25/12/22. a magia do natal.

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Peggy Carter acordou bem melhor naquela manhã de Natal. Ela procurou pelo corpo da outra mulher na cama, porém não o encontrou. Carter se levantou, se alongou, sentindo seus músculos mais relaxados, e logo depois saiu do quarto. Ela desceu as escadas e seguiu o cheiro bom e a música que vinham da cozinha. Quando chegou lá, viu Dottie e Violet dançando Last Christmas de Wham!. Era uma visão tão nostálgica que Peggy não sabia dizer se realmente estava acontecendo ou se ela estava tendo uma lembrança. Violet cantava segurando uma colher de madeira, e Dottie fingia tocar uma guitarra com uma frigideira.
A morena se encostou na porta, apenas capturando cada segundo daquele momento. Porém não durou muito tempo. Quando Dottie viu a mulher ali parada, foi até ela e pegou em sua mão, a levando para o meio da cozinha.

As três dançaram e cantaram até sentirem seus pés doerem. Quando a música acabou, Violet saiu da cozinha, "preciso ir ao banheiro, me esperem aqui." ela falou, deixando as mães para trás. Uma música mais lenta e com uma batida facilmente reconhecível começou a tocar. Peggy não fazia ideia de que música era, mas Dottie colocou a mão no peito e choramingou "eu te amo, Taylor Swift.". Peggy sorriu com a cena da ruiva cantando o primeiro verso de Lover, com os olhos fechados, realmente sentindo a energia da música. No começo do primeiro refrão, Dottie foi até Peggy e pegou sua mão, e posou a outra na cintura da morena. Peggy apoiou seu braço no pescoço da ruiva e deitou a cabeça em seu ombro, e então foi a primeira vez que Peggy Carter realmente prestou atenção na música que tocava.

Absorvendo cada frase proferida pela doce voz da loira no rádio, Peggy pensou que aquela seria uma ótima música para uma valsa de casamento. Seu rosto se afundou no pescoço desnudo da mulher, que a abraçou como se fosse a perder a qualquer momento. Em um impulso, Dottie soltou a mão de Peggy, a levando até a cintura dela, envolvendo ali os seus dois braços. Peggy fez o mesmo, abraçando o pescoço da mulher com seu outro braço. Elas se encararam durante a dança. Dottie não conseguia expressar o quanto amava aqueles grandes olhos castanhos e aquele sorriso largo que a morena tinha. Para ela, Margaret Carter era a mulher mais bonita da face da terra. Oque ela talvez não soubesse, era que, para Peggy, ela era a mulher mais bonita da face da terra.

Suas testas se tocaram e momentos depois Peggy deslizou sua mão esquerda pela nuca da mulher, a levando até seu maxilar. Carter contornou cada traço do rosto da ruiva, pousando seus dedos em seu queixo e desenhando seus lábios com o dedão. Ela tinha memórias sobre aqueles lábios tão claras quanto a luz do dia. O tempo todo ela se pegava pensando em como seria a reação de seu corpo quando seus lábios se encontrassem novamente. Com o dedo de Peggy tocando sua boca, Dottie cantarolou o último trecho da música, deixando Peggy em êxtase. Ela se aproximou do rosto da ruiva, quase conseguindo sentir a suavidade de seu beijo. Porém, a música acabou, deixando o cômodo em silêncio, e as fazendo escutar melhor os passos que vinham do corredor. Elas se separam segundos antes de Violet adentrar o local.

— Era Taylor Swift que tava tocando??!! Não acredito que perdi. — a garota comentou triste, não notando oque estava acontecendo a sua frente.

— Eu nunca havia escutado essa música antes. — Peggy falou.

— Mas eu já te apresentei as músicas da Taylor antes. Ela é minha diva inspiradora! — Violet bufou e as mães riram.

— Ok, talvez eu escute algum álbum dela no caminho para casa.

— Isso! — Violet comemorou e ergue a mão para Dottie que bateu um high-five.

Durante o resto da manhã, as duas ajudaram Dottie na cozinha, fazendo o máximo que elas podiam. Os quatro arrumaram a sala de jantar para o almoço, e decidiram que entregariam os presentes antes do jantar a noite. Peggy estava ansiosa para entregar o presente de Dottie. Ela havia pensado bastante sobre isso desde que foi patinar com a mulher, e depois de conversarem naquela noite, não lhe restou sombras de dúvidas de que aquele era o presente perfeito.

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