capítulo 16

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P.O.V (S/n)
Desde muito nova aprendi que nada viria fácil pra mim. Aprendi que se eu quisesse algo teria que correr atrás. E foi assim com os meus livros, minha primeira bicicleta, a Barbie do castelo de diamante, etc. Sempre que desejava algo, abria o meu cofrinho e comprava. Mas depois eu aprendi outra coisa. Querer nem sempre é poder. Nem se eu abrisse milhões de cofrinhos, conseguiria comprar o amor de ninguém. Lucas ter me negado sua amizade pela décima vez, alegando que devolveria em breve. Ela me perguntou o porquê e respondi:
- "Quero que o Lucas seja meu amigo, mamãe! Mas ele disse que não queria amizade com gente feia e pobre como eu... se eu der algum dinheiro a ele e mostrar que não sou tão pobre assim, talvez ele aceite ser meu amigo."
E eu não era pobre... claro que comparado ao Tolentino, sim, eu era. Mas meus pais viviam bem financeiramente e sempre me davam uma boa mesada. A casa no bairro nobre minha mãe havia herdado dos pais. Meus avós maternos eram donos de uma grande empresa de arquitetura, mas pelo que a mamãe me contou, o vovô perdeu tudo com jogos. E tudo o que sobrou foi a enorme casa em um bairro de gente rica. Mas voltando ao meu pedido a mamãe... Sim! Eu realmente era uma idiota e além do mais, crianças de oito anos não pensam como pessoas normais. Mas graças a Deus cresci e estou aqui transbordando amor próprio. Talvez nem tanto assim, já que ainda não expulsei o babaca do meu quarto... Mas voltando ao passado... Minha mãe ficou horrorizada, tanto com a minha inocência, quanto com o comentário do Lucas. Me mandou nunca mais chegar perto de um garoto arrogante e mimado feito ele. Mas eu cheguei. Entretanto isso não vem ao caso. O que realmente estou querendo dizer é que, o que eu sempre quis foi ele. Sempre sonhei com ele. E nunca o tive. Mas naquele momento, eu o tinha em meu quarto. Há poucos passos de distância. Implorando-me por perdão... Tentei fazer de toda dúvida, raiva, mas não estava funcionando. O olhei sentado na cama da Bruna, sentindo vontade de dizer que tudo já se foi. Que o perdoei. Mas ai toda a desconfiança retornava, deixando me coração negro e frio, assim como deveria ser. Lucas Paquetá passou a infância desprezando meus sentimentos por ele, por quê justo agora seria diferente? Não posso confiar nele, não posso! O fitei por mais alguns segundos e percebi a amargura em seu rosto perfeito. Algo dentro de mim queria ajuda-lo, mas minha parte racional se negava ferozmente. Ela gostava de vê-lo sofrer, afinal, àquilo não chegava aos pés do que passei e enfrentei.
-Precisa ir embora. Tenho que descansar, ainda não estou me sentindo muito bem.
_ Falei, sem encara-lo. A passos vagarosos caminhei até a porta, mas a voz dele me fez parar._
- Não precisa se preocupar... sei onde é a porta e também sei como abri-la.  _O tom seco, fez meus pelos eriçarem. Lucas se pôs de pé e começou a se dirigir até a saída a passos duros. Enquanto andava pelo pequeno cômodo, reparei no quão minúscula seu corpo esguio e alto, me fazia parecer. E então, não pude mais admirá-lo quando o mesmo saiu pela porta e a fechou com um excesso de força, fazendo-me voltar a realidade. Lucas Paquetá poderia até ser o cara mais gato da escola. Mas ainda sim, era o rei dos babacas e pra mim isso era o bastante para querer distância. Apesar do dia horrível de ontem, hoje tinha tudo pra ser diferente. Pela tarde teríamos a nossa primeira aula de música, o que tinha me deixado extremamente eufórica. Sim! sei que ontem, quando a diretora veio anunciar o começo das novas aulas, não apreciei o momento. Mas a verdade é que amo tocar violão e até canto de vez em quando. O meu único problema é unicamente o público. A única pessoa que já me ouviu cantar foi a mamãe e o meu cachorro. Pois é... nem o papai. Ele quase nunca estava em casa e sempre que estava vivia enfurnado no escritório. Mas não quero falar do mala do meu pai... O que realmente interessa é o dia de hoje. Como eu estava dizendo, me sentia incrivelmente animada para ouvir pessoas falarem de música e fazer música. Adentrei a sala de aula com um enorme sorriso no rosto; não tinha quem dissesse que fui parar na enfermaria no dia anterior. Sentei em uma das cadeiras e observei ao redor. Pessoas em pé conversavam animadas, e algumas já se encontravam sentadas. Desviei o olhar para a porta e me deparei com lindos olhos castanhos me olhando de volta. As malditas borboletas reviraram o meu estômago quase instantaneamente. Não posso, não posso! Ficava repetindo a mim mesma. Me voltei para a frente e segurei minha atenção sobre o quadro em branco, tentando ignorar a todo custo a queimação em minha pele. Forcei-me a pensar em qualquer coisa, menos nele. O que me levou até a conversa que tive com Bruna ontem a noite. As aulas de música e teatro seriam em sala de aula normal, enquanto o andar de cima não ficava pronto. Eai você me questiona: I daí? Eu não sei tá legal, eu só preciso de qualquer distração que seja.
