𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋|| ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴ.

21 - RESFRIADO

Capítulo 28
P.O.V[ S/N]

Acordei quando ouvi batidas na minha janela e gritos abafados. Revirei os olhos ainda deitada, sabendo quem era.

Me levantei sentindo meu corpo fraquejar, mas logo passou. Andei até a janela, vendo Vincent me olhando, esperando para poder entrar, e eu abri rapidamente, voltando para a cama. Escutei seus passos dentro do meu quarto e tudo que fiz foi ignorar totalmente sua existência.

Hoje já se faziam três dias desde que ele foi um belo de um otário comigo. Eu conseguia sentir suas olhadas para mim a todo momento, e em todo momento eu apenas o ignorei.

— S/n — Ele chamou, mas eu não respondi. — Será que tem como você me ouvir, por favor?

O silêncio era quase sufocante para mim. Com os olhos abertos e atentos, eu vi quando ele veio para a direção que eu estava deitada, me fazendo virar para outra direção.

— Por favor, deixa eu falar com você — Vincent disse.

E eu, por acaso, estava impedindo ele de falar comigo? Por mim, ele fale até a garganta secar.

— Não vou embora antes de falar com você.

Vamos ver até quando ele aguenta.

— Estou falando sério, fico aqui a noite toda se preciso.

Tu ouviu alguma coisa? Eu também não.

— S/n, caralho, responde! — Ele se descontrolou, ainda falando baixo.
— ... Então tá.

Ouvi seus passos para perto da porta e me alegrei por ele ter desistido.

— Eu vou te vencer pelo cansaço — Disse e me virei, matando minha curiosidade, e vendo ele sentado na frente da porta.

Revirei os olhos, me deitando totalmente.

— Eu queria te pedir desculpas por aquele dia.

Oh, tadinho dele.

— Eu falei sem pensar, tava puto porque você estava conversando com aquele filha da puta... Eu não queria falar que você é algo ruim, ou insinuar que você é uma puta — Ele disse.

Sério mesmo? Acreditei.

— Eu não costumo dizer muitas dessas coisas, mas eu sinto muito pelo que falei. Não é isso que penso sobre você, não chega nem perto do que eu penso sobre você — Vincent disse.

Até porque ele não pensa em mim.

Com isso, eu acabei dormindo, sem me importar se o loiro ficaria ali até o amanhecer ou não.

Ao acordar, meus olhos foram logo para a porta, vendo que ele não estava lá.

Claro que ele não estava, deve ter ido embora assim que dormi.

Desenrolei a coberta do meu corpo e, quando fui levantar, segurei meu grito ao ver Vincent deitado no chão, encolhido e com a sua jaqueta sobre o corpo, tentando fazer um cobertor.

Virou mendigo agora.

Com o pé, eu chutei de leve seu corpo, vendo ele levantar assustado.