o natal anterior

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Por alguns segundos Ahva quis muito pedir a Minhyun que não a acompanhasse até o seu próprio quarto, e se o pai dela e o pai de Minhyun não estivessem ali, ela o teria feito, mas que explicação ela poderia dar ao pai, por não querer Minhyun por perto? Não podia fazer isso.
Assim como em todo final de ano, a única movimentação do palácio, era a dos funcionários, até que chegasse dia 25, pois aí a família real invadia cada cantinho daquele palácio, então não cruzaram com ninguém no caminho até o seu quarto, o que deixou tudo mais estranho.
Ele se posicionou na porta e abriu, ela passou do seu lado, e se segurou muito para não gritar, quando sentiu o cheiro dele tão de perto.
Quase o amaldiçoou por ser tão cheiroso.
Ela já não estava mais contando, mas achava que era a terceira vez que pensava no quanto a vida era injusta.
Fechou a porta, antes que ele pudesse fechar ou falar alguma coisa, e não se preocupou em pedir perdão por causa da grosseria com a forma como fez isso.
Largou a mochila em cima da cadeira perto da escrivaninha, e foi em direção a cama, e então todas as memórias do ano anterior voltaram.
Ahva sempre amou o natal do palácio, a família por parte de pai estava sempre toda ali, seus tios e tias, suas primas e primos, com os quais ela havia crescido e amava cada um deles, apenas os avós, os reis, não apareciam todo ano.
Seu guarda real, Jongsu, decidiu se aposentar, e Ahva acreditou que o seu guarda agora seria alguém mais velho tal como Jongsu, mas não foi isso que aconteceu, o filho de Minjae já estava em treinamento fazia mais de 10 anos, e era pra isso que ele estava sendo preparado, Ahva não fazia ideia disso, afinal, ela mal conhecia o filho do chefe da guarda, só o havia visto duas vezes na vida.
Ela lembrava claramente de como haviam sido apresentados no Chuseok do ano anterior, e o quão legal foi ter alguém da sua idade sempre por perto, era como se ela não se sentisse mais tão sozinha naquele mundo.
Os primos da princesa, logo fizeram amizade com Minhyun, o que foi mais legal ainda.
As tardes na piscina, as noites na fogueira, haviam sido incriveis.
Então ela retornou para Gwanju, e voltou novamente para o Natal daquele mesmo ano, voltou com 5 dias de antecedência, pois queria passar mais tempo com ele, e precisava de um tempo sem os primos interrompendo.
Eles ficaram ainda mais próximos, então, no dia 25, depois que todos haviam ido deitar, Minhyun  bateu na porta do quarto dela e Ahva abriu a porta.

- Min, o que aconteceu?
- Vem comigo.

Eles foram até a sala do palácio, perto da árvore de natal, a árvore agora não tinha mais presentes em baixo, todos já haviam sido abertos.

Minhyun puxou uma caixa pequena, e entregou para Ahva.

- Abra, é o seu presente de natal.
- Min, isso é sério, eu avisei que não queria nada.
- Vamos Ahva, abre.

Ahva abriu e encontrou uma pulseira com um pingente com uma rosa, na cor rose quartz e outra serenity.
Ele a ajudou a colocar, foi então que ouviram barulho de alguém se aproximando, e ela o puxou para trás da árvore de natal, mas ele acabou escorregando no tapete da árvore e os dois caíram no chão, ele por cima dela.
Ficaram ali por alguns segundos em silêncio, eles estavam tão perto que o coração de Ahva estava a ponto de explodir, então ela simplesmente o beijou, e para a alegria dela, ele retribuiu, mas assim que o beijo acabou ele se levantou e não falou mais nada.
Na manhã seguinte do natal, a família foi para o outro palácio, o gran palácio, o palácio onde os avós, os reis moravam, e Minhyun não apareceu, ele só retornou no ano novo, mas não falou nada sobre o assunto.
Então, no dia que Ahva estava indo embora de novo, recebeu uma carta.
Em resumo a carta dizia que ele não sentia nada por ela e que o beijo havia sido o maior erro da vida dele.
Ahva também enviou uma carta e devolveu a pulseira, disse que a única coisa que ela queria dele, ele não poderia entregar, e isso era, o amor.

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