Feelings |Jikook ABO|

17. The honor in attitudes pt. I

- O que aconteceu com Jimin? - O Jeon mais novo perguntou novamente, mais afobado do que da última vez depois dos segundos sem respostas, o nervosismo aumentando por causa das feições receosas do empregado.

Suho mordeu o lábio, nervoso, pensando numa forma de como contar aquilo sem que seu patrão surtasse. O observou bem, tentando prever suas reações. É. Ele surtaria de qualquer jeito.

Mas isso não significava que Suho não poderia adiar isso o máximo que conseguisse.

- Tivemos um problema entre ele e um funcionário novo e... Eu não estava na hora, não sei exatamente explicar o que aconteceu. Acho que seria mais conveniente se o senhor visse. - O mordomo gesticulava nervoso, alternando o olhar entre o lado de fora do escritório e os dois alfas presentes nele.

- Claro, vamos. - Afoito, deu as costas ao pai indo em direção a porta onde Suho se encontrava.

- Bem. - Jong-su foi quem falou antes que o filho cruzasse a porta, coçando a garganta e voltando a postura cínica inicial, cruzando as mãos sobre a mesa. - Acho que você tem de ir. Resolveremos esse assunto depois.

- Não temos assuntos para resolver. - Jungkook retrucou irritadiço. - Já foi decidido. Não há mais o que discutir. - Sumiu entre as brechas da entrada, e tudo que foi ouvido depois foi o estrondo da madeira, deixando pra trás o progenitor indignado graças a indigente rebeldia do filho.

[...]

Suho descia o vão de escadas depressa, querendo chegar logo na cozinha e tentando não ser pisoteado pelo patrão, que vinha odioso atrás de si, seus passos pesados fazendo pequenos estrondos no chão de mármore enquanto amaldiçoava seu pai não por ter feito o escritório em um lugar mais acessível, e o mordomo silenciosamente fazia o mesmo. Acreditava que até que chegassem à cozinha, Jungkook já teria explodido de estresse.

Não era apenas o problema que envolvia Jimin que o deixara tão enervado, o mordomo bem sabia, e caso se atrevesse a dar um palpite, chutaria que a conversa que o primogênito tivera com a pai minutos antes havia contribuído em grande parte em toda aquela tensão.

Todos sabiam que conversas entre Jong-su e Jungkook nunca acabavam bem, já não era surpresa. O temperamento gentil e doce do mais novo parecia se evaporar na presença do ainda chefe do clã, se tornando tão frio quanto o próprio.

Quando enfim cruzaram a sala de jantar e já se podia visualizar a porta que dava lugar a cozinha, conseguiram ouvir perfeitamente a voz alterada de Sandara e as lamúrias perdidas das cozinheiras.

Certo, as coisas estão piores do que imaginei. Pensou Jungkook. E elas deveriam estar mesmo. Sandara raramente se alterava, mesmo administrando o castelo, que convenhamos, não era pequeno. A ômega odiava perder as estribeiras e gritar para que as fossem resolvidas, e jamais perdia a classe, apesar de sempre ser tão gentil. Então sim, algo que grave deveria ter acontecido.

Os alfas apertaram o passo.

- Isso será reportado ao chefe, eu não aceito isso na minha cozinha! - Ouviram Sandara bradar em plenos pulmões antes de entrarem no cômodo, revelando a presença furiosa do Jeom e a ofegante de Suho. - Olha ele aí.

Os empregados estavam divididas entre as extremidades da cozinha, uns estando juntos e outros separados, mas todos possuíam um único olhar de desprezo para um alfa loiro no centro do cômodo, com Jimin rosnando para ele e sendo meio amparado meio segurado por uma ômega baixinha e uma beta esguia.

- Jimin? - Seus olhos quase saltaram do rosto. - O que está acontecendo aqui?!

A governanta se dispôs a falar, tomando a dianteira, e ela parecia verdadeiramente raivosa.