Capítulo 3

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Meu Deus, que dia corrido! Finalmente consegui descansar um pouco, intercalando entre a paciente Seo-Yun e o atendimento no pronto-socorro. Entre suturas, fraturas e gessos, nada melhor do que uma xícara de café para dar uma animada. Afinal, já se passaram mais 9 horas de plantão do dia seguinte.

Seo-Yun está estabilizada e sem intercorrências, e após muita papelada e mais atendimentos, respondo todas as mensagens das enfermeiras. Meu pager apita e, ao olhar o código de mensagem, percebo que a situação não é nada boa. Saio correndo até o quarto de Seo-Yun e, para meu desespero, ela está em estado de convulsão novamente. Os enfermeiros já haviam seguido todas as prescrições que deixei no prontuário médico, mas a convulsão não se estabilizava.

Olho para a paciente e me sinto em choque. Preciso reagir, não é o momento para entrar em desespero. Os enfermeiros Somin e Hee-do estão me apressando e me perguntando o que fazer.

— Somin, vocês já aplicaram o clonazepam? — pergunto, tentando manter a calma.

— Sim, doutora, ela já tomou quatro miligramas, e acabamos de dar a segunda dose.

— Já chamaram o Dr. Jeon?

— Sim.

— O clonazepam não adiantou — diz Hee-do.

— Aplica o fenobarbital, rápido! — ordeno.

— Está no soro!

— Sem melhorias, doutora.

— Chamaram o Dr. Jeon?

— Eu disse que sim, doutora!

— Então chama de novo, eu preciso dele aqui!

Somin se retira para buscar o Dr. Jeon, enquanto a situação se agrava e estou ficando desesperada. O coração de Seo-Yun está ficando fraco e sinto meu corpo tremer e minhas mãos suarem.

— O coração está ficando fraco, doutora!

— Parada cardíaca, parada cardíaca!

— Desfibrilador, rápido!

— Está aqui!

— Carregue em 200, afaste!

— Ainda fibrila.

— Carregue 300, afaste!

— 27 segundos.

— Carregue 360, afaste! Vamos, reage, Seo-Yun.

— 47 segundos! Doutora, aos 60 segundos, você terá que entrar com outro remédio!

— Carregue mais uma vez!

Finalmente, após um momento angustiante...

— Tem ritmo cardíaco!

— Ai meu Deus, obrigado!

— A pressão voltou a subir.

— Graças a Deus!

— Doutora, a pressão está normalizando e o ritmo está voltando.

Respiro devagar tentando me acalmar e logo vejo o Dr. Jeon chegando com Somin.

— O que houve?

— Doutor, ela entrou em convulsão e teve uma parada cardíaca.

— Era para você ficar monitorando ela!

— Eu fiquei!

— Deixe-a comigo. Pode se retirar daqui. Alguém me passe o prontuário, por favor.

Eu me sinto sem palavras e me retiro. Caminho sem rumo, com uma sensação ruim, e corro até o banheiro mais próximo. A ânsia me toma; estou nervosa e sobrecarregada, foi muita informação neste dia. A tarde já se foi e já se passaram 24 horas que estou aqui. Somos convocados para uma reunião. Conto tudo para Park sobre o ocorrido com a paciente e ela me acalma e me motiva, mas ainda me sinto culpada. Chegamos na sala, e com todos os internos reunidos, os doutores entram juntos e o Dr. Jeon começa seu discurso.

— Boa noite a todos. Para quem não me conhece, eu sou o Dr. Jeon, responsável pela ala neurológica. Hoje estou aqui para fazer algo raro para um cirurgião: pedir ajuda aos internos. Estou no caso da Seo-Yun, que alguns de vocês já conhecem um pouco. É um mistério. Não responde à medicação, os exames não indicam nada, ressonâncias e tomografias normais, mas ela entra em convulsão sem causa definida. É uma verdadeira bomba-relógio, e ela vai morrer se não fizermos o diagnóstico exato, porque sozinho eu não consigo. E é aí que vocês entram. Preciso de mais cérebros, mais olhos. Quero que se tornem detetives e descubram o motivo das convulsões. Sei que estão cansados e sobrecarregados, e eu compreendo. Portanto, darei um incentivo. Quem descobrir a resposta ganhará um prêmio. Se a Seo-Yun precisar de cirurgia, essa pessoa irá fazer algo que nenhum interno pode: se lavar, se trocar e participar de um procedimento avançado. Resumindo, entrará comigo na sala de cirurgia. Os doutores Kim Taehyung, Yoongi e Jung Hoseok ajudarão com dúvidas e monitoramento, e Park Jimin entregará os prontuários médicos atualizados. Pesquisem e boa sorte a todos. Lembrem-se: se queremos salvar a Seo-Yun, temos que ser rápidos.

Horas depois...

— Kim, eu não aguento mais olhar para mais um livro e pesquisar. Você esteve desde o começo nesse caso, melhor que eu. Já que estamos trabalhando juntas, me conte algo que ela não mencionou para mais ninguém. Sei lá, temos que conseguir entrar na sala de cirurgia. Eu vi vocês conversando bastante — diz Park.

— Ah, Park, ela é muito simpática. Ela me contou que estava participando de algo como Miss Itaewon e que, para vencer o concurso, fará algumas acrobacias da ginástica artística que pratica desde pequena. Ela tem certeza de que vencerá o concurso.

— Meu Deus!

— O que houve, Kim?

— Park, agora me dei conta. Ela mencionou que, alguns dias atrás, caiu fazendo um movimento. Mas ela nem se preocupou ou contou para seu treinador sobre isso.

— Nossa, Kim, temos que fazer um exame de angiotomografia!

— Sim, vamos chamar os doutores.

Entramos no elevador e seguimos para o terceiro andar em busca dos doutores. Chegando lá, contamos sobre o ocorrido e solicitamos a realização do exame o mais rápido possível para investigar nossa suspeita de aneurisma cerebral.

— Doutoras, as chances de uma queda causar um aneurisma são de uma em um milhão. Entendem o que estão dizendo?

— Sim, doutor, mas não podemos descartar essa possibilidade sem uma investigação adequada.

— Ela caiu, doutor. Por favor, nos dê uma chance de fazer esse exame e descartar essa possibilidade.

— Vamos lá! Vamos descobrir se a Seo-Yun é uma em um milhão!


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Olá, visitantes, e Armys.💜

Eu voltei rapidinho dessa vez, e os capítulos estão crescendo, foram 1102 palavras em. Será que a dupla de internas conseguiu achar a solução da Seo-Yun? E obrigada mais uma vez, a todos os leitores, e por gentileza comentem, e não se esqueçam de dar uma estrelinha, ela é importante para eu saber que estão gostando. Se cuidem, bebam água e sejam felizes, com amor Maressa Abiuse.

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Batidas do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora