Imagines de Kimetsu no Yaiba

Não vou mais te deixar sozinha (Imagine Zenitsu Agatsuma)

Você estava travando uma árdua batalha contra um oni que apareceu de repente, na calada da noite. Tudo estava tranquilo e parecia uma noite bonita de se apreciar, mas tudo foi destruído pelo monstro. Tentou segurar as pontas enquanto procurava por ajuda, mas aquilo trouxe alguns danos ao seu corpo. Estava toda machucada, cheia de arranhões e pequenas mordidas espalhadas em seu corpo, coisa que raramente acontecia. Esse oni era mais forte do que os outros que enfrentou até agora, você imaginou.

Ainda tinha seus amigos, mas, mesmo também sendo caçadores de demônios, eles haviam saído para procurar mais lenha então, provavelmente, iriam demorar a voltar e você não acreditava que chegariam a tempo de te ajudar. Isso estava por sua conta desta vez, e não iria decepcioná-los.

Com suas últimas forças, desferiu seu golpe mais forte, conseguindo decapitar o oni a sua frente. Você ficou feliz por ter conseguido se proteger, mas acabou desmaiando de exaustão, o que foi ruim, pois poderia ter mais onis por perto, então seria uma presa fácil para eles e mesmo com essa consciência, era impossível acordar e se manter em pé.

Aguardava o seu fim, porém, ouviu passos de pessoas chegando. Tinha certeza de que eram pessoas porque, junto aos passos, gritos exageradamente desesperados os acompanhavam e você reconhecia esse desespero muito bem: Zenitsu e os outros estavam chegando. Não seria dessa vez que morreria, e saber disso lhe deixou aliviada.

— [Nome]!!! [Nome]!!! O que aconteceu? Eu sabia! Eu sabia que o porco do mato deveria ter ficado aqui!!! — ouviu os gritos dele, mas ainda estava vencida pela exaustão, então não pode acalmá-lo.

— Do que você 'tá falando, seu imbecil? Você deveria ter ficado aqui com ela! Você é o medroso do grupo, por que não ficou? — Inosuke rebateu em um tom bravo.

— Não adianta discutir pessoal, precisamos levá-la a um médico rápido! — Tanjirou falou rapidamente, pegando-a no colo.

— Hey Tanjirou... — Zenitsu chamou o amigo, ignorando completamente o javali enfurecido. Isso não era de seu feitio, mas você estava mal e precisava de ajuda. — Eu levo a [Nome], você já carrega a Nezuko-chan.

— Ok... Leva a [Nome] então. Vamos depressa.

Você sentiu as mãos de Zenitsu envolverem seu corpo, tranquilizando-a um pouco mais, seus músculos haviam relaxado, sentindo-se mais segura com eles por perto.

[...]

Acordou depois de um tempo e já estava se sentindo um pouco melhor, suas feridas estavam tratadas e doíam bem menos que antes. Reparou que elas estavam envoltas em bandagens, o que lhe fazia parecer uma múmia e notou também que, ao lado de sua cama, Zenitsu estava sentado em uma cadeira, dormindo profundamente, achou fofo, pois são raras as vezes em que ele assume uma expressão de calma.

Para não acordá-lo, se ajeitou na cama de novo, não queria atrapalhar o sono do amigo. Mesmo assim, ele parecia estar atento e, com o mínimo de movimento que você fez, acordou. Parecia assustado e te olhava a todo instante.

— [Nome]? 'Tá tudo bem? Precisa de alguma coisa? — ele questionou ainda assustado.

— Não Zenitsu, eu tava só me ajeitando! Desculpe, não quis te acordar desse jeito — respondeu tentando acalmá-lo.

— Mas... Eu que deveria pedir desculpas... — falou de cabeça baixa, não tinha coragem de lhe encarar nos olhos.

— Ué...? Por que isso agora? — você indagou confusa.

— Você se machucou por minha causa...

— Para com isso, seu bobo. Nós somos caçadores de demônios, então estamos fadados a esse tipo de coisa. Não se culpe — você disse seriamente, chamando a atenção do amigo.

— Eu deveria ter ficado com você, ao invés de teimar em ir junto pegar lenha... Eu sou fraco e logo eu vou morrer no meio dessa loucura toda.

— Zenitsu, se eu não estivesse toda estourada, eu ia te dar uns cascudos — proferiu em tom sério. — Você não é fraco, só não tem noção da força que tem, e pare de ficar falando que vai morrer logo... Isso machuca mais do que esses ferimentos...

Zenitsu ficou sem reação com essa declaração, não sabia o que fazer, o que responder ou como agir. Só conseguiu lhe lançar um pequeno sorriso, talvez feliz, por você acreditar tanto assim nele. Por conta disso, ele decidiu que nunca mais a deixaria sozinha, para assim, quando tudo isso terminar, vocês conseguirem viver uma vida tranquila. Quem sabe te peça em casamento? Caso aceitasse, viveriam uma boa vida, digna de quem lutou para isso.