CAPÍTULO 15: NOVO RUMO

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É começo de tarde quando Fernanda chega finalmente em casa, o semblante sério e fechado encarando o retrovisor, reflete profundamente o seu estado de espírito, todo o estresse acumulado no dia a dia e as demais preocupações familiares que precisam ser resolvidas urgentemente. A BMW para na entrada da garagem e enquanto os portões se abrem, estica o braço e pega a bolsa no banco de trás , tira o celular e visualiza algumas mensagens e logo os portões são totalmente abertos, ela então desce até o subsolo parando logo em seguida, pega a bolsa e segue em direção ao elevador, enquanto espera, uma ideia central perpassa todos os seus pensamentos, logo, a porta se abre e Fernanda entra apertando o botão com uma das mãos enquanto guarda o celular novamente na bolsa. Ufa. Em casa finalmente. Solta um leve suspiro, abre a porta e entra, largando a bolsa sobre o sofá kagan cinza no centro da sala enquanto cumprimenta a funcionária que está fazendo sua tarefa diária. Jaciara é uma senhora de 64 anos, simpática, de óculos, cabelos grisalhos e de extrema confiança da família, trabalha há 15 anos no mesmo emprego e se desdobra para dar conta da rotina de lavar, passar roupas e cozinhar no próprio lar e na casa da patroa. Ela não reclama da dupla jornada e acredita que o vínculo entre ela e a família ajudou a se manter tanto tempo no mesmo emprego. -Olá Jaciara, como tem passado? -Muito bem Dra Fernanda! -A senhora como está? Pergunta a funcionária. -Tudo bem. E as meninas, onde estão? Questiona  Fernanda subindo as escadas. -A Renaly está trancada no quarto e a Rebeca saiu com as amigas. Responde a simpática senhora enquanto limpa os objetos sob a mesa de centro de vidro. -Ok. Até mais, despede-se . Vou tomar um banho e me arrumar. Vejo vocês daqui a pouco. -Tá certo dona Fernanda. A funcionária concorda balançando a cabeça positivamente. Em outro ponto da cidade, assim que o despertador toca, Marcos pega o celular e abre todas as redes sociais antes de levantar. Em dias frios e chuvosos, acordar pode ser uma tarefa bem dificil, principalmente após uma noite exaustiva de trabalho. No entanto, a forma que você escolhe despertar pode definir o seu humor pelo resto do dia e apesar de quase sempre não possa garantir uma boa noite de sono devido aos plantões agitados na delegacia, a rotina de Marcos começa bem. Ao abrir os e-mails e mensagens, Marcos começa a pensar em todos os compromissos do dia e acaba acelerando o pensamento de encontro ao caso "Larissa." Entretanto, tenta evitar o estresse que acompanha os desdobramentos reveladores das investigações. Assim, deixa para colocar as suas redes sociais em dia mais tarde. Depois de levantar, a primeira coisa que se preocupa é arrumar a cama. Isso evita que se sinta tentado a deitar novamente. Então vai ao banheiro, lava o rosto e volta para o quarto,  separa as roupas que vai usar afim de encontrar o look perfeito. Nada melhor do que começar o dia com um café da manhã delicioso e enquanto prepara, aproveita para ler as mensagens novamente. De repente o telefone toca insistente e corta o seu pensamento, ele sorri, quando vê o nome de Fernanda na tela e do outro lado a voz suave que diz: Escuta, estou pensando tanto em você. Senti sua falta. A frase repentina que sai do âmago abre um sorriso largo no rosto de Marcos que por fim, sussurrou: - Também senti sua falta. Sua voz é tão adorável que me faz querer está ai, mas apenas fico quieta por mais tempo do que gostaria, ou deveria. Completa Fernanda. -O que o Senhor vai fazer esse sábado a noite?
-Acho que nada, e você?
- Estava pensando em ir a algum lugar... O que acha ?
-Seria uma boa! A gente pode dar uma volta, depois vamos para "aquele" lugar, que tal?
- Gostei, vamos fazer isso! Ela sorriu, retribuindo o entusiasmo. -Certo, te encontro lá pelas 19h está bem "Fê"?
- Tá bom. Fernanda vê a hora, 14:20. Melhor eu ir -disse ela. Vou resolver alguns assuntos aqui em casa, te vejo daqui algumas horas.
- Tá certo. Os dois se despedem ansiosos, sabiam que aquela noite seria super prazerosa.

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