01. 1x0 pro Porchay.

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Kim e seus amigos chegaram atrasados para a primeira aula do dia e quase ficaram para fora da sala. Foram só alguns poucos minutos mas o Sr. Kamol, o professor de química, seguia à risca todas as normas da escola e era altamente rigoroso.

Obviamente, a culpa foi completamente deles, que brincaram demais no corredor após o toque e perderam a hora. Precisaram implorar muito para que o professor os deixassem entrar. Kamol era um homem alto, careca e, definitivamente, intimidador. Estava sempre agindo de forma irritante, com aqueles braços cruzados e mostrando a todos aquele sorriso de lado que beirava o cinismo.

O homem estava claramente se divertindo enquanto assistia os cinco rapazes pedirem, educadamente, para entrar e assistir a aula e só após muita insistência a entrada deles foi liberada. Nenhum deles queriam estar na presença assustadora da diretora, afinal.

Ainda era cedo, nem 8h da manhã ainda, mas o dia já começou com humilhação para o quinteto. Eles: Kim, Pol, Vegas, Macau e Ken, eram amigos há três anos, e de lá para cá, continuavam com suas amizades intactas. E ainda eram parceiros de time, numa perfeita combinação de gostos e personalidades.

Kim era, com certeza, o que mais odiava a escola e as normas de ensino. Ele estava lá há um ano a mais que os outros por ter regredido o terceiro ano. Claro, gostava de seus amigos e do tempo que tinham juntos, gostava da educação física e dos treinos de futebol ainda mais. Porém, fora aquilo, não havia mais nada de proveitoso para o atleta na Worakamon High School.

Pol era praticamente amigo de todos na escola por conta da sua fineza. Ele tinha um sorriso fácil e sua presença era agradável, literalmente qualquer um gostaria de bater um papo cortês com ele. Normalmente, ele era o mais cabeça do grupo, sempre sendo parcialmente cordial e sensato. A única coisa capaz de tirar seu equilíbrio era algum assunto ligado ao futebol e se preocupava a berça com suas notas. Como capitão de equipe, precisava ser centrado e guiar o time com sua postura confiável e perseverante. Sua personalidade dócil e ao mesmo tempo firme casava muito bem com o seu posto no Worakamon.

Vegas era o antigo capitão do Worakamon. Ele só conseguiu permanecer nesse posto por um ano e meio e Kim julgava ter sido um bom tempo. Foi quando se meteu numa briga, em pleno torneio de junho, ainda no segundo ano, que o treinador mudou o capitão do time. Vegas se atracou aos socos com um companheiro de equipe, e desde então, não gostava nem de lembrar-se do nome de Sarawat, e de vez em quando, ainda rolava uns estranhamentos entre os dois em quadra. Vegas podia ser um pouco enfezado às vezes e se estressava com facilidade, se deixando afetar por mínimas coisas. Porém, era o mais inteligente do grupo. Ele era bom, principalmente, na área de exatas e se arriscava em humanas muito bem. O caso era que, mesmo com aquela personalidade forte, ele tinha alguns bons atributos.

Macau era, de certo, o mais animado do quinteto. Ele contava piadas de humor duvidável e fazia todos darem risadas mesmo assim, porque tinha uma alegria contagiante dentro dele que encantava a todos. A personalidade cômica dela existia para aplacar toda a complexidade que ser Macau exigia. Ele não era apenas um adolescente idiota. Macau tinha um cérebro e neurônios que funcionavam muito bem, ele só não agia seriamente todo o tempo.

Kim e seus amigos tinham um acordo, ninguém se metia na vida de um do outro enquanto não for chamado.

Bom, aquela regra só não se aplicava muito ao Ken, o maior fofoqueiro da escola. Ele não andava xeretando a vida das pessoas, não era proposital, mas tudo que chegava aos seus ouvidos seria repassado. Ele só comentava o que via. Não estava morto ainda, oras, tinha boca para falar mesmo. Esse negócio de levar segredos para o túmulo não era bem a sua praia. Mas, os seus segredos íntimos e pessoais ele guardava a sete chaves e não compartilhava com ninguém. Apesar de passar a maior parte do tempo em silêncio, ele era um exímio observador, por isso sabia de tudo. Sua perspicácia era tamanha, que meia palavra bastava para ele entender o que estava acontecendo.

Metendo Um Golaço! × KimChayOnde histórias criam vida. Descubra agora