26. Amazing

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Eu falhei com vocês. Falhei mesmo, eu sei, decepcionei vocês e sinto muito. Acontece que muitas coisas aconteceram desde o último capítulo, e depois que eu recebi algumas críticas sobre a história eu entrei em profunda reflexão. Eu sei que Feelings não é perfeita. Percebo isso há muito tempo e as vezes tenho uma vontade muito grande de reescrever, mudar alguns detalhes, talvez, sei lá. Mas eu não vou fazer isso. Pelo menos não até terminar de escrever e concluir. Não vou parar de escrever, também. Feelings não é perfeita mas é minha, é nossa, e ótima do próprio jeitinho. Aos que não gostam, me desculpem. Aos que me acompanharam até agora e ainda estão aqui lendo isso, vcs tem minha gratidão.

A todos, feliz ano novo 🤍

— xoxo, panic <3




Se olhar no espelho e não reconhecer o que o reflexo produzia foi uma das coisas mais frustrantes que Jimin já experimentara na vida.

Era engraçado. Ao menos na teoria. O que acontece quando você não se reconhece mais quando olha para um espelho? Ele não tinha a resposta pra isso, mas ele já tinha aprendido que ele não teria resposta para muitas coisas. Pra maioria delas, até.

O irônico, é que ele jamais tinha se visto tão... elegante. Gracioso. Um ômega de respeito. Até seu cabelo, anteriormente denominado – por ele mesmo – indomável, possuía um aspecto mais saudável agora.

E isso fora as roupas, que o Park dispensava comentários sobre. Yoongi realmente tinha mãos mágicas. O tecido era tão suave que ele se sentia dentro de uma segunda pele. Uma pele estranha a qual mostrava uma realidade que não era dele. As roupas caiam como uma luva em si, mas a imagem não se encaixava. Ele parecia tão... comum. Chique, sim, porém comum.

Mas talvez não fosse esse o problema, então?

Ele não era comum. Ponto. Isso não era uma inverdade, e Jimin tinha aprendido a aceitar com o passar dos anos. E de modo algum ele voltaria a encarar isto como uma perspectiva ruim, mas ele tinha prometido a si mesmo que nunca iria fingir ser algo que não era.

Só que então, agora, no dia seguinte a conversa particular com Jungkook nos segredos da madrugada, uma pergunta começava a rondar em sua cabeça: Será mesmo que não?

Porque ele não se sentia como ele mesmo.

Quer dizer, há quanto tempo ele não corria nu pela floresta? Em forma de lobo, claro. Teve que rir com o trocadilho deveras infantil na sua cabeça.

Ele também sentia saudade da alcateia. Eles não eram como pessoas, claro, e provavelmente já o tinham esquecido, já que eles eram lobos selvagens, mas Jimin não podia deixar de sentir um aperto no peito ao lembrar deles. O Park jamais poderia esquecer que aqueles animais foram tudo o que ele tivera por muitos anos, e grande parte da sua sanidade foi mantida por causa deles. A rotina inconstante mas sempre padronizada da alcateia era reconfortante, e ele tinha se acostumado.

Mas eles sabiam se cuidar sozinhos, desde que os caçadores evitavam chegar perto deles graças ao perceptível número no aumento da matilha nos últimos anos – que poderia ou não ter tido uma mãozinha dele.

E como se isso já não tivesse bastado, ele se descobrira muito mais ferrado do que imaginara. Parecia que o universo estava de complô contra ele. De todos os clãs possíveis da Coreia e fora dela, a comitiva que visitava a mansão Jeon tinha mesmo que ser do clã Lee?

Na verdade, olhando para sua sorte, é claro que tinha.

Se ele já não queria antes fazer a excursão prometida a Taehyung – porque apesar da discussão com Jungkook, não, Jimin definitivamente não era o mais entusiasta daquela promessa –, agora sim ele faria de tudo para evitar o Kim mais ainda.

 Feelings |Jikook ABO|Onde histórias criam vida. Descubra agora