𝐗𝐈 ❫ noite na taverna

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  "Erra muito menos quem, com olhar sombrio, considera esse mundo uma espécie de inferno e, portanto, só se preocupa em conseguir um recanto à prova de fogo."

   ~Anônimo

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  ~Anônimo.

  Juliet abre seus olhos, estava atordoada. Havia voltado daquele transe que tanto a prendeu e a edificou com memórias em sua mente. A garota olha a sua volta e observa sentado na poltrona ao seu lado a senhora já sem vida, com um semblante feliz e um sorriso em seu rosto. Ela se aproxima lentamente, se agachando ao seu lado e passando a mão por sua face.

—Você foi muito forte, agora chegou sua hora de descansar.—A garota diz com um pequeno sorriso, embora fosse visível sua dor.

  Ela se levanta lentamente, observando tudo que a velha senhora havia deixado ali, a quantidade de conhecimento que havia naquele lugar, o legado que agora Juliet conhecia não podia ser somente apagado e esquecido.

—Eu vou vencer por nós duas, eu te prometo.—Juliet diz confiante enquanto suspirava calmamente e se preparava.—exemplum autem horum obiecti ad locum transferre non elegit.—Repete diversas vezes observando uma corrente de vento passar por toda a sala cortando entre as folhas.

  A garota finaliza o feitiço e sente seu corpo pesar, ficar atordoado, seus olhos ameaçavam fechar e seu corpo falhar, mas se mantinha consciente. Por um momento, Juliet perde a força das pernas, caindo de joelhos ao chão e soltando um pequeno grunhido de dor, enquanto se equilibrava com as mãos.

—Consegui...—Ela suspira cansada levantando a cabeça antes abaixada.

                                     XXX

  O clima estava úmido, o sol já quase não era presente e ameaçava ter uma grande chuva. Victor e Julius andavam observando a sua volta, finalmente chegando até o reino da suábia, onde manteriam sua busca. Os dois já haviam conseguido três ingredientes de sete da lista no caminho até lá, estavam progredindo na busca, mas já estavam cansados.

—Deveríamos procurar um lugar para dormir, a chuva virá logo.—Victor diz, recebendo um aceno em afirmação de Julius.

  Eles mantêm sua caminhada em meio às ruas da suábia, procurando entre as moradias um lugar onde pudessem dormir. De repente começa a garoar, os finos pingos de chuva molhavam o chão terroso, fazendo com que um cheiro amadeirado ficasse presente.

—Vamos entrar naquela taverna, podemos perguntar a alguém e assim que a chuva parar podemos procurar novamente.—Julius diz apontando em direção à entrada de um estabelecimento muito iluminado enquanto Victor mantinha uma expressão inconformada e pensativa.

—Tudo bem...É uma boa ideia. Vamos.—O garoto diz andando até o estabelecimento junto de Julius.

  Ao chegarem próximo ao local, já podiam ouvir pessoas conversando e rindo extravagantemente alto. Eles entram pela porta de madeira ligeiramente desgastada e mal colocada, o que faz Victor olhar para Julius com um olhar de repulsa. Ao passarem pela entrada são observados por grande parte dos homens que haviam ali o que gera um sentimento de estranhamento em ambos.

A Entidade • Livro 1 | OS NOVE DEMÔNIOS SUPERIORES (EM REEDIÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora