Como um fato já rotineiro para Any, Diarra foi a primeira a pedir para ir dormir naquela noite, seguida por Sabina e Joalin. A garota decidiu dirigir por mais algumas horas e era quase meia noite quando ela, finalmente, encostou o caminhão para descansar.
-- Bem, então acho que vou lá para trás. -- Heyoon disse, mexendo no boné que ainda estava em sua cabeça. Any achou que ela havia ficado fofa e feliz demais com o boné e por isso não se atreveu a pedir de volta.
Heyoon ainda estava no banco da frente e passou a maioria do tempo, depois que as meninas foram para trás, perguntando sobre os lugares que Any já havia ido. Any nunca se viu tão falante em toda a sua vida, pois respondeu de bom grado todas as perguntas de Heyoon.
-- Certo. Boa noite, então. -- Any disse e Heyoon sorriu, retirando o boné de sua cabeça e o devolvendo para onde estava antes: A cabeça de Any. Ela colocou o boné para trás em Any e a mesma franziu o cenho.
-- Fica mais bonita assim. -- Heyoon explicou ao ver a expressão confusa de Any. Any corou e assentiu, agradecendo e Heyoon se inclinou, dando um beijo no rosto de Any e a pegando de surpresa. -- Eu realmente agradeço por estar me levando.
-- Não tem de quê. -- Any respondeu. -- Mas não acha que deveria prestar queixa sobre o roubo de seu carro? -- heyoon corou e negou com a cabeça.
-- Não. Estou bem assim.
-- Mas...
-- Meu carro, minhas regras. -- Any até tentou, mas gargalhou ao ouvir aquilo. Heyoon sorriu embasbacada por ter sido capaz de fazer Any soltar semelhante som.
-- Certo. -- A mais velha respondeu ao fim da risada.
-- Gaby, posso assistir algo no DVD? -- Heyoon perguntou ainda sorrindo e Any entortou a boca, mas acabou assentindo. -- Sério? -- Perguntou surpresa, pois já esperava um não como resposta. Any assentiu novamente e Heyoon voltou a sorrir alegremente. -- Obrigada e, hm, boa noite.
Foi para o banco de trás após ouvir um curto boa noite de Any. Any se recostou em seu banco, mas ao se lembrar de algo se levantou na hora e se jogou na boléia tentando impedir heyoon de ligar aquela televisão.
-- Hm, parece interessante. -- Heyoon disse segurando o riso. Havia duas garotas conversando e logo uma se inclinou e beijou a outra. Heyoon se remexeu e pegou a capa do DVD, constatando que era um curta-metragem erótica.
-- Isso não é meu. -- Any se apressou em dizer e Heyoon riu.
-- Qual é o problema se fosse? Parece legal. -- Disse, soltando a capa do DVD e olhando para a tela. As garotas estavam em uma troca de beijos romântica, no entanto, a áurea pesada de excitação já estava presente na cena.
-- Eu, hm, não tenho esse tipo de conteúdo de filme. -- Any fez menção de desligar a TV, mas a mão de Heyoon tocou a sua, a impedindo de executar tal ação
-- Não, eu quero ver.
-- Por quê? -- Any perguntou.
-- É melhor do que ficar olhando para as paredes do caminhão. Não estou com sono.
-- Oh, certo. -- Disse corando. Heyoon sorriu e lhe olhou.
-- Você não é virgem, é? Digo, nada contra se você é e não teria nada de errado nisso. É só uma dúvida.
-- Por que acha que sou virgem? -- Any perguntou levemente irritada e Heyoon sorriu, apoiando seu braço na parte de trás da almofada dali e encostando sua cabeça em sua mão.
-- Bem, você cora ao mencionar calcinhas e corou de novo ao falar do conteúdo do filme. -- Explicou, com um sorriso divertido nos lábios.
-- Bem, nem todos são despojados e descontraídos, tudo bem? -- Any disse séria.
-- Então não é virgem?
-- Não, Heyoon. Não sou virgem. -- Any disse.
-- Ah. -- A garota respondeu rindo.
Seus olhos voltaram para a tela e agora as garotas estavam nuas, na areia da praia. Uma delas penetrou a outra e Heyoon mordeu o próprio lábio; Aquilo a excitou um pouco. Any quase perdeu seu alento ao ver a cena e depois acompanhar Heyoon prender a ponta de seu lábio inferior entre seus dentes.
-- Elas estão na areia de uma praia de dia. Que loucas! -- Heyoon disse, reparando Any se remexer inquieta. -- Qual foi o lugar mais inusitado onde você já transou? -- A pergunta fez Any contrair-se. O tom rouco de Heyoon e a encarada nada discreta da garota para seus lábios fez sua calcinha umedecer.
-- Eu acho que nunca fiz em nenhum lugar além da cama e embaixo do chuveiro. -- Any revelou constrangida.
-- O quê? Como não? Você tem esse caminhão e está me dizendo que nem aqui você transou?
-- Não que eu não tenha pensado em já ter sexo aqui, mas levo ele como uma coisa mais séria, então não, ainda não tive a oportunidade. -- Heyoon tentou se comportar, mas quando viu já havia levantado sua sobrancelha de modo sugestivo e umedecido seus lábios, passando a mão esquerda pelo cabelo e o jogando para trás sutilmente.
-- Então leva a sério o sexo, hm? -- Perguntou sorrindo. -- Quer dizer que nunca teve sexo casual?
-- Pff, eu nunca disse isso. -- Heyoon arqueou uma sobrancelha e Any deixou os ombros caírem em derrota. -- Tudo bem, nunca tive.
-- Uau. Estou impressionada.
-- Você já? -- Any perguntou, tentando não olhar para a cena onde a garota dava estocadas fundas e fortes.
-- Já, algumas poucas vezes, mas sim. Sempre estou aberta à opções. -- Heyoon disse, lhe lançando uma piscadela e logo sorriu.
-- Eu, uh, vou dormir. -- Any disse e Heyoon riu baixinho.
-- Tem medo de mim? Eu não mordo, fique tranquila. Só sou bastante curiosa e por isso as perguntas, mas desculpe invadir o seu espaço.
-- Não invadiu. -- Any disse, não muito certa de suas palavras. -- Só preciso acordar cedo para dirigir amanhã.
-- Certo, boa noite então, Any.
-- Boa noite, Heyoon. -- E assim que Any foi para a frente Heyoon lançou seu corpo para trás e respirou fundo. O que estava dando nela? E desde quando era tão curiosa e ousada daquele jeito?
Seus olhos foram para a tela e sentiu-se contrair em sua intimidade. Assistir aquilo não havia sido uma boa ideia, muito menos ao lado de uma mulher tão atraente como Any.
A mais nova desligou a TV e se deitou, sentindo o sangue fervilhar por entre suas veias. Dormiria excitada pela segunda noite seguida e, definitivamente, isso não era uma coisa boa.
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Destino InCerto (HEYANY/ANYOON)
FanfictionAny Gabrielly é uma caminhoneira; levava a sua vida na tranquilidade das estradas de todo o país. Aos seus vinte e sete anos não se via fazendo outra coisa senão dirigir, exatamente como seu pai a ensinara. A garota possui mais duas irmãs adotivas...