VALENTE; a única palavra digna para definir Deianyra Velaryon ╾ a única a sobreviver a sua inconstância. ❜
Em uma dança de dragões, habita uma fênix, que manchou o manto da tradição Valiriana, transformando um ovo de dragão em uma fêni...
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( CAPÍTULO QUARENTA E CINCO)
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❛Em meio às encruzilhadas da moralidade sua resposta lhe aguarda❜
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Em um sobressalto, os batimentos acelerados, o ar em sua garganta por pouco não a sufocou, um tanto ofegante, a boca seca e olhos arregalados, a protagonista havia despertado. Trêmula, Deianyra Velaryon acomodou-se na grandiosa cama e feito um reflexo — costume — virou-se para o lado, em um hábito de ver Príncipe Caspian, o homem que costumava permanecer consigo quando detinha pesadelos — ele costumava conversar consigo até que pudesse dormir novamente — mas, ao virar-se, com a ausência do falecido marido, seu interior revirou-se, quis chorar imediatamente.
O ponto mais interessante da morte. O maior sofrimento não é para aquele que vai, são para os que ficam.
Remexeu-se sobre a cama, incomodada com o curativo em seu braço ainda ferido. Soube que o mais adequado seria queimar seu braço — as feridas costumavam sarar em contato com o fogo. Mas, de certa forma, Deianyra enxergou o corte como um troféu, um símbolo de que a guerreira em seu interior ainda estava acesa, gritava por sangue.
Para que não precisasse o fazer, ela levantou-se, com o coração apertado. Decidiu que deveria tomar um ar, a confusão anterior havia sido digna de retirar sua racionalidade. Havia ateado fogo em todos os seus anos mas, o gostinho ao ver a expressão destruída de Alicent Hightower havia sido palpável. Em meio aos devaneios, decidiu encaminhar-se à área externa, para que pudesse tomar ar fresco.
O que vou fazer sem você? Pensou ela. Respirando fundo, uniu suas mãos, havia muito a fazer, especialmente ao retornar às Terras Médias. Deianyra não poderia pensar propriamente, sua mente estava atribulada, a reação de sua mãe ao exigir que Rhaena e Baela se tornassem herdeiras por direito de Derivamarca e retirar o direito de seu irmão mais novo, Laenor não ajudou nem um pouco — suas palavras muito menos — mas, após o incidente, pode ver o quão receosa sua mãe estava.
De toda forma, a única pessoa que aproximou-se além de seus filhos e guardas juramentados havia sido Corlys, seu pai. Flagrando as grandiosas ondas chocando-se, pode sentir um tecido grosso cobrir seus ombros, virando-se, pode ver seu irmão. Laenor cobriu-a com um casaco grosso devido à ventania, abraçando-a em seguida, o que a fez fechar os olhos, apreciando o afeto de seu irmão — eles raramente trocavam algum contato físico devido à falta de costume e poderia ser estranho mas os dois estavam igualmente desnorteados.
