Capitulo Dois

43 2 2
                                    

Baby
Confeço que a viagem de avião me deixou bem nervosa, mas nada se compara a visao de 4 roqueiros que parecem mais guarda roupas.
A energia em volta deles é pesada. Excesso de testosterona.
O cara a minha frente chama minha atenção, seus olhos são de um verde escuro , seriamente um tom de verde incomum , nariz aristocrático , maxilar quadrado e ossos imponentes e angulosos , um rosto gritando macho alfa. Seu tom de pele levemente dourado e a combinação de pirciengs no cepto e bolinhas nas partes de baixo no canto da boca que esta fortemente cerrada no momento, para a maioria das mulheres entre os 16 e os 38 achariam ele estremamente sexy e atirariam suas calcinhas para ele, bem nunca fui uma garota normal e não sinto a extrema vontade de ficar nua , bem talvez eu esteja sentindo um leve formigar aqui e ali, mas nada preocupante... Acho eu.
- Babi ? - Diz um dos roqueiros testando meu nome , suponho que esse seja Marcus, mas não posso ter certeza ele e o irmão são extremamente parecidos, porém não são gêmeos . - Baby... Me parece quase a mesma coisa - diz com forte aborreceminto em sua voz.
- bem, Baby vocês estariam me chamado de querida em geral , Babi com entonação no "i" seria apenas Babi e mais nada, entende ?
Ele me da um olhar do tipo : você parece um alienígena .
Estou aborrecida. E não se passaram nem cinco minutos.
- nerds fodidos.
Um deles sussura alto demais .
- bem vamos ficar o dia todo aqui ou preferem ir para o carro ? A proposito sou Alex vocalista da Anjos demoníacos.
Então o outro grandao é o Marcus seu irmão. 
Abro meu sorriso que ensaiei o vôo todo.
- claro! 
O cabeludo chamado Di pega minhas duas malas e sorri pra mim.
- você deve ter quebrado um recorde ou algo assim...  apenas duas? 
Já gosto dele automaticamente.  Sinto minhas bochechas coradas.
***
Sentada no luxuoso carro com bancos de couro.  Não posso dizer ao certo o nome mas deve ser algo voltado pra família ja que tem tantos lugares. 
Klaus está dirigindo,  ele não disse sequer uma palavra para mim. Mas me lança olhares curiosos atrás do espelho retrovisor.
Me sinto um pouco sufocada em meio a tanta testosterona.
- preciso avisa-la que não temos quarto no ônibus.  Dormimos em camas beliche.
Todos juntos. - Alex diz sorrindo de alguma piada interna.
Aceno com a cabeça, já esperava isso.
- Não me importo de dividir a minha se você quiser ter um bom tempo. - Di sussurra com jeito maroto.
Minhas bochechas ardem.  Não sou nenhuma madre Tereza mas nunca fui abordada de forma tão explícita antes.
- Agradeço seu convite para copular mas não acho certo misturar as coisas,  afinal você é um dos meus chefes.
Risos retumbam por todo carro.
Me sinto perdida e super envergonhada.
- Quem ainda fala copular nos dias de hoje?
Essa voz vem do banco da frente, mais especificamente de nosso motorista e meu Deus, a voz de Klaus é forte e bem envolvente, talvez não tanto quanto de Alex, que tem uma voz rouca e quente, que passa a sensação que acabou de acordar com os cabelos bagunçados e...
De onde veio isso? Estou imaginando um dos meus chefes bagunçados e provavelmente sem roupas e...  Chega...  Eu pareço Anna falando...  Uh!
***

O ônibus não é nada do que imaginei que seria, é limpo e organizado, quem entrar aqui nunca dirá que 4 machos dominantes moram aqui. Eu estou realmente chocada, não, atordoada,  essa é a palavra certa a se usar neste caso...
Marcus me encara com um expressão ilegível, os cantos de sua boca levemente para cima demonstrando um quase sorriso.
-Aposto que pensou que seria um lixão aqui não é mesmo?  - Ele ri amargo - errado princesa.
Algo em suas palavras indica insulto mesmo ele me chamando de princesa. O que eu odiei na verdade.
As vezes tenho dificuldades em saber o que as pessoas realmente querem dizer.  Expressões me confundem. Muitos ja me disseram que sou fria,  que minha inteligência me faz ser oca, mas não acho que eles estão certos. Eu sofro,  choro, sangro. Eu sou normal. Onde eu falho então?  Eu realmente não sei.  Gustavo meu ex namorado antes de me largar disse que eu era uma pedra de gelo, suas exatas palavras foram "o simples ato de te beijar congela meu corpo todo" e mais "não posso amar alguém como você eu preciso de calor,  de fogo " e isso foi quando eu peguei ele na cama com minha colega de dormitório Thabita.  O que eu posso dizer?  Eles se merecem.  Ela é  vulgar e conhecida por seus favores sexuais, ele um professor mais velho que pode proporcionar o que ela quer, é lógica. Simples e lógico. Não significa que eu não chorei,  que não me senti traída. 
Me senti e muito.
Essa viagem para fora do Brasil me fará bem...  Eu acho...  Talvez... Tomara que sim.

Anjos Demoníacos - AlexOnde histórias criam vida. Descubra agora