Capítulo 8

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Wandinha via sua mãe pálida e desacordada, e também percebia que seu pai estava começando a ficar desesperado, ao ponto de não para quieto em nenhum lugar, e quando conseguia, falava repetitivamente a mesma coisa:

- Tícia?? Minha rosa negra! Não!

A adolescente estava começando a ficar bastante irritada com as várias vezes em que Gomez, falava a mesma coisa, e por mais que a situação não fosse propiciar, pois, ele estava preocupado com Mortícia, ela não conseguia se concentrar em ler o livro de Elijah, para tentar trazer sua mãe de volta ao mundo real e tirá-la de uma visão, então a menina se levantou e caminhou até seu pai e o encarou nos olhos e o via desesperado, e ele a via fria como sempre:

- Engole o choro! Você acha que a minha mãe irá continuar casada com você quando acordar e lhe ver fraquejando como uma criança? Ela iria implorar pela separação!

- Eras, Wandinha! - ergueu a postura e limpou as lágrimas que escorriam de seus olhos.

- Choro é fraqueza e o que a minha mãe não tolera é pessoa fraca, você como marido dela, deviria saber melhor que ninguém!

- Você tem razão!

- Ótimo! Não falarei para ela que seu marido chorou como uma criança!

- Obrigado!

A menina voltou suas atenções ao livro, em busca de algo, e o que ela imaginou que não estaria mais lá, estava, e tudo lhe levava as páginas que desapareceram do ritual e que apareceram na escola Nevermore, mas algo chamou a atenção da adolescente, um medalhão.

Wandinha, soube enquanto lia uma das páginas que, ela poderia entrar em uma visão caso algo ligasse ela a pessoa que estava presa à fazendo acordar e voltar, e imediatamente a menina tocou em seu medalhão que ganhou de sua mãe com as letras W e M, e lembrou que ela havia falado que era usado para conjurar visões.

- Eu posso entrar na visão dela? - sussurrou e a olhou.

Gomes, ouviu o que a menina havia falado e achou algo arriscado, mas quando iria falar algo, ela o olhou e rapidamente ele se manteve calado, se afastando e dizendo segundos depois:

- Cuidado minha Viborazinha!

Wandinha, tocou na pele de sua mãe e em seu medalhão, mas parecia que nada acontecia, e isso a deixou irritada, tentando mais uma vez, e nada.

- Mas o que? - se afastou e olhou para seu pai, que não sabia o que estava acontecendo, e ao olhar para o pingente, percebeu que a letra mostrada era a W de Wandinha, e cogitou a possibilidade de a posição da letra interferir, mas achava tão ridículo que se recusou a mudar a letra, mas precisava tirar sua mãe da visão, então fez esse sacrifício ridículo, e inverteu a posição da letra, deixando em evidenciar M de Mortícia, e tocou na mão da mulher, e sentiu quando seu corpo estava sendo levado para algum lugar, desabando ao lado de Mortícia.

Os olhos de Mortícia, se abriam lentamente e quando tiveram nitidez, ela percebeu que ainda estava presa em sua visão, levando as duas mãos a cabeça, ela começou a pensar que não voltaria mais, e o que a estava mantendo presa ali. A mulher pálida e de longos cabelos negros, olhou ao redor e viu utensílios antigos e paredes de madeira, indicando que estava em uma cabana em algum lugar na floresta. Ela se sentou, vendo que seu cabelo estava molhado e seu vestido ensopado devido à chuva, e sentiu sua cabeça doer, lembrando do soco que havia levado no rosto, e se levantou as presas em busca de um espelho, e assim que o achou, percebeu que seu rosto estava intacto e sem marcas:

- Que maravilha. Sem marcas.

Sons de passos vieram do lado de fora e assim que caminhou até a porta do que mais parecia ser um quarto, Mortícia foi surpreendida com a mesma se abrindo e um homem desconhecido parando em sua frente. Ele era alto, porte atlético e possuía intensos olhos azuis, cabelos negros e ele a olhava dos pés à cabeça, enquanto dizia:

Catalisadores de DemôniosOnde histórias criam vida. Descubra agora