15. Caos

152 52 13
                                    

Michael Jackson
Mansão Hichello-Richards, Los Angeles
4 de março de 1987, 13:13

— Ela não se lembra de nada! — digo a Daniel que está deitado na cama cercado por umas sete garrafas vazias de vinho. Pelo menos é vinho.

— Melhor assim, eu ainda não sei o que fazer. Não quero ficar sem ela, mas, não quero dividir ela! — ele pega um dos travesseiros e o coloca na cara.

— Fiquei com tanto ciúmes quando vi ela no seu colo — me sento na cama — Ela é minha, sabe? — suspiro — Não quero dividir ela, não mais!

— Nem eu! — Daniel balbucia — Por mim, continuávamos a mentira e fingíamos que não estamos dividindo a mesma garota! — ele tira o travesseiro do rosto — Não estou pronto para terminar com ela e nem você está!

— E nem quero! — cruzo meus braços — O que vamos fazer? Coitadinha, ela está apaixonada por duas pessoas ao mesmo tempo. A cabeça dela deve estar numa zona há anos!

— Bem que ela poderia ter nos avisado, né? — se senta na cama e logo após se levanta. Nu ele vai até o banheiro. Me deito na cama e encaro o teto.

— Ela não podia, iria nos perder! — suspiro dolorosamente — Coitadinha — deve ser tão difícil.

— Difícil mesmo é descobrir que a mulher da sua vida também namora seu melhor amigo! — Dan fala mais firmemente — Difícil é a ouvir chamando por ele em um momento de crise! Em um momento de fragilidade! A bebida extraí a verdade Michael! — ele vestindo suas calças volta para o quarto e se deita na cama ao meu lado.

— Me sinto mal Dan — passo as duas mãos pelo meu rosto — Não quero que ninguém saia machucado disso!

— Está tudo bem cabeção, vamos superar isso — Dan me puxa para um abraço forte e protetor. O abraço de volta e tento não pensar em toda essa loucura.

— Dane! — é a doce voz de S/N. Ela abre a porta e a princípio parece se espantar com o que vê, mas, logo ela abre um sorriso.

— Mulher, pelo amor de Deus. Você está atrapalhando aqui nosso namoro! — Dan fala muito indignado a ela que ri muito alto — Vá embora daqui, deixe nosso amor em paz! — fala dramaticamente a fazendo rir ainda mais.

— Me desculpem, é que preciso falar com você Dan, não se importa não é Michael? — ela usa um tom doce.

 Aceno positivamente e me levanto. Ando até ela e lhe dou um beijinho na bochecha. O melhor que eu faço é ir fazer alguma coisa para não ficar pensando neles. Saio do quarto e ando pelo corredor.

— Michael! — me chama carinhosamente. Me viro para a encarar — Pode esperar por mim no escritório? — aceno positivamente mais uma vez e apenas vou.

15:17

 É pura tortura essa espera. Enquanto isso, tantas coisas podem estar acontecendo lá em cima. Só de pensar neles juntos sinto vontade de vomitar. Não acredito que realmente estou vivendo isso. Não é possível.

 Me sento na poltrona perto da mesa do escritório e tento me recompor. Quando ela chegar quero estar tranquilo, não quero que ela sinta que estou bravo com ela ou algo do tipo. Ela não merece minha raiva, apesar de tudo a minha pequena não merece. Essa situação é uma merda, nem imagino o quanto deve ser difícil estar na pele dela.

— Desculpa te fazer esperar meu amor — S/N diz com um belo sorriso enquanto entra no escritório. Minha garota está usando um terninho bege e um colar de diamantes que ela comprou quando viajamos para Paris. Nesse dia ela me deu uma pulseira de rubi, foi muito cara e é muito bonita.

— Tudo bem! — me levanto da poltrona para a recepcionar. S/N fecha a porta e se aproxima.

— Meu amor — murmura assim que se coloca em minha frente — Fica lindo de terninho preto — abre um sorriso — Um homem cheio de elegância, tão bonito — traz sua mão até meu queixo — Amo seu queixo — posiciona a ponta do seu dedo indicador na ponta do meu nariz — Amo seu nariz, é tão bonito — suspira — Preciso te dizer algo.

17:52

— Então, ela te contou tudo? — pergunto a Daniel, que apenas acena positivamente. Acabo de sair do escritório, S/N me contou como foi tudo e eu estou chocado.

— Ela acabou se enrolando! — aceno positivamente. Estamos sentados na grama no jardim bem longe da casa. A conversa foi tensa e muito detalhada. Ela simplesmente me contou tudo, quantas vezes eles transaram e tudo.

— Ela te contou os detalhes? Qual é Michael, pra que fazer orais tantas vezes! — pergunta com uma cara de nojo — E pra alguém que não é muito sexual, vocês transaram bastante né?

— Ela desperta todos os meus instintos, eu me sinto sexy e o melhor cara do mundo com ela — olho para ele — Ela é demais!

— Concordo — desce seu olhar — Ela ter nos contado tudo foi corajoso!

— E muito sensível da parte dela ter chamado cada um para uma conversa a sós! — olho para cima — Ela não é o monstro que pensávamos que era!

— E isso deixa tudo mais difícil porque, o que vai ser agora? Ela nos contou e aí? Ela não terminou comigo e nem com você! O que ela vai decidir? — boa pergunta.

EximioOnde histórias criam vida. Descubra agora