- Eai, namorada!
_Neymar diz sentando-se ao meu lado. Não me leve a mal, Júnior. Mas você é uma ótima distração.
- Hey.
_ sorrio pra ele._
-Fiquei sabendo que você passou mal ontem.
_Neymar passou o braço ao redor dos meus ombros de forma natural._
- O Paquetá está nos fuzilando.
_se explicou próximo ao meu ouvido. Soltei uma risada fraca e me inclinei um pouco mais na direção do Moreno, entrando no jogo._
- Foi o Lucas que te falou?
_ murmurei de volta, segundo depois. Tomando o maior cuidado para que parece que estávamos flertando._
- O que? Foi o Lucas que te falou que passei mal?
-Foi... enquanto me dava um murro na cara.
_Neymar disse com descaso. _
- ELE FEZ O QUE?? - praticamente gritei, chamando a atenção de toda a sala, inclusive a do Paquetá. _
-Fala baixo, garota! - Neymar sorriu descontraido, tentando conter a situação, e segurando em minha mão ele contou o que tinha acontecido: _
- O Paquetá entrou no quarto ontem a noite com uma cara péssima, parecia estar prestes a matar alguém. Ai eu me liguei que quem ele queria matar era eu. _Solto apenas um uhumm..._
- Perguntei qual era o problema dele e porque não tinha dormido no quarto. Mas ele não respondeu e me perguntou se eu sabia que a "minha namorada" tinha parado na enfermaria. Eu disse que não, então ele pulou em cima de mim, e me acertou um soco.
-Qual é o problema desse idiota?__ Soltei irritada.
-E eu que vou saber, (S/n)? _ Neymar rebateu. Acho que o Neymar nem ficou tão indiferente assim ao acontecido. _
-O babaca do Lucas, simplesmente, pulou em mim e me deixou essa lembrancinha... _o rapaz virou um pouco o rosto e fui capaz de ver um pequeno corte no canto esquerdo dos seus lábios. Parecia infeccionado. +Passou gelo nisso ai? __ perguntei fazendo uma careta para o machucado. Encostei devagar os dedos em cima do corte e o mesmo fez uma careta e soltou um " ai".
-Botei... eu acho! _ falou duvidoso._ -Você é muito manhoso, sabia? __ Falei ao encostar a ponta dos dedos, outra vez, em seu machucado e escutar um xingamento.
-Eu não sou manhoso... _ protestou, birrento. _
-o maluco, ali tem força. _Neymar lançou um olhar de canto em direção ao Paquetá. Olho pro garoto, ainda parado ao lado da porta dá sala, e vejo que ele já esta bem acompanhado. Uma garota morena, praticamente se jogava em cima dele e o idiota parecia gostar. Não sei bem o porquê, mas não gostei do que vi. Minha cara fechou e nada mais me parecia fazer desse dia, bom. Me virei de volta, olhando novamente, pro machucado do Ney.
- Achei que vocês fossem amigos.
_ soltei, indiferente. Pelo que sabia eles eram ótimos, melhores amigos desde o primeiro ano, que foi quando chegaram nesse colégio, e viraram colegas de quarto. Mas parecia que amizade tinha sido abalada e eu pedia a Deus que eu não fosse o motivo.É ridículo o Lucas acabar uma amizade, só por egocentrismo. Ele não me queria como namorada, me queria como objeto. Cada vez, me enojo mais com as coisas do Paquetá._
-E éramos! _Neymar, dá de ombros._ Acho que ele tá com ciúmes... você deve tê-lo enfeitiçado, como fez comigo.
-Até parece... - gargalho. -
- Garotos como você e o Lucas, não são enfeitiçados por garotas como eu. _digo descontraída, mas no fim aquela verdade me doía um pouco._
-Não seja idiota! Você é linda. E garotas como você não existem... porquê você é única.
_ meu namorado fala, me olhando nos olhos com grande intensidade. Corei imediatamente com sua palavras, e desviei o olhar. Neymar, sorri com o meu ato e a professora entra na sala_                                              ~♡~
Mil perdões pela demora, meu celular caiu e trincou a tela toda, estava horrível de digitar.
Troquei a tela hj, Jajá saí mais um capítulo.
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⏰ Última atualização: Jan 02, 2023 ⏰

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