Família

"Barafustar"

Movimentar-se de forma descontrolada. Protestar

Já tem mais um capítulo junto deste, pois eu sei que vocês já vão planejar me esquartejar

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À alguns bons anos, quando Os Marotos ainda nem se conheciam, Remus ganhou suas cicatrizes

Então se vamos começar do início, que comecemos direito

Hope era uma mulher simples, cabelos caramelo um pouco queimado, olhos dourados e um sorriso tão carinhoso que até a mais vil alma caia em seus braços para chorar sobre seus problemas

Ela se casou com um médico, que na época era como casar com um bilionário

Tiveram um casamento feliz, até Hope descobrir sobre a gravidez

Eles se afastaram, mas não existia divórcio

E Remus nasceu. O porquê do nome? Hope acreditava que Remus, o irmão de Romulus, devia ter tua chance de felicidade

O marido dela não era um pai ruim - no início

Mas após uma discussão. Hope saiu de casa para respirar ar puro

Seu menino - com seis anos - fora diagnosticado com Lúpus e o pai do menino queria o afastar, pois aquilo era um ultraje

Um médico ter um filho com uma doença incurável

Ela só não sabia que seu marido, bêbado e movido pelo orgulho ferido, iria trancar o menino no quarto e colocar fogo na porta

O menino dormia tranquilamente, graças ao sono leve, conseguiu despertar pelo barulho do crepitar e da madeira rangendo

O menino gritou ao se sentar na cama, encarando o fogo

Hope ouviu o grito e correu para dentro de casa. A porta estava trancada

- Lyall! - Ela batia na porta em desespero. Os gritos de seu menino ficavam mais sofridos

Eram aquelas gritos que nem se quisesse poderia reproduzir de tão apavorados e profundos eram

Quando o fogo pegou no chão de madeira e na cômoda, Remus parou de gritar e continuou só chorando em desespero

Lyall abriu a porta de casa e empurrou a esposa da escada da varanda

Hope bateu a nuca em uma pedra do caminho que tinha ali. E desmaiou

O bêbado saiu pela rua. Deixando aquilo do jeito que estava

Hope acordou rapidamente pelos reflexos de sobrevivência. Levantou sem sentir a dor por conta da adrenalina

Entrou na casa. A porta do quarto de Remus estava em chamas, a parede também pegava fogo

A mulher tossia pela fumaça

- Remus! - Gritou por cima do som do fogo e do alarme de fumaça

O menino chorou mais, encolhido contra a cabeceira da cama. O rosto já cheio de fuligem

- Filho! - Ela gritou mais uma vez, tossindo mais - Responde!

Remus levantou da cama e se aproximou da porta, para sua mãe o ouvir

- Mamãe! - Chorou forte e a mulher ficou mais alerta

- Você tem que pular a janela do seu quarto! - Ela tossiu e cobriu o rosto com o braço - Mamãe te encontra lá! Fique longe do fogo!

O menino deu passos para trás ao ver as chamas crescerem, tropeçou em uma madeira mal colocada e caiu no chão

Se arrastou até encostar as costas no pé de sua cama