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GIULIA.

Não sei exatamente em que momento eu cheguei em casa e nem como fui parar na minha cama, me remexo e sinto um puta peso em cima de mim, COMO ASSIMM???

Olho para o lado e Gabriel está com a perna tatuada em cima do meu abdômen, não sei como não sufoquei, vejo que estou toda coberta e me levanto no susto arrancando seu corpo de cima do meu, pelo menos estou vestida e ESPERO que não tenhamos transado, fala sério, tô usando uma blusa que praticamente bate nos meus joelhos e meu cabelo está úmido, queria muito entender o que aconteceu.

—Qual foi que você tá me olhando com essa cara que viu a loira do banheiro?—O de cabelo cacheado resmunga enquanto coça os olhos.

—Que merda aconteceu entre a gente ontem?—Balanço meu dedo apontando pra ele e pra mim.

—Transamos MUITO.—Seus ombros mexem enquanto se senta e da ênfase na palavra.—Você não tava me olhando com essa cara ontem quando tava com a mão no meu pau.

MÃO AONDEE???

—Que sem vergonhice é essa?—Franzo o cenho.—Não fiz nada disso.—Nego com a cabeça.

—Serio po, não sabia que você era cavalona na cama, o rostinho surpreende.—Seus braços vão pra trás da cabeça.

—Eu duvido.

—Então melhor deixar de duvidar, pode admitir que eu faço gostosinho na cama.

—Para de ser idiota gabriel.— Bato em seu abdômen e ele reclama com dor desmentindo tudo.

—Ainda falou que na cama eu devo ser igual minha perna direita.—Eu rio alto e Gabriel me olha com a cara feia se levantando.—Ta vendo? Deveria ter deixado você bebada na rua chorando pelo seu ex enquanto vomitava.

Ele tá sem camisa.

Que corpo puta merda.

—Foi difícil tá, você não queria entrar no banho por nada, porca.—Sua voz sai alto.—E ainda pediu pra eu dormir aqui, não tenho culpa de nada.

—Ei!—Digo puxando seu braço.—Muito obrigada por cuidar de mim, valeu mesmo.

—Tudo bem tricolete.—Ele resmunga balançando meu cabelo e eu ando até a porta de seu quarto.—Você deveria deixar eu dormir com você todos os dias depois de hoje, eu mereço.

—Não merece não.

—Qualé! Minhas costas tão doendo demais nesse sofá e eu sou atleta.

—Já escutei isso antes.—Resmungo virando os olhos.—Você não tá com cartão pro jogo de hoje não né?—Empurro a porta e deixo meu peso nela.

—Não.—Ele diz entrando no banheiro e eu continuo parada preparada pra falar um pouco mais alto.—Vai chorar?

—Vou agredecer essa sua má fase.—Resmungo.

—Relaxa gata, hoje eu faço um gol pra você e ainda faço de homenagem.—Faço uma careta.

—E quem disse que eu quero? Sai fora porra.—Fecho mais minha cara.

𝐑𝐎𝐎𝐌𝐌𝐀𝐓𝐄𝐒, 𝐠𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥 𝐛𝐚𝐫𝐛𝐨𝐬𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora