Visita ao Coronel Daniel.

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Pov Arizona.

Minha casa estava literalmente virada de cabeça para baixo, a cada dois passos era uma caixa com coisas do meu pai dentro e eu não sabia mais o que fazer.

A mais ou menos 2 semanas meu pai foi diagnosticado com Doença de Crohn, é uma doença inflamatória crônica que atinge o intestino e os casos mais graves podem apresentar entupimento ou perfurações intestinais. Enfraquecimento, dores abdominais e nas articulações, perda de peso, diarreia com ou sem sangue, lesões na pele, pedra nos rins e na vesícula são alguns dos principais sintomas. Ela atinge tanto homens quanto mulheres, principalmente entre os 20 e 40 anos de idade e a incidência é maior em fumantes.  Não se sabe ao certo quais são as causas dessa doença, mas há indícios de que ela surge por causa de problemas no sistema imunológico. Para fazer o diagnóstico é necessário realizar exames de sangue, clínicos, de imagem e analisar o histórico do paciente.

Como meu pai já é um senhor de idade, a imunidade dele já não é mais a mesma, na verdade, nada nele é como se ele fosse mais novo, mas eu sinceramente não esperava que, uma doença que atinge adultos entre 20 e 40 anos fosse atingir um senhor de quase 70.

Eu estava muito mal, todos percebia isso, mas eu tinha que ser forte por ele, não só por ele como pela Sofia também.

Tem mais ou menos uma semana que eu contei a Callie o que tinha acontecido, e eu percebi pela sua voz que a mesma estava em choque.

Combinamos de contar juntas a Sofia, no dia meu pai estaria internado no hospital para fazer mais uma bateria de exames antes da Bailey dar seu veredito final.

- Você sabe que eu poderia muito bem ficar em um hotel com a sua mãe, não é?- meu pai perguntou quando eu cheguei com uma caixa no quarto de hóspedes.- Você virou sua vida de cabeça para baixo por minha causa, até o André saiu daqui.

- O nome dele é Andrew, papai.- falei dando um risada.- E ele disse que vai passar uns dias com a namorada antes dela ir embora.

- A história de alguém ser deportada era sobre ela?- perguntou curioso.

- Você já esta sabendo das fofocas daquele hospital?- perguntei rindo.- Vou proibir os internos de ir ao seu quarto.

- Não, por favor! É a melhor parte do meu dia.- s falou e desceu o olhar para a minha prótese.- Que tal você sentar um pouco e a gente bater um papo? assim você descansa essa perna amputada.

- Não posso, papai, Calliope chega daqui a uns dias com a Sofia e eu tenho que arrumar o quarto da sofia pra elas.

- Tenho certeza que se você parar por dois minutos a " Calliope" não vai se importar.- ele falou fazendo aspas no nome dela e eu ri.

Ficamos ali conversando sobre coisas amenas, minha mãe havia ido ao mercado comprar coisas para abastecer a dispensa essa semana e assim que chegasse faria o almoço.

Assim que minha mãe chegou eu usei a desculpa de ajudar ela a fazer o almoço e voltei a ajeitar as coisas, a anos Callie não vinha aqui, eu tinha que deixar tudo em perfeito estado, eu não sabia nem se a Penny viria junto.

- Elas chegam quando?- minha mãe perguntou.

- Quinta de manhã.- contei.- Callie disse que quer pegar o primeiro vôo para Seattle da manhã.

- Sofia ainda não sabe?- meu pai perguntou e eu neguei.- Por que não? Eu disse que queria vê-la antes da cirurgia.

- A cirurgia é sexta a tarde, vamos contar antes de ela ver você depois dos exames.

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