três

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Olá!

Como estão?

Não tenho o que dizer, eu acho, então vamos ao capítulo.

Comentem bastante para mim.

.

O modo como Lauren me encarava me fazia tremer da cabeça aos pés e não era de excitação, mas de medo.

Eu era mesmo uma medrosa!

Ainda bem que sabe.

Meu cérebro riu de mim antes de soltar um gritinho agudo, rápido, curto e desesperado ao se dar conta de quem estava a minha frente.

Eita, viada!

Lauren realmente tinha aquela aparência de que mulher que estava saindo da adolescência e entrando na vida adulta, comum para garotas de dezoito anos como ela. Uma jovem bonita, mas com cara de má.

Parecia prestes a me mastigar e me cuspir.

Eca.

Quieta!

Seu rosto leitoso estava voltado para mim em uma expressão endurecida que sugeria a grandeza de seu desgosto. Os olhos verdes intensos me vidravam e pareciam me fuzilar.

Eu nunca tinha visto alguém tão branco e de olhos tão intensos. O que faltava de cor em sua pele se acumulava em seus olhos cruéis.

Olha, pensando bem, ela era muito bonita, mas muito pálida para mim. Eu gostava de um pouco mais de cor. Algo mais saudável que aquela cor mórbida de um fantasma de desenho animado.

Me senti um pouco melhor quando minha atração por ela, ao menos fisicamente, diminuiu uns dez por cento.

Nem cinco por cento, querida.

Pare de ser contra mim na minha narração.

Não está mais aqui quem pensou.

Voltando ao assunto, sua personalidade me engolia, mas ali eu caía no escuro.

Eu precisava sair desse escuro. Precisava desvendar Lauren Jauregui.

E claro, deixar de tremer ao encarar seus olhos e ver que obviamente não era bem vinda em seu espaço e muito menos em sua vida.

Ela queria me matar. Claro que sim!

Quem era eu para entrar em seu quarto?

Camila Cabello.

Quem era eu?

Você é Camila Cabello e ninguém vai te rebaixar!

Obrigada, mente.

— Camila estava curiosa sobre o que você tanto faz nesse quarto – Normani disse em um tom agradável, mas o olhar de Lauren não saía de mim.

Normani não percebia que Lauren queria me matar ali mesmo? Ela não se importava?

— Por que não perguntou? – Lauren questionou de um jeito curto, grosso e desinteressado, ainda me encarando intensamente.

O que importa? Melhor ir embora de seu quarto e deixar que vivesse isolada e feliz.

Corre. É só correr covardemente.

Me imaginei saindo correndo com os braços para o ar e gritando fino.

Eu trancaria a porta do quarto e colocaria três cadeados na janela e pronto, sem preocupações.

LIVRO 1 - estranhamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora