𝐗𝐈𝐈 ❫ garota de veneza

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"⁠O segredo querida Alice, é rodear-se de pessoas que te façam sorrir o coração. É então, e só então que você estará no país das maravilhas."

     ~ Anônimo

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~ Anônimo

Morgana estava maravilhada, o que contavam sobre a tão famosa cidade sobre as águas era verdade. Dentro de uma gôndola de madeira navegando pelas águas da Veneza, a princesa usava uma longa túnica que a cobria. Ela observava a beleza do lugar e os raios do sol que refletiam na água cristalina, onde era possível ver alguns peixes.

—Você poderia parar aqui?—A garota apontava para um grande cais onde se podia ver alguns pescadores.

—Claro, posso sim.—O senhor com cabelos grisalhos muda a direção da gôndola, recebendo um agradecimento da princesa.

Morgana se retira do barco, acenando para o homem à medida que se distanciava e adentrava mais o cais. A garota sente de fachada o cheiro forte de peixe adentrando suas narinas, fazendo uma careta inconscientemente.

—Por Deus...—Ela diz tapando o nariz.

Mesmo que o cheiro a incomodasse, Morgana não parava seu percurso em direção a cidade. Podia ver os pescadores a encarando a medida que andava. Que inconveniente, ela pensava.

—Garota, não está a fim de entrar aqui?—Um dos pescadores diz de forma maliciosa.

Morgana para abruptamente sua caminhada, pondo-se a virar lentamente para olhar diretamente o rosto do homem. Quem ele pensa que é para me dizer esse tipo de coisa, ela pensa. A garota se controlava para não criar problemas, Carl a havia dito antes de sair para não chamar atenção, não deveria descumprir isso.

—Você é até gostosinha, mas é feia.—O homem fala observando os outros pescadores rirem em uninosso.

—O que disse?—Morgana fechava o punho com força, sentindo suas unhas rasgarem sua pele.

—Ele disse que você é feia, não ouviu?—Eles riram.

Aquilo era a gota d'água para Morgana, seus olhos brilhavam em um verde esmeralda, seu corpo tremia e emanava uma energia poderosa. Os pescadores agora estavam assustados, se distanciaram da princesa aos poucos, recuando para trás.

—E-era brincadeira, você realmente acreditou? Desculpe mesmo.—O homem gaguejava trêmulo enquanto Morgana direciona seu olhar até ele.

—tsc tsc tsc...—Ela nega.

Com o encarar da garota, o homem e os pescadores começam a sentir seu corpo quente, uma pressão, seu interior borbulhava e sua visão embaçava, uma sensação incômoda e um tanto incomum.

—O que aconteceu? Você não era tão corajoso agora a pouco.—Ela falava debochando, forçando uma voz de preocupação.—Patético.

Ela diz por fim antes de milhares de rosas rasgarem o interior dos pescadores, saindo primeiro de seus orifícios e depois rasgando a pele, criando um grande roseiro manchado com o sangue dos homens.

A Entidade • Livro 1 | OS NOVE DEMÔNIOS SUPERIORES (EM REEDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora