Capítulo 6

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— Sim, eu estou morando na casa dele. — Marisa diz.

— Você sabe o quão perigoso é isso? — Aurora pergunta.

— Aquela casa é do José Mário e como ele está com muita raiva, ele não quer me ver na casa. Daí, eu saí. E o professor me ofereceu a casa dele. — Marisa diz.

— Não importa! Você não vê que se algum universitário descobrir que você está morando na casa do professor Airton, isso pode sujar a sua e a imagem dele? — Aurora diz e deixa Marisa preocupada.

— Aurora, é questão de sobrevivência. Se eu ficasse naquela casa, José Mário iria me matar. Com todo aquele ódio pra cima de mim, não duvido que faria isso. — Marisa diz.

Aurora respira.

— Olha, sei do ocorrido entre você e José Mário, mas ficar na casa dos outros é antiético. — Aurora diz. — Amiga, você sabe que Iolanda mora ao lado da casa do professor, certo?

Marisa fica pálida ao ouvir isso.

— Ela... mora ao lado do professor? — Marisa pergunta e Aurora confirma com a cabeça. — Ah, sem nenhum problema.

— Como assim, "sem nenhum problema"? Você está maluca? — Aurora pergunta.

— Maluca, talvez. Mas isso faz parte do meu plano. Se aquela menina se intrometer no meu caminho dentro e fora daquela casa, ela irá se ver comigo. — Marisa diz.

— Não duvido de que disso uma das duas saia morta. — Aurora pensa.

Marisa percebe que Iolanda estava se aproximando e se prepara.

— Sua infeliz, eu não quero você naquela sala! Você me humilha o tempo todo! — Iolanda diz.

— Mas é claro. Você se mete no meu caminho para querer me prejudicar. — Marisa diz.

— Se você tivesse um pouco de credibilidade, não se humilharia para pedir que pare de te humilhar, Iolanda. — Aurora diz.

— Cale-se, infeliz! — Iolanda grita e esbofeteia Aurora. Marisa se revolta e esbofeteia duas vezes na megera e as duas se esbofeteiam.

Aurora segura Marisa e Yago segura a Iolanda.

— Você vai ver! Perderás essa bolsa de estudos e ficará POBRE! — Iolanda grita.

— Estou louca de vontade de que leve isso para a gestão. Lá, nós resolvemos isso rapidinho. — Marisa diz.

— Não se sujeite a ficar perto dela, Mari. — Aurora diz.

Airton chega ao local.

— Briga de novo? — Airton diz e todos se calam. — Iolanda, você é adulta. Nem pense que isso não está em seu currículo. Todo tipo de comportamento é anotado.

— Ela começou tudo! Ela me provocou. — Iolanda diz.

— Se tivesse um pouco de vergonha na cara, você diria a verdade. — Marisa diz. — Ela chegou toda revoltada e esbofeteiou minha amiga, Aurora.

— Isso é mentira! — Iolanda grita e tenta partir pra cima de Marisa, mas foi impedida pelo professor, que a esbofeteiou. Todos ficaram chocados com o que viram, principalmente Iolanda.

— Você fez isso? — Iolanda diz.

— Isso é pro seu bem. Agora vaza. — Airton diz e ela foi embora.

— Professor, o senhor não tem medo de ser denunciado e preso? Aquela menina tem muito poder sobre esta cidade. — Marisa diz.

— Não tenho medo de pentelhos. Pentelhos tenho até demais. — Airton diz e se retira do local.

O Rosto de MarisaOnde histórias criam vida. Descubra agora