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TW: ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS DE VIOLÊNCIA!

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TW: ESTE CAPÍTULO CONTÉM CENAS DE VIOLÊNCIA!

— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

𝗗𝗘𝗣𝗢𝗜𝗦 𝗗𝗢 𝗣𝗘𝗤𝗨𝗘𝗡𝗢 "𝗔𝗖𝗜𝗗𝗘𝗡𝗧𝗘" com o trio de babacas, eu e o resto do pessoal fomos para nossas salas como se nada tivesse acontecido e como se não estivéssemos todos doloridos. Meu nariz tinha parado de sangrar, mas meu corpo ainda doía por causa do que aquele arrombado de cabelo vermelho fez em mim.

A última aula era de educação física, eu até gostava de esportes. Porém, educação física não. Sempre ficava sentada olhando os outros jogar. Minha classe foram pro seu devido vestiário para colocar a roupa de educação física que tínhamos que usar. Não era nada demais, só uma blusa branca e um short preto para as garotas. Já os garotos usavam bermudas.

O jogo da vez era queimada, sempre gerava discórdia porque ninguém sabe pegar leve. Eu estava sentada junto com ayla na arquibancada. Já tínhamos sido "queimadas" então estávamos só esperando a outra partida começar.

Estávamos em silêncio apenas olhando as pessoas jogando na quadra, eu estava com apenas um fone encaixado na minha orelha. Tocava "Im Still Standing" desta vez. Perto do refrão da música sinto Ayla me cutucar. Tiro o fone e a olho.

- Oque foi?

- Nada, só queria conversar - ela solta um sorriso tímido e olha pra suas mãos que estávamos entrelaçadas - Stella, você sente muita raiva?

Olho pro nada pensando em uma resposta.

- As vezes, pra ser sincera na grande parte do tempo. E você?

- As vezes eu sinto raiva das coisas que eu faço, acho que se eu fosse diferente as pessoas iriam gostar mais de mim.

- Como assim, Ayla?

- Ah, você sabe... Talvez se eu fosse normal eu teria amigos, amigos que gostassem de mim pelo oque eu sou, e não pelo oque eu tenho a oferecer.

Ouvia algumas conversas paralelas na sala, pelo que eu entendi. O pai de Ayla era dono de um fliperama. Então acredito que várias pessoas já se aproximaram da Ayla só pra ter acesso as coisas de graça e coisas assim.

Em silêncio a olhei por alguns segundos, seu semblante estava triste.

- Eu gosto de você Ayla, você se sente assim porque as pessoas fazem você se sentir assim, mas você é mais do que isso, é melhor do que isso, você é alguém.

- Eu sou a Ayla - ela solta um sorriso me fazendo rir soprado pelo nariz

- Pode crê que você é.

Envolvo meu braço por ela a abraçando. Ela encosta a cabeça no meu ombro e eu encosto a minha em sua cabeça.

𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora