Mais tempo estará...

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...Tirando deles. 

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Satoru, estava em frente a porta de um local desconhecido para ele, com uma criança com o rosto levemente avermelhado dormindo em seu colo.

Depois de se alterar ao ponto de se assustar consigo mesmo, por consequência deixar Yuuji preocupado por sentir o conflito interno dele, o rosado apenas suspirou e lhe deu um endereço, pedindo que deixasse Akira em casa e entenderia tudo.

O problema era que Satoru era extremamente perspicaz e inteligente, quando chegou ao condomínio já tinha todo um rascunho do que estaria acontecendo, em sua mente. Tornando sua ansiedade tão grande quanto podia se supor.

Ele suspirou em frente a porta escura elegante, antes de apertar a campainha já sabendo o que iria encontrar por já ter tido uma confirmação.

Não foi difícil entrar na área, seu nome por algum motivo já estava na lista de pessoas que não precisavam de todo o procedimento para entrar, não precisou dizer o nome do morador que desejava visitar, pois a criança em seu colo aparentemente era conhecida por ser bem único em vários aspectos, o que fez a moça da recepção o despachar educadamente com um sorriso para o apartamento onde a criança morava sem nem o deixar falar nada além de um "obrigado".

Quando Megumi abriu a porta, não pode evitar ficar surpreso, seu rosto se tornou fracamente pálido e seus olhos revezaram entre Akira e Satoru. O último tinha uma expressão difícil no rosto.

_ Bom te ver Megumi_ o tom não foi gentil, foi sério, uma repreensão seca misturada com mágoa de um irmão mais velho.

_ Satoru... _ Megumi agora entedia o significado das várias mensagens de "desculpa" enviadas por Yuuji. Engoliu em seco abrindo espaço para o albino entrar, a cabeça se abaixando aos poucos. Satoru o olhou de relance, passando por ele, respirando profundamente.

Frente à frente, Megumi se aproximou para pegar Akira e levá-lo para seu quarto.

_ Ele é sua filho? _ era evidentemente uma pergunta retórica, podia afirmar pelo tom irônico. Megumi balançou a cabeça olhando para seus próprios pés. _ com o Sukuna?_ novamente uma afirmativa receosa e nervosa. Satoru suspirou._ leve ele, eu vou esperar você e sua explicação aqui_ entregou a criança, desfazendo a pose de segundos antes. Não havia nada de feromônios dominantes no ambiente, não usaria um truque como esse, e mesmo se tivesse a intenção, não funcionária em um ômega como o que estava à sua frente.

Se fosse outra pessoa, Megumi provavelmente diria que não precisava explicar nada, entretanto, essa pessoa era seu primo que quase nunca ficava realmente sério, e também a pessoa que cuidou de si mais do quê qualquer outra pessoa em sua infância, e continuo cuidando com os devidos limites depois de conseguir ter uma noção sobre a vida.

Akira foi posto carinhosamente na cama e coberto com o edredom quentinho, com seus olhos fechados ele tateou a cama com as mãozinhas pequenas até encontrar o coelho de pelúcia, o trazendo para seu abraço e se acalmando definitivamente. Megumi apreciou o ressonar tranquilo do filho por alguns segundos. 

Megumi achava uma graça. Saiu do quarto e deixou a porta entreaberta, voltando lentamente para a sala. Viu Satoru observando ao redor com desinteresse.

_ Sato... _ Satoru o olhou e apontou para a poltrona ao seu lado um pouco a frente.

_ Akira tem algo a ver com o motivo de você ter desaparecido sem deixar rastros? _ arqueou uma sombrancelha para o mais novo. Megumi apertou suas mãos uma contra a outra.

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