Almas compartilhadas

Sem Máscaras!

Harry não tinha conseguido se despedir dos seus namorados, depois da reunião com o diretor correu pra fazer suas malas, e nem mesmo tinha a oportunidade de conversar com eles no trem já que os gêmeos ficariam no Castelo.
Agora estava dividindo o compartimento com os sonserinos, então também não poderia abordar Draco em uma conversa a sós.

Aquela seria uma longa viagem, mas Harry tinha trago seu livro sobre a língua dos duendes, ele tinha feito uma promessa, e faria de tudo pra cumprir. Deixando todos em suas conversas ele se encostou na janela e começou sua leitura. Assimilar um alfabeto novo e suas pronúncias era algo muito difícil e exaustivo.

Em algum momento durante a leitura ele deve ser adormecido, e acordou com Blaise sacudindo seu ombro.

-Harry? Acorde, chegamos a estação - disse o garoto francês balançando o ombro de Harry.

-Hmm estou acordado, desculpa.

- Tudo bem, vamos - disse Blaise saindo do compartimento, pela primeira vez ele iria pra casa durante um feriado como os outros sonserinos, e se encontraria com todos novamente no baile Ostrora.
Uma comemoração ao solstício e uma forma de celebrar a colheita.

Harry nunca tinha comemorado nada disso, e estava um pouco nervoso com todos os preparativos, regras da sociedade bruxo e costumes do festival, mas esperava que tudo saísse bem, foi pra isso que ele leu todos aqueles livros, pelo menos.

Quando desembarcou do trem, ao contrário do que ele esperava não era Lorde Malfoy que o esperava, mas sim Barto, não mais vestindo a capa de Moody, apenas Barto, bom, com pequenas modificações na aparência, afinal aparentemente ele conseguiu um dia de folga, ou deve ter escapado do castelo.

Caminhou até Barto com seu malão encolhido e colocado no bolso, sua mochila pendurada em uma só alça e ainda com as roupas do uniforme.

- Oi, achei que Lorde Malfoy iria me buscar - disse Harry

- Oi Harry, você não ficará na mansão Malfoy, ou em qualquer outra mansão, estou levando você a casa particular do Lord - disse Barto estendendo uma chave portal para Harry em formado de colher de ouro.

Harry estava surpreso, a casa particular dr Voldemort? Uau isso foi inesperado e agora ele estava ficando ansioso!
Com receio e uma grande quantidade de empolgação, encostou na colher de ouro, e sentiu aquela sensação horroroso que tinha com qualquer meio de transporte bruxo que não fosse uma vassoura!

Quando seus pés se fixaram no chão, junto da sessão de vertigem, a primeira coisa que notou foi o vento, depois a grande quantidade de luz, o cheiro das flores e por final quando todo o mal estar passou, conseguiu perceber que estava em uma espécie de casa de campo, enorme, de 3 andares com grandes janelas e portas de vidro e que todo terreno em volta era cercado de flores de todas as espécies.
Parecia tão aconchegante, Tom vivia ali?

- Cuidado para não babar em todo o chão garoto! - disse Bartô dando risada - parece até que nunca viu uma casa de verdade.

- Nunca, é a primeira vez que tenho a sensação de verdade - disse Harry ainda embasbacado.

- Bem, não vamos deixar o anfitrião esperando então, vamos entrar Harry, tem uma pessoa lá dentro que quer muito te conhecer.

Foram entrando dentro da casa, passando pela sala de estar, sala de jantar, uma cozinha linda e toda decorada, subiram a escada e no final do corredor do segundo andar, estava uma biblioteca com uma vista linda da varanda aonde podia se ver a real extensão dos campos de flores.
Harry estava tão admirado com a paisagem que levou um tempo para perceber a criança de 8 anos sentada em uma das poltronas com as pernas cruzadas como uma bailarina e um livro enorme sobre seu colo.