Um amor quase perdido

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Pov Callie.

Quando eu nasci, a 39 anos atrás, eu sem querer fui botada para adoção, minha mãe não tinha muito estudo, mal sabia ler e escrever, e sem saber acabou assinando um documento que dizia que ela estava me entregando para a adoção.

Eu fiquei 22 anos longe dela, mas o gentil casal que me adotou me dizia que eu era parecida com minha irmã, e foi ai que eu decidi ir atrás, eu queria conhece-la, queria saber o que tinha acontecido, o por que dela ter me dado a estranhos.

Eu fiquei meses atrás de alguma informação,  meus pais adotivos me ajudaram e descobrimos que ela não sabia eu tinha sido adotada, eu fiquei somente uma semana em Seattle, nos Estados Unidos  e depois me trouxeram para o México.

Eu acha que Julia e Marcos, meus pais adotivos, não iriam querer que eu os conhecessem ou algo do tipo, mas foi muito pelo contrário, eles foram os que mais me ajudaram. Lúcia, minha mãe biológica havia marcado um encontro comigo em um café onde ela trabalhava atualmente em Seattle, e seria ali que eu iria conhecer a mulher que me colocou ao mundo, e que eu só vi uma vez na minha vida e eu nem me lembrava.

Mas, para a minha surpresa, eu não conheci somente a mulher que me colocou ao mundo, eu conheci também a primeira mulher por quem eu me apaixonei, a primeira mulher que eu beijei e a única mulher que eu queria passar o resto da minha vida. Me lembro bem que ela estava ali de canto dando apoio a minha mãe enquanto ela chorava e me abraçava, mas meus olhos mal saiam dela.

Depois de Lúcia muito me abraçar e me pedir desculpas por algo que ela nem sabia que tinha feito, ela me apresentou a sua amiga e disse que ela me levaria para dar uma volta pela cidade, para eu poder conhecer e se caso eu quisesse voltar, eu saberia onde encontra-la. 

Amiga de minha mãe era loira, suas madeixas batiam um pouco abaixo dos ombros, seus olhos tinham um azul intenso e seu sorriso era mágico, sim ele era mágico e foi por ele que eu me apaixonei.

Mas como eu ia me apaixonar por uma pessoa que eu mal tinha visto, eu mal a conhecia, eu nem sabia seu nome.

- Minha filha, essa é a Arizona.- Lúcia disse chamando a minha atenção.- Filha de uma amiga de longa data.

- Prazer.- falamos juntas e dela me deu um sorriso aberto.

Arizona. Arizona era o nome do amor da minha vida.

Mas como eu sabia que ela era o amor da minha vida? Nem eu sei explicar, eu nem sabia explicar como eu comecei a amar uma mulher.

Arizona me levou para andar pela cidade, ela me levou ao parque, ao shopping e no final da tarde ela me levou a um lugar afastado da cidade, no monte, onde tinha uma vista linda da cidade toda.

Eu não conseguia não olhar o sorriso dela, a cada coisa que ela me mostrava, a cada história sobre o lugar era um sorriso diferente e um jeito diferente em que eu me apaixonava por ela.

- Esse é o meu lugar favorito na cidade toda.- falou parando em um lugar mais afastado de todos. - Eu gosto de vir aqui quando quero relaxar.

- Deixei você cansada?- perguntei vendo ela esticar um pano no chão.

- Não, eu gostei do dia de hoje.- Explicou se sentando e me chamando para sentar.- Eu queria que você conhecesse, no por do  sol fica uma vista linda.

- Eu também gostei do dia de hoje.- Respondi.- Mais ainda da companhia.

Arizona me olhou e deu um largo sorriso, ficamos ali ainda batendo um papo vendo o sol se por e as pessoas indo embora ao poucos ficando apenas alguns casais que estavam namorando.

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