Cap 32.- Bússola.

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— Definitivamente não, Collei.- Cyno disse em voz alta.— É muito perigoso.

A patrulheira insistia que deveria ir até o deserto em busca de Tighnari.

— Eu sei onde ele está! Toda vez que fecho meus olhos, consigo visualizar onde o mestre está!.- A garota insistiu.

Kusanali parecia pensativa analisando a situação.

— Cyno, de certo modo, Collei é uma grande ajuda.- A pequena Deusa caminhou em direção a Collei.— Aquele mensageiro Fatui colocou parte da essência de Tighnari no corpo de Collei, isso justifica as visões.

— Eu entendo seu ponto de vista, mas você sabe o que também está selado no corpo dela, se qualquer parte daquele poder for libertado... ela não vai resistir.- O General tentou argumentar.

Collei interrompeu a discussão em voz alta.

— Mestre Cyno, eu entendo sua preocupação, mas eu não vou ficar parada enquanto vocês correm perigo! Eu posso ajudar e vou ajudar!!

O platinado estava realmente surpreso pelo tom de voz da garota, Collei nunca havia falado assim.

— Se qualquer coisa acontecer com você, eu não serei capaz de me perdoar...

Antes que Cyno pudesse dizer algo mais, os olhos de Collei brilharam uma intensa luz verde, a patrulheira fechou os olhos.

— Ele acordou!.- Collei se ajoelhou no chão, se desequilibrando.

— O que você vê, Collei?.- A Pequena Deusa colocou sua mão sob o ombro da garota.

— Ele.. está preso em um sarcófago.- A voz trêmula da garota assustou Cyno.

O general parecia ter parado de respirar, se perguntando onde diabos Tighnari estaria.

De repente, Collei voltou a si, seus olhos estavam cheio de lágrimas.

— Eu consigo sentir o que ele sente... medo, muito medo.

Kusanali encarou Cyno, relembrando-o de seu objetivo. Claro que para o general era mais complicado, se os resquícios de deuses presos em Collei quebrassem o selo, seu corpo seria desintegrado e sua alma perdida para sempre.

— Você tem que me prometer que vai recuar se as coisas piorarem.- O General segurou as mãos de Collei, que assentiu rapidamente.

Depois de a Deusa da sabedoria aconselhou Cyno a contatar Dehya para conseguir algum reforço, eles partiram em direção a Aaru.

•~.~•

Abrindo os olhos com dificuldade, Tighnari se deparou com apenas escuridão em sua frente.

Suas mãos tocavam algo solido como uma parede, então, ele se deu conta que estava preso em um tipo de túmulo.
Tentando manter a calma, ele respirou fundo, mas o desespero já havia preenchido seu coração.

Assustando Tighnari, o túmulo foi aberto bruscamente, revelando a imagem de uma senhora com feições estranhas.

— Parece que a donzela acordou.- A voz rouca lhe deu calafrios.

Olhando em volta, Tighnari não reconhecia o lugar.

Parecia que uma civilização toda havia sido construída embaixo do deserto, várias pessoas com aparências estranhas perambulavam carregando blocos de areia.

— por que você não está gritando?.- A senhora questionou Nari, que deu ombros.

— Não vou gastar minhas energias com você, anda logo cabeça de cogumelo, faz o que tem que fazer.- Provocou.

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