Capítulo 69

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— Já vou indo, fica bem, tá bom? E qualquer coisa me ligue. - Ricardo diz pegando na minha mão

— Tá bom, obrigada por me levar, me esperar e me trazer de volta. - digo apertando a mão dele

— Falou, Fernando. Cuide dela. - Ricardo diz

— Só sai daqui. - Fernando diz abrindo a porta

— Hoje a noite, preciso que você vá comigo buscar minha mãe. - Fernando diz

— Ela vem? - digo animada

— Vem, sim, tem umas coisas para resolver aqui das empresas. -ele diz

— Você está melhor? - ele pergunta

— Estou sim. - respondo

— Preciso sair, a noite volto para te buscar. Esteja pronta às 20h - ele diz saindo e fechando a porta

Aqui estou eu sozinha novamente. Me pego pensando, tenho esse filho, entrego para adoção, eu conto para o Fernando, ou para a Bruna. Sempre sonhei em ser mãe, mas não pensei que seria assim. Encosto minha cabeça na almofada e choro, lembro que mais pais não estarão aqui para vivenciar esse momento comigo. Não tenho minha mãe ao meu lado para me apoiar, me ajudar. Como é um sentimento que queima o peito. Não sei como falar para o Fernando. Fico prostrada no sofá, até que olho no relógio e já são 18:30, vou rápido para o banheiro me arrumar e preparar minha roupa. Tomo banho, lavo meu cabelo e faço as minhas higienes. Sigo para o quarto enrolada na toalha. Hidrato a minha pele, espero secar um pouco, visto minha lingerie, uma calça pantalona roxa e um cropped manga longa, manga cumprida, coloco um salto quadrado não muito alto. Seco meu cabelo e coloco minhas joias. Me olho no espelho e vejo o quanto estou linda, nem parece que chorei mares de lágrimas. Penso sozinha e sorrio.
Escuto alguém entrar no apartamento.

— Vamos? - entra Fernando todo de preto, com uma jaqueta de couro e muito cheiroso

— Vamos. - Olho pra ele estranho e fico pensando onde ele estava e onde tomou banho

— Uau, você está muito linda. - ele diz

— Obrigada, você também. - sorrio de lado

Seguimos para o carro. No caminho achei estranho, pois estávamos indo para uma casa na praia que eu não conhecia.

— Sua mãe não está no aeroporto não? - pergunto

— Não, vamos buscar ela na casa de praia da família. - ele diz

— Ah sim. - digo

Ficamos em silêncio o caminho todo. Passando 20 minutos nós chegamos. A casa era realmente muito linda e estava bastante iluminada, tinha decoração para todo o canto.

— Ela vai da uma festa aqui? - digo rindo

— Não. - ele diz ríspido

— Ah. - digo saindo do carro

— Vem. - ele me pega pela mão e seguimos rumo a porta

Estava tudo muito escuro, comecei a estranhar. Porém, não falei nada e continuei andando. Assim que abrimos a porta da frente, do ouvi barulhos, e confetes caindo em mim.

— SURPRESAAAAAA! - diz todo mundo junto

Começo a chorar a vê todo aquele pessoal, minha madrinha, a Bruna, os meninos, as meninas da faculdade, alguns familiares da minha madrinha que eu conhecia.

— Supresa!!! Você não tem noção o quanto eu não aguentava mais esconder isso de você. - Fernando diz me olhando

— Muito obrigada, mesmo! - digo abraçando ele

— Muito obrigada, pessoal. - digo soltando Fernando e agradecendo olhando para o pessoal

— Não é todo tia que a minha menina faz 18 anos, né!? - diz minha madrinha vindo me abraçar

— Aí que saudade!! - abraço ela forte

O filho da minha madrinha Onde histórias criam vida. Descubra agora