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— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

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— 𝗦𝗧𝗘𝗟𝗟𝗔 𝗗𝗔𝗩𝗜𝗦

𝗦𝗢𝗠 𝗗𝗘 𝗧𝗘𝗟𝗘𝗙𝗢𝗡𝗘.
Um enorme som de telefone tocando ecoou pelos meus ouvidos enquanto eu ainda estava deitada naquela cama fedida.

Abri meus olhos com rapidez, enquanto dormia eu podia jurar que tudo que aconteceu foi apenas um pesadelo e que eu estava bem e em casa. Mas para meu azar, aquilo não foi um pesadelo, na verdade foi bem real. Me sentei na cama e olhei de forma desconfiada para o telefone preto grudado na parede. Era impressão minha ou esse telefone tinha acabado de tocar?

Me levantei da cama mas logo senti uma pontada na cabeça me fazendo soltar um gemido de dor com uma de minhas mãos na testa. A pancada que àquele filho da puta me deu foi tão forte que fez um corte na parte de trás da cabeça, tanto que a cama estava suja de sangue, mas dessa vez era sangue fresco da minha cabeça.
Fui até o telefone fone e o tirei do gancho, lentamente o coloquei em meu ouvido. Não saia nenhum som.

- Não funciona.

Me assusto com uma voz atrás de mim. Me viro vendo o Homem mascarado. Em silêncio nós nos encaramos, eu não podia evitar de o olhar com raiva, eu o odiava e tentava parecer que estava "fria" mas por dentro eu estava morrendo de medo só de pensar em ele se aproximar de mim.

- Desde que eu era criança - ele completou a fala anterior - Ponha de volta.

- Não. - Respondo friamente.

- Oque?

- Você tá surdo ou oque?

O Homem fecha os olhos por debaixo da máscara e respira fundo fechando seus pulsos. Parecia que ele estava tentando se controlar.

- Garotinha - ele dá dois passos oque foi o suficiente para eu dar dois passos para trás e encostar as costas na parede - Eu sei que você está e quer ir para casa, eu prometo que Jajá vou te levar. É que... Ouve um imprevisto - ele olha para as escadas atrás dele na última fala.

- Que imprevisto?

- Não te interessa - ele me encara.

- A polícia está vindo? - arregalo os olhos - Por favor, eu juro que não conto nada se você me deixar ir - eu imploro me aproximando um pouco dele - Se você me soltar antes que eles cheguem eu juro que não conto nada

Ele solta uma gargalhada, debochando do meu desespero e pânico.

- Não é a polícia, garotinha - parecia que ele estava sorrindo por debaixo daquela maldita máscara.

𝐈'𝐌 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃𝐈𝐍𝐆 | Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora