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— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

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— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

Quando se vê, já se passaram 5 minutos.
Quando se vê, já se passaram horas
Quando se vê, já se passaram dias.

Eu estava presa naquele lugar sujo e imundo a poucos dias. Porém, cada minuto ali dentro parecia uma eternidade. Eu estava com muita fome, pedi a Deus o tempo todo pra que ele fizesse aquele velho maluco me trazer alguma coisa, mesmo que fosse uma gororoba. Meus dedos estavam sempre sujos de terra porque eu não parava de cavar conforme Bruce tinha me dito. Sempre tinha partículas de areia entre meus dedos.

Por sorte, tinha uma pia no banheiro. Ela não tinha nada demais, apenas um sabão velho o qual eu usava pra lavar as mãos. E também tinha um espelho de tamanho médio acima dela. Ele também estava sujo, mas nele eu podia me ver e notar o quanto eu emagrecer ali embaixo. Meu rosto ficou fino, mas não é uma coisa boa. Meus braços ficaram mais magros e eu me sentia muito fraca. Eu podia ver minhas costelas quando eu levantava um dos meus braços. Alguns unhas dos meus dedos sangravam, porque a fome e ansiedade era tanta que eu comecei a come-las. Até às baratas que as vezes vinham me visitar parecia ser um bom alimento, mas eu não tinha coragem.

Eu não sei se estava doente ou algo assim, mas desde que fui jogada aqui embaixo eu sinto muito frio. As vezes esquenta, mas na maior parte é frio e não tem nenhum cobertor. Estava sentada na cama e com os olhos fechados, imaginando mais uma vez oque eu poderia fazer para sair daqui. Matar ele, talvez? É uma boa opção.

Sinto algo pontudo espetando minha nádega, coloco minha mão no seu bolso esquerdo e sinto algo lá. Quando tiro oque tinha ali, logo senti uma pequena faísca de alegria, sinceramente eu quase fiquei emocionada. Era a rosa branca com o alfinete que Robin me deu no da do baile.

Robin... Eu quase tinha esquecido dele. Estar ali embaixo me faz pensar em muitas coisas mas o principal delas era a minha irmã. Fanny era minha família, eu perdi tudo. Amigos, mãe, vontade de viver e liberdade. Mas eu não aceitava perder a minha irmãzinha. Eu não gosto nem de pensar em como ela ficou depois que falaram que eu fui sequestrada.

Já Robin é o meu primeiro amor. Nunca gostei de alguém como eu gosto dele. Eu sei que somos jovens e até mesmo crianças. Mas eu não vou viver por muito tempo, eu sabia disso. Mas se for pra pelos menos tentar viver, eu quero viver com ele. Porque é muito mais divertido estar viva com o Robin.

Se eu soubesse que a noite do baile seria a última vez que eu o veria, eu teria o beijado mais.

Tudo que eu quero é só voltar para eles.

As pequenas luzes ascendem indicando que o Grabber estava por perto. Me afastando um pouco ficando grudada na parede perto da cama. Segurei firme a rosa branca na minha mão enquanto encarava a porta que foi aberta vagarosamente revelando o velho com a mascara. Mas dessa vez com uma bandeja nas suas mãos. Ser que Deus atendeu minhas orações?

𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora