êxtase. ❨ richarlison ❩

eight.

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐆𝐈𝐔𝐋𝐈𝐀'𝐒 𝐏𝐎𝐕.

Passei os últimos quatro dias dormindo na mesma sala que a minha mãe e teria continuado lá se ela não tivesse insistido para que eu voltasse para casa, fosse me alimentar e dormisse em uma cama decente.

Durante todos esses dias a calmaria virou um tédio, sempre que saia daquele quarto para buscar algo caía nas lágrimas. Era um inferno, sempre foi, mas esses dias foram os piores.

Estava sentada na mesa da cozinha comendo algumas panquecas que havia feito quando ouvi meu celular tocar, o peguei rapidamente na esperança de que fosse uma pessoa especifica, mas é claro que não era, eu pedi espaço e ele respeitou.

ー Oi pai.

Era raro ele ligar para perguntar sobre alguma coisa, na realidade o mais velho nunca se importou em saber como estavam as coisas aqui em Londres e muito menos se importou comigo, mas infelizmente umas semanas atrás eu tive uma recaída, liguei para ele e desabafei sobre a minha mãe, enquanto o mesmo não sabia de nada.

Eu tinha certeza de que ele não se importava, estava bem, agora morando com a mulher que traiu a minha mãe, aquela que ele dizia amar tanto. Mas infelizmente ele ligava com frequência para dizer que fazia um papel de pai.

ー Oi filha. Como sua mãe está?

Revirei os olhos, mas ainda assim mantive a minha educação para responder.

ー O que você acha? ー Neguei com a cabeça. ー É óbvio que ela está mal.

E assim a conversa prosseguiu. Ele tentou saber um pouco mais da minha vida, se havia alguém novo nela, mas já me acostumei com o bloqueio que criei entre nós, então apenas neguei tudo até inventar uma desculpa de que precisava desligar.

Terminei de comer as minhas panquecas e lembrei de algo que havia me interessado.

Estava espalhado por toda a cidade de Londres folhetos de uma grande festa que teria no centro da cidade essa noite. Parecia algo divertido, para passar o tempo. Depois dos últimos dias e da noite que passei com Richarlison, lembrei da falta que fazia ter momentos assim.

Ir não parecia uma má ideia.

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Me olhava na frente do espelho sentindo algo que eu não sentia fazia um tempo. Eu me sentia bonita, muito bonita

Havia colocado meu vestido curto de cetim preto que já estava juntando pó dentro do meu guarda-roupa e um salto da mesma cor.

Logo peguei todos os meus pertences e saí de casa, me direcionando ao meu carro. Dirigi até o local onde a festa acontecia e pude enxergá-lo de longe com o tanto de luzes que tinha, mas não julgo, estava bonito.

Estacionei, peguei a minha bolsa e saí do automóvel, indo em direção a entrada.

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