capítulo 2

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Diluc



"Que droga, ela estava tão linda dormindo. Aqueles cabelos dourados, seu pequeno corpo, os lábios rosados... Fico excitado só de pensar."

Expulsei rapidamente esse tipo de pensamento da minha mente antes de qualquer incidente.

O bar estava lotado hoje, normalmente as sextas são assim.

E esse pequeno bardo soluçando a minha frente cantava uma canção qualquer que eu nem prestava atenção, até que ele disse:

-As flechas do amor atingiram teu coração, mestre Diluc?

Coloquei o copo que estava secando no balcão.

-E que suposição absurda é essa, bardo?

-Ora, ora, suposição? A bela dama que está a vir em nossa direção nega isso.

Olhei para a direção em que Venti apontava e lá estava Lumine. Bela.

-Pois não invente esse tipo de história, principalmente em frente de Lumine. Só irá me envergonhar.

Como negar a genialidade do Arconde Anemo, um ser de centenas de anos? Droga, se ele contar para ela...

Mas antes que isso fosse acontecer, escutei uma voz irritantemente familiar chamar seu nome.

-Lumine, não sabia que estava aqui. Lembra-se que está devendo uma bebida para mim, não? Meu irmão sorriu e apoiou o rosto na mão direita.

"Devendo, quando esses dois viraram amiguinhos? Porra."

-Kaeya, só te pago essa porque as missões estão rendendo bastante. Ela bateu no ombro dele e sentou na cadeira ao lado.

-Mestre Diluc, se lançares mais olhos de flechas para teu irmão, ele acabará como uma peneira. Venti pronunciou.



                                       ~



Lumine



Foi bem agradável encontrar Kaeya aqui, ele foi um dos melhores amigos que fiz em Mondstad.

-Mais uma vez servindo de vigia ao grande herói obscuro?

-Um trabalho que eu não tive escolha de recusar.

Ele bebeu um gole de seu copo e fez um sinal para o garçom.

-Mais um vinho para mim-

-... E uma cerveja para mim.

Já faz algum tempo que eu não bebo, mas como eu prometi o acompanharei na bebida.

Kaeya de repente chegou mais perto de minha orelha, um lugar sensível do meu corpo, me causando alguns arrepios.

-Não queria ter que falar disso agora, mas há uma missão que teremos que fazer em segredo.

-Sobre a ordem do abismo?

Tratei de me recompor engolindo o seco, afinal não era algo certo.

Apesar de tentar disfarçar, ele percebeu e sorriu daquele jeito brincalhão de sempre.

-Ora, ora, mas que orelhinhas sensíveis temos aqui.

Ele passou a mão pelo lóbulo da minha orelha me dando mais arrepios.

-Já te disse para parar com essas brincadeiras.

Dei uma leve risada e bati na mão dele.

-Aqui estão as bebidas.

A bandeja bateu forte na mesa quando o próprio Diluc nos serviu.

-Irmão, bom vê-lo por aqui. O moreno se pronunciou primeiro.

-Que pena que não poderei dizer o mesmo, já que não gosto de certa presença em minha taverna.

-Diluc, não consegui te agradecer por me deixar tomar um banho aqui, muito obrigada.

Estava com isso na cabeça desde que acordei e aproveitei a oportunidade de parar a briga entre irmãos.

-Uau, irmão. Já colocou as garras em Lumine?

O rosto dele ficou tão vermelho quanto o cabelo.

-E desde quando tomar um banho significa algo mais?

-Ah, então ainda está disponível para mim?

Kaeya colocou os braços em volta de minha cintura.

-Oi?

Apenas pisquei embasbacada com aquela discussão ridícula.

-Kaeya, não se cansa de provocar-me?

Era como se Diluc fosse água em ebulição, ele parecia tão bravo olhando para a mão de seu irmão em minha cintura.

-K-Kaeya, nunca disse que estava disponível pra ninguém.-Retirei a mão dele e me levantei rápido.-Se me derem licença eu irei me retirar.

Fui embora da taverna deixando eles e suas briguinhas para trás pois não estava com cabeça para ouvir esse tipo de coisa.

                                            Continua

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