Capítulo oito

90 8 6
                                    


Tudo em mim se revira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tudo em mim se revira. Meus olhos, minhas entranhas e meu autocontrole.

Tantos anos que imaginei como isso poderia ter sido e, quando finalmente acontece, é ainda melhor do que eu esperei.

Nina segura o lábio inferior entre os dentes, me fazendo sorrir. As pálpebras pesadas de desejo, as bochechas coradas, o cabelo ligeiramente desgrenhado. Seu peito pesado, respirando com dificuldade. Decido que não preciso mais esperar. Ela me deu as rédeas da situação e eu não tenho problema em deixar meus desejos controlarem minhas atitudes.

Deslizo a mão de sua lombar para sua bunda, aperto e massageio a carne macia enquanto passeio com meu nariz pelo desenho de seu decote, respirando sua pele, seu perfume. Deixando que ela jogue a cabeça para trás, expondo o pescoço, a boca aberta, puxando mais ar. Nina está sufocando de tesão. Mordisco seu mamilo por cima da roupa e ela projeta o quadril contra o meu, cravando as unhas em minha nuca, gemendo quando encontra minha ereção.

Pelo curso das coisas, deduzo que ela se esqueceu de onde estamos e me excito ainda mais com isso, com a mera realização de que Nina está entregue a mim a ponto de se perder de si mesma.

Ela me enlouquece ao lamber minha orelha. Quente e lenta. Arrasto meu quadril para a beirada do banco, lhe dando mais espaço para sentar em cima de mim. Nina não se demora e se arrasta determinada a esfregar sua boceta no meu pau.

Eu preciso parar um momento e afastar meu rosto e olhar para ela, preciso ter certeza que isso é real. Nina sorri de um jeito que não me lembro de ter visto antes, mas preciso dizer a mim mesmo que se estou agindo como um homem, é óbvio que Nina está agindo como mulher.

Eu não conheço a mulher que ela se tornou, mas estou desesperado para conhecer.

Ela rebola para frente e para trás enquanto inclina seu rosto em direção ao meu e me beija a boca outra vez, suga minha língua, meus lábios, me morde e provoca de um jeito torturante e por um instante eu perco os sentidos.

Meu pau pulsa e incha com seu estímulo e meus dedos estão formigando quando deslizo a mão por sua coxa, me embrenhando por baixo de sua saia. Ela desacelera, permitindo que eu a toque, e quando isso acontece um gemido escapa de sua garganta.

De mim o que escapa é um grunhido. Sua calcinha está molhada de um jeito delicioso e seu clitóris está inchado sob meu dedo.

— Benhur — ela geme em tom de súplica.

Meu pau está dolorido contido pelo tecido grosso da calça jeans.

— Geme meu nome de novo — peço circulando seu clitóris com meu polegar.

E Nina obedece com a voz melódica se arrastando nas vogais com os olhos fechados e a respiração irregular. Eu juro, não há nada mais lindo.

Afasto sua calcinha e sinto seu calor emanar em meus dedos. Acaricio seus lábios internos e Nina não para de se remexer, de contrair e relaxar, impaciente. E embora eu tenha alguma pressa, também não quero que isso acabe tão cedo.

Não quero que isso acabe nunca mais.

A massageio espalhando sua lubrificação, depositando beijos por seu colo, pescoço, queixo e boca. É um carinho lento, o qual Nina retribuí com as mãos no meu pescoço e os olhos presos em mim, a boca segurando um sorriso que soa quase grato.

Sorrio de volta, porque me sinto o cara mais sortudo da vida, como se o universo tivesse finalmente decidido me escutar ou, talvez, ele só esteja cansado de me ouvir lamentar.

O importante é que Nina está em meu colo, em meus dedos, em minha boca e eu vou honrar essa sorte.

Introduzo um dedo lentamente sentindo ela se contrair e relaxar. Entro e saio desejando desesperadamente que pudesse ser meu pau desfrutando de Nina. Ela puxa o cabelo da minha nuca e rebola no meu dedo, buscando por mais. Introduzo outro e ela geme baixinho outra vez.

Os gemidos de Nina me fazem estremecer.

Aumento o ritmo, giro os dedos dentro dela, massageando seus pontos sensíveis, sentindo suas coxas me apertando em desespero.

— A gente tá literalmente em praça pública — ela diz, com a testa colada na minha, roçando o nariz no meu. Eu me perco na maneira como o sorriso simplesmente não abandona seus lábios.

— E do lado de uma igreja — a lembro, arrancando uma gargalhada que ela tenta abafar em meu ombro. Aproveito para chupar e arrastar meus dentes por seu pescoço antes de continuar. — Quer que eu pare?

— Se tu parar eu te afogo ali no lodo — ela ameaça erguendo o tronco, me olhando de cima para baixo e rebolando de um jeito que minhas pernas chacoalham em um espasmo involuntário.

Eu quero tanto me afogar nessa boceta.

Curvo meus dedos dentro de Nina porque quero recuperar o controle que ela me tirou, minha sanidade, minha vitalidade, meus ossos, qualquer coisa.

Quero que ela goze para mim e que diga meu nome enquanto seu corpo se contrai de prazer. Acelero os movimentos deixando minha palma friccionar a parte externa de seu clitóris e o quadril de Nina vem e vai fodendo minha mão em seu próprio ritmo.

— Benhur... — Ela tenta engolir meu nome, o que só me faz investir ainda mais, mais velocidade, mais pressão, mais um dedo. — Não para — ela pede.

— Por quê? — provoco.

Nina está com os olhos apertados e a boca entreaberta, mas quando pergunto ela estira os lábios em um sorriso malicioso. Me sinto estranhamente excitado pela maneira como ela parece poderosa pra caralho, sorrindo assim para mim com essa cicatriz no rosto, me olhando de cima e dizendo com a voz arrastada que o que faço com meus dedos dentro dela é gostoso demais.

— Então goza pra mim, Nina — peço, sentindo os músculos de meu braço queimando.

E Nina goza sorrindo. Fazendo meu coração inflar no mesmo ritmo que meu pau incha entre minhas pernas.

Mesmo depois que ela amolece ao meu redor, fico ali, acariciando suas paredes internas, sentindo o líquido quente que desce por entre meus dedos até finalmente abandonar o interior de Nina para encontrar o interior de minha boca.

Chupo os dedos, deliciado com seu gosto, ela observa a cena com uma satisfação ímpar.

— A gente pode terminar isso em outro lugar? — ela pergunta, dengosa.

— Terminar? — pergunto para provocar.

— Achou que eu ia ficar satisfeita com isso? — ela devolve.

No fundo, eu esperava que sim, mais por medo do que vem a seguir, porque no instante que eu levar Nina para minha casa as coisas podem dar muito certo ou muito errado.

Agora foram quatroOnde histórias criam vida. Descubra agora