One-shots | Rivusa - Fate: The Winx Saga

• Demons

Baseado em "Demons - Imagine Dragons":
Apenas um Riven sendo sincero sobre seus sentimentos com Musa.

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Três batidas na porta e Riven levantou-se de sua cama para abri-la.

— O que você tá fazendo aqui? — foi a reação do garoto ao ver a pessoa do outro lado.

— Quero entender algumas coisas. — a voz respondeu.

— Não tem nada para ser entendido.

— Não mesmo? Então você realmente acha que eu não vou querer uma explicação sobre o por quê de você estar me ignorando há duas semanas?

Ele abriu espaço para que ela passasse e ela entrou. Ele sabia que uma hora teria que ter essa conversa com ela, ele a conhecia bem, ela não deixaria isso passar e ele, secretamente, agradecia por isso. Não imaginou que seria tão difícil mantê-la afastada.

— Ok, vamos conversar! — ele disse ao se jogar em sua cama, e ela permaneceu em pé.

— A gente se beijou, Riven! Eu me abri com você, fui sincera sobre todos os meus sentimentos e a única droga que você fez foi me evitar durante a porra de duas semanas!

Sim, aquilo tinha acontecido.
Riven e Musa se beijaram após um de seus sparrings, foi do nada e sem explicação, mas aconteceu.
Nenhum dos dois sabia quem tinha começado o beijo, mas não era como se importasse. Após isso, ela foi sincera sobre sua pequena — ou não tão pequena — atração por ele, e ele fez o mesmo. Mas depois, tudo o que ela recebeu foram duas intermináveis semanas de silêncio e noites mal dormidas.

— Muse, tudo o que eu te falei aquele dia é verdade. Eu gosto de você, pra caralho, como eu nunca gostei de ninguém antes. — ele disse calmo.

— Será mesmo? Porque não parece. — ela revidou.

— Você não é a porra de uma fada da mente? Entre na minha cabeça e descubra. — ele foi firme, não gostava que ela duvidasse de seus sentimentos, eles eram sinceros, ele só não sabia como demonstrar isso para ela.

A expressão que ela fez era carregada de espanto, espanto pelo o que ele disse e por ter dito isso para ela. Riven, mais que qualquer outra pessoa, sabia como ser uma empata era um fardo para Musa.

— Desculpa. — o Especialista se deu conta do que havia acabado de dizer. — Mas a questão é justamente essa, eu machuco as pessoas, Muse. Não quero te machucar também. — fitou o chão.

— Que?

— Sim. Foi o que sua colega de quarto me disse, mas foda-se, ela tá certa.

— O que a Terra acha sobre você não importa. Eu não penso como ela e não acho que ela esteja certa.

Silêncio.

— Ok, você é um pouco complicado e sua mente é caótica demais. Mas, Riven, também sei das suas qualidades. Você só vai me machucar se me deixar sair por aquela porta sem uma explicação e continuar me ignorando. — as palavras eram sérias, ela sabia o que queria. E ela queria Riven, pra caralho.

— Tudo bem. Vou ser sincero com você, porque acho que merece isso.

E então, se pôs a falar.

— É frustrante quando nossos sonhos fracassam e aqueles que aclamamos são justamente os que não podemos ter. — ele se levantou para ficar cara a cara com ela. — Tenho te afastado porque quero esconder a verdade, quero proteger você, te proteger de mim, mas com a fera que habita aqui dentro, não há maneira para me esconder.

— Riv...

— Você queria a verdade, não queria? — a cortou. — Não importa o que eu faça, o que você faça, esse é o meu destino. Estou destinado a quebrar as pessoas porque estou fodidamente quebrado e não sei como consertar isso. Quando mando você ficar fora da minha cabeça, é porque é nela que meus demônios se escondem, não quero que você se aproxime muito, é escuro aqui dentro.

Entre ela e ele, um silêncio desolador. E então, ele continuou a falar.

— Não quero decepcionar você, levei toda a minha vida apenas para sentir isso, mas está marcado na minha alma, tenho que te deixar ir.

A fada o fitou com suas iris castanhas.

— Seus olhos brilham tanto, quero salvar esta luz. Olhe para os meus, são onde meus demônios se escondem. E não posso escapar disso agora, a menos que você me mostre como.

E em um lapso de segundo, ela se aproximou e o envolveu em um abraço.

— Sei do seu valor, Riv. E preciso que você o veja também. Nossos demônios são nossos medos, inseguranças, traumas e dores que escondemos das pessoas as quais amamos para não deixá-las tristes. Quando alguém toca nelas, ficamos mais machucados, e então as escondemos, com medo de também machucar aqueles que tentam nos proteger, mas às vezes, precisamos deixar que esse demônios sejam vistos. Todos nós precisamos da vulnerabilidade, é algo natural. — sussurrou rente ao seu ouvido.

Ao ouvir aquelas palavras e estando inundado pelo calor da fada, ele se permitiu relaxar em seus braços como há tempo não fazia, a envolvendo pela cintura e a puxando para mais perto, como se a qualquer momento ela pudesse desaparecer.
Ele confiava nela, confiava mais na pequena fada da mente do que em si mesmo. E tê-la ali, naquele momento, transmitiu uma sensação de segurança quase palpável.

— Obrigado, Muse. — ele sussurrou de volta.

Eles não sabem por quanto tempo permaneceram ali, abraçados. Mas era macio, calmo, confortável, sereno e isso bastava.

— Promete que não vai nos afastar de novo? — Musa perguntou ao se separarem.

— Prometo. Senti sua falta, Pixie. — ele disse, afastando uma mecha do cabelo dela.

— Também senti a sua, Riv.

E de repente, ela estava na ponta dos pés, o beijando.

Notas:
Ooi gente!
Passando aqui no finalzinho só para me desculpar por isso ter ficado curto demais. Não quis adicionar muitas coisas a mais pra não sair do foco e do propósito da música. Mas, mesmo assim, espero que a leitura esteja agradável e que vocês possam desfrutá-la bem.

Enfim, muito obrigada pelo feedback de sempre, amo ler os comentários de vocês!
Nos vemos novamente em breve. :)