Capítulo 7

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Airton leva Ana Brenda às pressas para o hospital e ela foi levada a sala de emergência. Na recepção, Airton tem um surto de raiva e começa a chorar compulsivamente.

- Por favor, enfermeiro. Como está Ana Brenda? - Airton pergunta e o enfermeiro, muito triste, põe a mão no ombro direito de Airton.

- Sinto muito, fizemos de tudo. Ela está morta. - O enfermeiro diz e Airton começa a chorar.

Ele se senta na cadeira e relembra os diversos momentos em que eles passaram juntos. Depois disso, ele leva o corpo da esposa para a funerária. Lá, foi atendido com todo carisma e trataram o corpo.

Dias depois, o velório ocorreu. Diversos familiares de Portugal, interior e litoral do Brasil foram se despedir de Ana Brenda. Muitos deles choravam bastante, a mãe desmaiou, mas foi acordada com uma simples técnica de respiração boca a boca. E lá, Airton estava com tanta raiva de Marisa e de si mesmo, que não olhou para a falecida esposa durante o velório inteiro, de tanta vergonha.

Antes de enterrar, ele foi ao caixão onde o corpo de Ana Brenda está e ficou olhando o seu rosto por vários minutos.

- Saiba que eu estou arrependido. Se você estivesse viva, eu faria tudo para recuperar o seu amor. Você é a minha mulher. Eu sou um idiota, um babaca, um canalha do caralho... reconheço isso. - Airton pensa.

Após isso, o corpo dela foi enterrado. Depois que todos foram embora, só restaram Airton e Jove, irmão de Ana Brenda.

- Cara, ela te amava muito. Não sei como isso aconteceu, mas ela deve estar muito feliz de sua companhia. - Jove diz e Airton desaba no choro. Jove abraça-o.

- Se você soubesse que fui babaca com sua própria irmã, você me mataria. - Airton pensa.

Jove deixa o cemitério e sobra apenas Airton.

- Ana Brenda, vou te prometer uma coisa: vou acabar com Marisa, assim como eu devia ter acabado com ela desde aquele maldito dia em que teve o meu filho. - Airton diz. - E saiba, que meu nome é Raúl.

Airton deixa o cemitério e um terrível clima de vingança surge com ele. Ele foi a uma igreja e rezou diante do Santíssimo Sacramento, palavras ofensivas, prometendo, inclusive, matar Marisa e que ela jamais descobrirá a existência de seu filho.

- Eu juro! - Airton se revela Raúl.

Enquanto promessas são feitas, Marisa estava a caminho de casa, quando de repente, se depara com Iolanda, aos prantos.

- Olha só, você aí. - Marisa diz.

- Maldita! Como se ateve vir a mim para zombar. - Iolanda diz.

- Você não precisa disso. Você mesma é uma zombação. - Marisa diz.

- Caralho, Marisa! - Iolanda diz. - Você não se coloca no lugar dos outros!? Não tens ideia de que antipatia é algo terrível perante a Deus.

- Adorei seu discurso evangélico. Deveria ser pastora. - Marisa ri e Iolanda fica com muita raiva. - Não sou antipática, apenas não me ponho em lugar de valentões, vilões e pessoas mimadas como você.

- Graças a Deus que sou apenas uma menina mimada, pois você é um demônio em pessoa! - Iolanda diz.

- Ouvir isso de você é um elogio. - Marisa ri.

Marisa anda um pouco e é cercada por Iolanda, à sua frente.

- Não me importe o quanto isso vai me custar, mas vou tratar de abacar com você! - Iolanda diz e saca uma pistola e aponta pra cabeça de Marisa.

- Você é tão covarde, que necessita de uma arma para acabar comigo. - Marisa ri e Iolanda mexe no gatilho. - Nem pense que essa arma vai me acertar.

- Estou apontando pra sua cabeça, cabeça esta comandada por um demônio. - Iolanda diz.

O Rosto de MarisaOnde histórias criam vida. Descubra agora