se hoje fosse dia de semana, eu provavelmente me trancaria no quarto e fingiria morte.

Me levantei sentindo a minha tontura e fui ao meu banheiro para escovar os dentes e passar uma água no meu rosto. Assim que fiz isso, decidi descer para tomar algum café, mas uma movimentação no meu corredor me faz parar. Andei até a porta do quarto da intrusa vendo que a porta estava escancarada.

- Senhorita, S/n, já disse que posso fazer isso - disse a empregada atrevida, nervosa.

- Letícia, eu sinto que se eu não fizer nada, eu vou surtar juntos com meus neurônios - disse S/n.

A morena estava com um conjunto de dormir composto por um short e uma blusa soltinha de cetim azulado.

Uma tentação eu diria.

Ela puxava, ou melhor, tentava levar um móvel do seu quarto para o outro lado, enquanto fazia o maior esforço.

Me encostei na lateral da porta e cruzei os braços vendo todo seu esforço, e a agonia da empregada.

As duas são burras que ainda não me viram aqui.

- Letícia, solta isso agora - disse S/n quando a tal da Letícia foi pegar a vassoura. A desastrada soltou o móvel fazendo ele bater no seu pé.

Burrona.

- Vocês tão precisando de ajuda? - perguntei, sentindo a rouquidão da minha voz.

S/n se virou para mim com uma cara espantada, enquanto tinha sua perna direita levantada por conta do seu pé dolorido.

- Não - disse a morena.

- Sim, ela precisa - disse a empregada, desesperada.

- Letícia - disse S/n, repreendendo-a.

- O que você quer fazer? - perguntei, entrando totalmente no quarto, vendo ela abaixar a perna e fingir que não estava sentindo dor.

- Preciso que você vá embora - disse ela, com sua postura irritada.

Revirei os olhos, sorrindo. Que porra você tá fazendo comigo, S/n?

- Então tá bom - disse eu, e me viro, pronto para sair do quarto.

- Não - gritou a empregada - pela mor de Deus, ajuda essa menina!

- Não preciso de ajuda - disse S/n, e eu me viro para ela, olhando para o seu dedo que agora sangrava.

- Seu dedo sangrando não me diz isso - disse eu, e ela olha para o dedo.

- Porra, por que você me mostrou? Agora vai começar a doer mais - disse ela, choramingando.

- ... O que você precisa? - perguntei de novo.

A intrusa respirou fundo, se rendendo e passando por cima do seu orgulho.

- Preciso que essa penteadeira - apontou para o móvel que estava no meio do quarto bagunçado - vá para aquele cantinho lá.

Descruzei meus braços e, sem muito esforço, eu coloquei a penteadeira onde ela queria.

- Acabou? - perguntei.

- Acho que eu não gostei do lugar - disse ela, examinando.

Revirei os olhos, sabendo que ela estava fazendo isso para provocar.

- Pois vai ficar aí - disse eu, e estava saindo do quarto quando ela me parou.

- Você não disse que iria ajudar? - perguntou, me fazendo virar para ela, que estava com os braços cruzados e uma cara de brava.

𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋||  ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴ.Onde histórias criam vida. Descubra agora