08. Marcando um golaço no seu coração. (especial)

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Porchay havia se aproveitado da situação e levou ao pé da letra o que Kim disse sobre bancar quantos sorvetes ele quisesse. Porchay pediu um de chocolate, um de tapioca, um de napolitano e já estava no seu quarto, dessa vez, pediu de côco. Kim havia tomado apenas um, já que seguia uma dieta que não poderia furar. Mas seu treinador não sabia... E sorvete de doce de leite era bom demais para resistir.

– Hmm... - Porchay murmurou, se deliciando com a última colherada do doce gelado, enquanto era observado por Kim.

– Tá bom, né? Você já tomou quatro! - Kim disse, meio alarmado, enquanto Porchay observava a vitrine dos sorvetes outra vez.

– Ué, não foi você quem disse que eu poderia pegar quantos eu quisesse? - Cerrou os olhos para Kim, vendo-o se encolher em seu lugar. 

Porchay se divertia em seu íntimo com as reações engraçadas do moreno. Kim não era de todo ruim. Só era um sem noção por completo e Porchay estava aprendendo a lidar com o jeitinho esquisito do outro. Mesmo que não admitisse ainda.

– Foi! Mas eu esqueci de avisar que não sou cheio da grana, pega leve. - Choramingou, fazendo Porchay rir. – Vamos, já chega de sorvete pra você, ou o seu celebro vai congelar! - Levantou-se de seu lugar, puxando Porchay pelo braço, para que se levantasse também.

– "Celebro"? O que é isso? - Porchay franziu o cenho, encarando Kim como se ele fosse um extraterrestre.

– Ora, é o que se tem aqui na cachola. - Apontou para a testa de Porchay, enquanto caminhavam lado a lado pela calçada, porém, ainda era encarado como se estivesse falando um monte de sandices que não faziam o mínimo sentido

– "Celebro"... Quantos anos você tem mesmo? É tão mentecapto assim, realmente? - Indagou, incrédulo.

– Mente o quê? É um elogio, por acaso? - Kim sorriu de lado, fazendo Porchay revirar os olhos. Aquele moreno tinha um ego gigante, mas se ele soubesse o que aquela palavra significava, não ficaria tão contente. – Eu fiz dezoitão esse ano. - Informou, orgulhoso.

– Deixa para lá... - Balançou a cabeça para os lados. – Apenas repita comigo: cé-re-bro. Cérebro! Nem é tão difícil, viu? "Celebro" não existe! - Fez aspas com os dedos, enquanto repetia a palavra errada.

– É assim que se fala? - Fez careta.

– Óbvio! Você tem dezoito anos e não sabe falar cérebro? Ninguém nunca te avisou? Ultrajante! 

Porchay se perguntava que tipo de amigo Kim tinha, que nunca o avisou sobre algo tão simples. Com certeza, todos deviam ser como Kim, desmiolados e desprovidos de inteligência. E Porchay não estava errado, juntando todos os cérebros do quinteto não teríamos nem um neurônio saudável formado.

– Eu sempre falei celebro. Ninguém reclamou antes, você que é um chato! - Cruzou os braços, desviando o olhar quando um bico involuntário se formou em seus lábios. 

E para ficar mais infantil, só faltava mandar língua. Felizmente, Kim não fez isso ou seria capaz de perdê-la. Se negava a perder a língua antes de tascar um beijo naquele marrento.

E seria hoje.

– Está me chamando de chato depois do nosso encontro? - Arqueou as sobrancelhas, incrédulo.

– Então pra você foi um encontro? - Kim logo voltou a olhá-lo, sorridente.

– Ué... Não era? - Murmurou, confuso e envergonhado.

– Se você tá dizendo que é, então é. - Sorriu, completamente encantado pela adorável forma de agir de Porchay. Às vezes, seu limãozinho conseguia ser um doce. Quando ele queria, claro. – Só que esse foi muito mixuruca, né? Quando você for meu namorado, aí eu vou te levar num lugar mais maneiro, prometo. 

Metendo Um Golaço! × KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora