Depois de um dia cansativo de faxina, Vanessa resolve deitar para descansar.
Antes ela passa pelo chuveiro, e toma um banho relaxante, coloca uma roupa fresca e então vai até a cama.
Como de costume ela liga o som do seu celular, músicas tocam enquanto ela as sente...
Um toque diferente começa, essa música faz os membros de seu corpo enrijecer, trazendo lembranças, doces e doloridas lembranças, misturadas com a saudade do que foi e do que poderia ter sido.
"Chove chuva chove... Vem matar essa saudade que levo no meu peito, e as lembranças que me invadem..."
Sua infância passa como um flash em sua mente, a fazendo lembrar de Francisco, o seu primeiro e único amor...
Primos que viveram um amor proibido não aceito pela família.
O amor recíproco dos dois, das vezes em que se encontraram escondidos para ficarem juntos...
Daquele pôr do sol, no meio de um campo que eles presenciaram juntos.
Da vez em que ele se declarou com flores e amarrou um dos cabinhos em seu dedo dizendo que aquela era aliança deles.
A dor que sentiu quando ele se foi, até hoje seu peito dói com a lembrança.
A última vez que o viu ele já estava um homem, alto, forte e lindo...
Seu peito quase não aguentou de tão acelerado que seu coração ficou.
Como teria sido se não tivessem se separado?
Será que ele seria dela e estariam juntos? Será que eles namorariam todo esse tempo?
Se ele a visse agora? O que acharia? Será que ainda diria que ela é a linda e doce menina dele?
Anos já se passaram e o amor que ela sente por ele ainda continua o mesmo, forte e vivo.
O tempo, outros namorados, seu casamento (que não durou muito tempo), nada fez com que Vanessa esquecesse Francisco.
Será que o amor dele também continua o mesmo?
Enquanto a música toca, a sua vontade é de ir correndo ao encontro do seu único amor, e em seus braços encontrar o calor que só ele poderia dar.
Sentir o doce que só o lábio dele tem, sentir o amor que precisa ser vivido, nem que seja só por um minuto... Isso já seria o bastante para que Vanessa vivesse feliz... Só por poder demonstrar o pouco do amor que tem em seu coração pelo seu eterno menino.
A música acaba e Vanessa abre os olhos liberando lágrimas presas...
Ela não sabe se o que faz chorar é por ter sido afastada dele um dia, a saudade dos tempo que não voltam, das coisas que poderiam ser vividas, ou de não o ter hoje.
A cada lágrima derramada ela gostaria que aliviasse a dor, mas, não, só há uma coisa que pode aliviar... Na verdade um alguém...
Francisco, seu eterno menino.
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Vidas Contadas
NezařaditelnéO que se passa nas entre linhas de um história? A cada rua há casas, e a cada casa há um morador, e a cada morador uma história. Fatos da realidade se discorrem, pedaços do dia a dia dentro da casa. A estória por trás da história que vivemos! A cada...