《Em andamento》
Lisa uma estrangeira que se mudou para Nova York em busca de um emprego e uma vida melhor.
Lisa cresceu em um orfanato, por isso sempre teve o básico, quando completou 18 anos se mudou para Coréia a fim de concluir seus estudos lá, ag...
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Mais que merda, minha manhã poderia ficar pior?
Pego meu celular e vejo que já são 8:30, estou atrasada.
Hoje estou indo para Nova York e já comecei com o atraso, não vai dar tempo pra tomar café da manhã.
Corro para o ponto mais próximo para ver se consigo pegar o ônibus, mas não, quem acordou tarde? Quem decidiu esperar Anya para ela mostrar o seu desenho? Quem decidiu que era melhor ajudar um cachorro que provavelmente estava tendo um AVC no meio da rua?
Eu...
Minha genética não podia ser um pouco mais fria não?
Já perdi tantas coisas por ajudar mínimas coisas, mas não me arrependo, no final eu descobria que acabava em um desastre mesmo.
O destino é misterioso, nunca sabemos o que vai acontecer e nesse momento eu soube que era o meu fim.
Adeus Nova York.
Vejo o ônibus se afastar assim que paro de correr, eu poderia muito bem sentar e esperar, mas preferi mandar minhas malas adiantadas por um aplicativo e agora quem chegará no aeroporto são elas e não eu.
Respiro fundo e conto até 10, não vai ser hoje que vou perder a paciência, pego meu celular e já são 8:45, arregalo o olho, como o tempo passou tão rápido?
Não vai dar tempo de ir andando, vou ter que pegar um uber mesmo.
Chamo o carro pelo celular e não demora muito para o mesmo chegar, em torno de 10 minutos já estou no aeroporto, falta pouco pro avião sair, mas mesmo assim consegui chegar a tempo.
- Obrigada senhor, salvou minha vida.- coloco a carteira dentro da bolsa logo após pagar a corrida.
- Apenas fiz meu trabalho.
Saio de dentro do carro e se faltasse tempo me ajoelharia agora mesmo agradecendo Deus pelo milagre, mas falta apenas cinco minutos, então ao invés de agradecer saio correndo para dentro do aeroporto e por milagre ele estava vazio, melhor ainda.
Pago o resto da passagem que faltava e pergunto se as malas já haviam chegado, eles disseram que sim e que eu poderia embarcar tranquila, mas esse não foi o meu caso.
14 horas de viagem pra no fim minha bagagem ir parar no Afeganistão. Que droga, estou em frente ao balcão de atendimento esperando o homem me falar se o carro que pedi já chegou.
- Vai demorar?- pergunto já batucando meus dedos em cima da bancada de mármore.
- Só mais um pouco senhora.
- Senhora?- o atendente me olha novamente e ele parece tão perdido quanto eu.- Acha que tenho quantos anos?
- Pe..perdão. Não foi oque eu quis dizer.- ele diz gaguejando, seu olhar interfere entre mim e o computador por conta do nervosismo.
- Relaxa, foi só uma brincadeira.- digo "calma" e ele concorda com a cabeça mais relaxado.- Mas se me chamar novamente de senhora, não responderei por mim.- digo em um tom ameaçador o fazendo arregalar os olhos.
Ele até que era fofo, seus cabelos eram pretos, as franjas caíam até um pouco nos olhos, mas não parecia o atrapalhar, seus olhos eram pretos também, sua pele bronzeada combinava muito bem e tenho certeza que o mesmo faz academia, porque da para ver os músculos por baixo da camisa social branca que o mesmo está usando, daria um belo de acompanhante sexual.
- Senhorita- sou tirada de meus pensamentos com uma voz masculina me chamando, percebendo que era o atendente arrumo minha postura e olho para seu rosto que está levemente corado.
Eu sei que ele percebeu minhas olhadas, por isso está corado. Rio com os meus próprios pensamentos.
- Você é fofo.- ele cora novamente.- Mas preciso saber se meu carro já chegou.
- Claro, ele já está lá fora.- ele diz ainda envergonhado.
Concordo e pego minha bolsa de cima da bancada, em um papel livre anoto meu nome e telefone e entrego na mão do mesmo.- Ligue para mim quando tiver tempo, estou 16 horas disponível para fazer oque quiser.- solto uma risada baixa antes de deixar o mesmo lá, só que ainda mais vermelho do que antes.
Vejo um carro preto se aproximando e assim que ele para entro dando de cara com um homem de terno preto, lindo por sinal, seu cabelo está arrumado para trás e logo o mesmo desvia o olhar do celular para mim, arrumo minha postura e pigarreio levemente antes de me dirigir para ele.
- Acho que já pode descer, esse é o carro que aluguei.- tento dizer da forma mais prática possível.
Ele riu e abaixou a cabeça.
Ele riu, riu de MIM, DA MINHA PESSOA, DA MINHA PESSOA.
Respiro e novamente conto até dez, afim de me acalmar, nunca perdi a paciência e não será agora que perderei.
- Também quero saber da piada.- cruzo os braços e me encosto no banco, o carro começa a dar movimento e estranho, era para apenas eu estar aqui.- Com licença senhor, deve haver um engano, pois o homem ainda está no carro.- o motorista que está na parte da frente olha para mim e o carro começa a desacelerar, logo parando em uma rua vazia.
Olho para o homem ao meu lado, o mesmo está olhando para mim parecendo me analisar e aquilo me deixou um pouco curiosa, queria saber o que o homem desconhecido estava pensando sobre mim.
- Já pode descer do carro.- falamos ao mesmo tempo.- Acho que pegou o carro errado.- ele diz mechendo na gravata e acompanho seu gesto, percebi agora o tamanho de suas mãos e UAU, são enormes.- Perdeu alguma coisa?- ele diz frio e agora que percebi, encarei demais, de novo.
- Não.- continuo com meus braços cruzados.
- Ótimo, agora saia do carro antes que eu chame a polícia por invasão.- arregalo meus olhos, oque aquele louco está falando?- Rápido.- olho para ele uma última vez e saio do carro, quem ele pensa que é?
O carro volta a andar e só de olhar anoto a placa QNE3A45, quem ele pensa que é? Me expulsou e ainda por cima disse que chamaria a polícia.
Pego meu celular dentro da bolsa e quando ia discar o número do aeroporto logo recebo um telefonema do mesmo, atendo esperando ser notícias das minhas malas.
- Alô.- digo o mais educada possível.
- Senhorita, ocorreu um problema e seu carro acabou de chegar ao aeroporto, tentamos procura-la, mas não a achamos, olhamos pelas câmeras e vimos a mesma entrando em um carro, não sabíamos que alguém ia busca-lá, se soubéssemos teríamos cancelado o carro.- arregalo os olhos, não é possível.
Então o carro era do louco de terno?
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