Cap 3- Lis .
Após dois longos e incansáveis dias no hospital finalmente chegou o dia minha Alta. O idiota que me atropelou, Vulgo Dean. Não saiu do meu lado nem um minuto. A todo momento ele se mostrava prestativo e queria ficar me ajudando, óbvio que eu negava, já tinha dito a ele que não queria nada que viesse dele. Fico feliz quando ele diz que precisa sair, mais que não demora e volta antes do médico me dar alta.
Graças a Deus o insuportável saiu e até agora não voltou, e sinceramente espero que ele não volte, só assim consigo ir embora tranquila para minha casa.
A enfermaria bate na porta e entra. Ela vem até mim e pergunta:
- Como se sente senhorita?
- Estou bem, só irritada porque não consigo me movimentar da cintura para baixo – digo de cabeça baixa.-Fica tranquila que logo você estará andando novamente, não fica triste não. Bom, vim trazer as suas receitas, e o seu retorno com o doutor Donovan daqui a quinze dias. Seu atestado do tempo que esteve no hospital até o retorno com o Dr. Aqui está a sua alta, e seu encaminhamento para fisioterapia aqui no hospital também.
Agradeço a ela por tudo e lhe dou um sorriso sincero.
Ela me diz o que eu terei que fazer quando for pra casa, os remédios que irei ter que tomar, que não poderei fazer muito esforço, pois posso me machucar e acabar piorando a minha condição
Quando estou pra sair do quarto com a enfermeira empurrando a minha cadeira dou de cara com o paspalho na porta do lado de fora.
Olho incrédula para ele e falo.
- Você não foi embora? Já te falei que não preciso da sua ajuda que eu consigo me virar sozinha. - Digo estressada com a presença dele.- Já lhe disse que não irei sair de perto de você até se recuperar cem porcento. Eu fui organizar o carro pra poder te acomodar melhor – Cruzo os braços na altura dos seios e bufo com o que ele diz.
- Eu não preciso de caridade e muito menos pena Panaca.. - Digo já irritada com a presença dele. - Já lhe disse que é sua culpa eu estar desse jeito. Não quero sua ajuda, não preciso de você eu sei me virar sozinha e não será hoje que irei precisar da sua ajuda.-Deixa de ser teimosa e mandona por favor. É mais do que obrigação minha cuidar de você, já disse que estou em dívida com você. Quando você estiver bem você não precisará mais ver a minha cara, pode ficar tranquila. Agora deixa de marra e vamos. O motorista está a nossa espera.
A enfermaria se afasta e ele segue para o lugar dela atrás da cadeira, e eu logo falo pra ele sair de lá.
- Até onde eu sei estou sem movimento nas pernas e não nos braços e nas mãos. Eu consigo mover a cadeira sozinha não preciso da sua ajuda. - Digo estressada já com ele.
Quem ele pensa que é? Acha mesmo que com esses gestos fofos e de cavalheirismo dele vai me deixar menos irritada e revoltada com ele?Seguimos até o elevador, e insisto em não deixar ele levar a cadeira para mim.
-Já contratei a equipe de fisioterapia para você.
Chegamos no estacionamento e assim que o motorista nos avista já abre a porta do carro, quando chegamos na parte de trás do carro ele tenta me pegar no colo para colocar no banco, mas não permito.
Mesmo assim ele me pega no colo, contra minha vontade. Soco em seu peitoral, mas ele parece nem sentir.
Ele me coloca no banco do carro e depois segue para o outro lado, entrando no carro a seguir.
Finjo que ele não está aqui, e pego meu celular para dar uma satisfação ao insuportável do meu chefe. Digo que não irei trabalhar por um tempo pois sofri um acidente e terei que ficar em casa.
Depois disso seguimos o caminho até a casa dele em um silêncio absurdo.
No caminho acabo cochilando por conta dos remédios que estava tomando na veia. Acabo acordando no susto quando ouço o bater da porta do motorista que desce para abrir a porta pro idiota. Quando olho para a janela me deparo com uma casa enorme e muito linda por fora, tem uma fachada toda branca com alguns detalhes por toda extensão. Fico impressionada com o que vejo.
Quando ele entra no meu campo de visão eu fecho a cara para imediatamente, que vem abrir a porta, coloca a cadeira atrás dele e vem me pegar no colo mais eu o paro com a mão. Mais ele se nega e me pega do mesmo jeito, fico o xingando, mas nem se importa.
Ao entrarmos na casa enorme vem uma senhora nos receber. Ela aparenta ter uns cinquenta anos , se apresenta e diz que se chama Gorete. Me apresento a ela
- Prazer Gorete, me chamo Lisa - Dou um sorriso tímido a ela.-Senhor o quarto de hóspedes do andar de baixo está arrumado.- Ela diz para o paspalho.
- Obrigado Gorete - ele agradece a ela e me leva para dentro da enorme sala.
A casa é bonita mais tem um ar sombrio, as paredes nas cores cinza e preta, os móveis a maioria na cor de madeira e Cinza, não tem muita decoração na casa, vejo algumas fotos que parece ser a família dele.
Ele para na frente de uma porta enorme de madeira e quando abre a porta vejo um belo quarto. A cama impecável, o quarto é branco com cinza e tem um closet enorme. Ele me diz que irei ficar aqui e ele irá ficar no quarto dos fundos caso eu precise de algo. Vejo que ao lado da cama tem um interfone, ele disse que se precisar de algo é só eu discar o número do que eu preciso que ele ou a Gorete vem para me ajudar.
Agradeço ele que se retira.
Fico Ali por um tempo olhando tudo ao redor, pensando como deve ser ter tudo isso, quando ouço alguém bater na porta, e digo para entrar.
- Oi senhora, vim ver se precisa de algo. - Gorete me diz e a repreendo por sua fala,
- Não me chame de senhora, pode me chamar de Lis. Eu gostaria de tomar um banho você pode me ajudar a encher a banheira? – digo a ela que assente com a cabeça e segue para o banheiro. Só então percebo que não tenho roupa a não ser a que eu estava no hospital.
Gorete aparece e diz que o patrão dela providenciou roupas para mim, e fico intrigada com o que ela me diz, mais agradeço.
Gorete me ajuda a entrar na banheira e me deixa lá por um tempo e logo depois volta já com uma bandeja com lanche leve para mim, e a agradeço pela ajuda, e me ajeito na cama.
Ela me entrega o controle da televisão e sai do quarto me deixando sozinha. Quando ela sai eu pego meu celular e fico navegando pelas redes sociais.
Quando enjoo de fica nas redes sociais ligo a televisão e vejo o que tem de interessante passando.
Coloco um filme e fico ali assistindo até que ouço alguém batendo na porta, quando ouço a voz dele reviro os olhos.
- Lis? Posso entrar? - Ele pergunta quando eu não respondo nada.
- O que você quer ? Não quero olhar para sua cara.
E então ele entra mesmo sem minha autorização. Cruzo os braços na altura dos seios e bufo frustrada.
- Eu só vim ver se precisa de algo, se está confortável ou com fome – Ele diz. E eu nego com a cabeça. Antes dele virar as costa para sair eu digo.
- Obrigada pelas roupas - ele agradece com um aceno de cabeça e se retira.
Por mais que eu esteja nervosa e não queria ver a cara dele, também não posso ser tão arrogante assim e ser mal agradecida.
E então volto a presta atenção para o filme que eu estava assistindo.
Depois de um tempo com vontade de ir ao banheiro chamo pela Gorete. Porém ela já não estava mais pois ninguém atendeu na cozinha ou na sala. Bufo revoltada, não acredito que terei que chama o idiota para me ajudar a ir no banheiro. A mais não vou mesmo.
Como a cadeira estava perto da cama eu a puxo pra mais perto de mim e vou me arrastando até tentar sentar nela, só que foi uma tentativa sem sucesso e acabado caindo de bunda no chão. Fico revoltada com isso, quando ouço a porta se abrindo com tudo e o idiota veio em minha direção para me ajudar.
-Por que você não me chamou ? - Ele pergunta.
- Eu não queria incomodar. Liguei na cozinha mais ninguém atendeu então achei que a Gorete já tinha ido.
- Sim ela já foi. Mais poderia ter ligado no meu quarto e eu viria te ajudar.
- Eu preciso ir ao banheiro, você pode me ajudar ou vai ficar me olhando com essa cara de paspalho? - Digo a ele que revira os olhos e bufa.
Ele vem me ajudar a levantar, me pega no colo e me coloca sentada no vaso sanitário e pergunta se preciso de ajudar para abaixar a calça e eu nego com a cabeça.
- Não irei te dar esse gostinho – digo antes dele sair do banheiro.
Faço minhas necessidades e digo que ele já pode entrar , ele vem me ajudar a voltar para a cama.
Agradeço a ele que segue porta a fora. Depois de mais um tempo assistindo televisão acabo pegando no sono com a tv ligada. Acordo quando escuto o barulho da porta se fechando, quando vejo a televisão foi desligada e o ar condicionado foi ligado baixinho. Agradeço mentalmente por estar de moletom e não de lingerie.
E então me permito adormecer novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apaixonada Pelo CEO- Vivendo No Inferno.
RomansaEssa história se passa na cidade de Nova York. Uma moça jovem com um lindo sonho para realizar, porém a vida da muitas voltas e para ela realizar o sonho dela ainda terá que passar por muitas coisas até chegar onde deseja. Durante essa trajetória el...