O filho da minha madrinha

Capítulo 68

— Aconteceu nada, só estou pensativo e querendo ficar sozinho. Minha mente está muito confusa. - ele diz

— Confusa com o quê? - pergunto

— São coisas minhas, só me deixa sozinho. - ele diz

— Tudo bem, não está mais aqui quem falou. - digo fechando a porta

Voltou para o meu quarto, até tento segurar, mas não consigo e acabo me desabando em choro. Sentimento de não saber o que está acontecendo e me perguntando: "será que ele gosta de mim?" Acabo adormecendo e acordando com o despertador. 07:00 a.m.

Acordo já feliz por saber que hoje é sexta. Vou para o banheiro, tomo meu banho e faço minhas higienes. Visto meu uniforme, término de me arrumar. Vou para a cozinha e vejo que não tem ninguém em casa. Pego só as chaves e a bolsa, e sigo para o carro. Ligo para a Dr. para marcar uma consulta hoje após o serviço que por sorte o hospital fica em frente. Sigo adiante. Chegando no serviço fico com tontura ao descer do carro.

— Ei, ei, calma... eu te ajudo! - vejo Ricardo se aproximar de mim e me segurando

— O... que... você está... fazendo - digo com a voz trêmula e desmaio

Ricardo me pega no colo e me leva depressa para a emergência do hospital. Ele já entra pedindo ajuda, e as enfermeiras vem correndo perguntando o que foi. Ele explica para elas e me colocam numa maca. Acabo acordando ainda sem saber onde estou.

— Onde estou? - digo tentando assimilar

— Estamos no hospital. Você desmaiou, irão cuidar de você. - Ricardo diz

Permaneço calada. Eles me levam para o quarto e em seguida retiraram vários vidros de coleta para realizar os exames. Vejo eles me aplicando algo. Acabo adormecendo. Acordo com Dra. entrando.

— Oi, Luana! - ela diz entrando com a prancheta na mão.

Olá! - respondo

— Está se sentindo melhor? - ela pergunta

— Estou só com dor de cabeça e bastante fome. - digo rindo

— Irei pedir para que tragam um lanche reforçado para você, pois agora você precisa comer por dois. - ela diz rindo e acionando no rádio próximo à cama para prepararem o lanche

— Dra. não entendi, como assim, por dois? - pergunto

— Acho que vou ser a primeira a te dizer. Você está grávida de pelo, os meus cálculos você já entrou na oitava semana. Por isso os enjoo repentinos.

Olho para ela assustada.

*PENSAMENTO ON*

O que eu vou fazer agora. Eu não posso estar grávida. Eu não tenho condições de ter um filho, o pai e eu nem estamos juntos e ainda por cima não estamos nada bem. Tenho apenas 17 anos. Passa mil e uma coisa na minha mente, até que meus pensamentos são invadidos por uma voz.

*PENSAMENTO OFF*

— Vou deixar você comer. Sua alta já está liberada, e procura se alimentar bem e evitar estresse. Sua imunidade está muito baixa e o bebê precisa de você, deixei um atestado aqui em cima de hoje. - Dra. diz saindo

— Ok, Dra. obrigada. - digo

Termino o lanche. E me ajeito para ir embora. Pego minha bolsa e as chaves, saio, vejo Ricardo em uma poltrona na recepção.

— Oi, que bom que acordou. Está tudo bem? - ele diz levantando e vindo até mim

— Está, sim, foi só um mal estar devido imunidade baixa. - minto

— Quer que te levo para casa? - ele pergunta

— Precisa não. - digo um pouco grogue

— Precisa sim, vamos. - ele me apoia nele

— E seu carro? - pergunto

— A Carla leva ele para mim. - ele diz

Seguimos no rumo do carro. Ele abriu a porta para mim e me colocou no banco do passageiro. E depois entrou no carro e seguimos para o apartamento.

— Chegamos. - ele diz abrindo a porta

— Consigo ir sozinha. - digo levantando, porém acabo fraquejando as pernas

— Estou vendo, larga de besteira. Vem eu te levo. - ele diz me pegando no colo

Pegamos o elevador e subimos. Continue no colo do Ricardo. Ele abre a porta e avistamos Fernando no sofá.

— O que aconteceu e porque você está com ela. - Fernando diz levantando e alterando a voz

— Calma, calma irmão. Ela passou mal no serviço e eu estava próximo, vi que ela não estava bem e levei ao hospital. - ele diz me colocando no sofá

— E como você está? O que aconteceu? É porque não me ligou? - ele diz

— Aí Fernando, agora quer se preocupar? só fiquei com imunidade baixa, nada demais. Logo melhoro. - digo me ajeitando no sofá