12. Então é Natal... (bônus)

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No dia seguinte ao campeonato, Kim ainda sentia-se parcialmente nas nuvens pela vitória da Worakamon. A única parte ruim foi ter se machucado durante a partida, mas ainda assim, aquele foi o jogo mais memorável do qual já participou. Por conta do seu machucado e por toda a confusão que se sucedeu depois, ele e os amigos ainda não tiveram tempo de marcar algum rolê para sair e comemorar. Mas eles fariam isso em breve, com certeza.

Kim aproveitou o encerramento das aulas para dormir até tarde, se despertando apenas na hora do almoço. Ele nem tinha olhado as horas ainda, mas a julgar pelo cheiro incrível de comida sendo preparada, ele pôde apostar que sua mãe já estava na cozinha fazendo algo divinamente gostoso para eles dois comerem. E não estava errado, apenas alguns minutos depois, Karen entrou no seu quarto com uma bandeja repleta de comida.

– Finalmente acordou, meu coração de ouro! - Sorriu docemente, fazendo Kim se sentir nostálgico pelo apelido que ela costumava lhe chamar desde criança.

– Acabei de acordar e já tô com fome! - Se sentou na cama com cuidado.

– Eu sei! - Acenou risonha, deixando a bandeja sobre o colo de Kim. – Olha, eu também trouxe mais uma compressa de gelo para você.

Após o final do jogo, sua mãe ficou muito preocupada pela torção de seu tornozelo e levou Kim até o hospital para consultar a lesão. O médico passou alguns anti-inflamatórios e indicou que ele continuasse colocando compressas de gelo sobre o inchaço que a torção causou. E em algumas semanas ele estará totalmente recuperado.

– Obrigado, mãe! - Sorriu quando a mulher deixou um beijo sobre os seus cabelos. – Você não quer um pouco?

– Isso é para você. Vou comer daqui a pouco.

Com isso, ela sentou-se na beirada da cama e esperou pacientemente que Kim comesse sua comida enquanto se arriscava numa partida do FIFA. Suas reações exageradas fizeram Kim rir algumas vezes durante a refeição.

– Não desliga, mãe! Vamo jogar uma partida juntos. - Pediu, deixando a bandeja sobre a cômoda ao lado da cama ao terminar de comer.

– Precisamos conversar primeiro, Kimhan. - Diante do tom sério, Kim se afundou nos travesseiros, sentindo que vinha alguma coisa ruim pela frente.

– Mãe... - Arrastou o timbre, tentando convencê-la a deixar a tal conversa para depois. Não deu certo, Karen não era manipulada com facilidade. – Certo, tudo bem. Eu tô ouvindo.

Perante a seriedade do filho, Karen decidiu dar início a conversa.

– Arun assistiu você jogar ontem. E ele trouxe o outro filho para ver o jogo também. - Disse cuidadosamente, como se estivesse lidando com uma bomba para ser desativada. Kim era tão explosivo quanto uma, no entanto.

Kim a encarou, com um semblante nada agradável antes de respondê-la.

– O que você quer que eu diga? - Revirou os olhos.

Kim sabia que Arun viria, mas não se deu ao trabalho de procurar pelo homem porque nem se lembrou dele durante o jogo. A presença dele na sua vida era insignificante.

– Não sei. Quem tem que dizer é você. - Deu de ombros.

– Ele e o filho? - Kim soltou uma risada soprada que beirava a rispidez. O que mais lhe chocou foi saber que Arun trouxe com ele o filho bastardo. – Ele é muito cara de pal! É isso o que eu digo. - Resmungou.

– Você sabe que ele não perde nenhum dos seus jogos. Não acha que está na hora de dar uma segunda chance a ele? - Karen segurou suas mãos, olhando-o nos olhos.

Arun vinha tentando aquela reaproximação há alguns anos. Pelo visto, ele tinha finalmente notado que perdeu o filho de vez e queria desesperadamente Kim de volta em sua vida. Mas o moreno ainda não queria uma reaproximação com Arun, julgava ser tarde demais para tentar salvar uma relação que ele nem se lembrava de alguma vez ter existido.

Metendo Um Golaço! × KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora