Feelings |Jikook ABO|

5. Bad Feeling

Anos depois...

Após o nascimento do pequeno Jimin, o que mais fazia Jiwoo perder as noites de sono - Além da amamentação constante e dos chorinhos em momentos aleatórios. - era o medo persistente de que fossem descobertos.

Apesar de o aroma forte de gardênias, jasmins e baunilha ter sumido durante as últimas semanas de gravidez, ele voltou com força total após um mês de nascimento do lúpus. Bebês lupinos quando recém-nascidos e até os seis anos, possuíam um odor fraquinho, quase inexistente, porém era o suficiente para discernir qual seria sua classificação. Jimin não. Ele cheirava quase como um adulto. Não estava tão forte quanto era na gestação, mas ainda assim era incomum. Ele também não poderia tomar a poção que inibia sua fragrância, já que pelos primeiros meses de vida era de suma importância que ele tivesse uma alimentação saudável com apenas leite materno.

O casal evitava receber visitas, já que ninguém poderia saber sobre o bebê e Yoohyeon, esta que passava mais tempo na cabana do casal do que na própria, já que com o tempo os três  naquela casa se apegaram irreversivelmente à ela. - Tanto quanto ela à eles. - A ômega já podia sair da casa com o fim da gravidez, e quando o neném completou três meses ela achou que fosse o certo, para as pessoas que os conheciam naquele clã não desconfiarem de que os tais cios desregulados eram algo à mais e resolverem conferir de primeira mão. Ela também voltou seu ofício de professora para algumas crianças daquela província, enquanto Jimin ficara aos cuidados da mulher mais velha.

Falando em Jimin, conforme este crescia, os adultos se impressionavam cada vez mais com sua inteligência e agilidade. Não era como se ele tivesse uma força enorme ou escalasse paredes. Porém, era notável o nítido desenvolvimento precoce comparado à outras crianças que não eram lúpus, como a sua primeira palavra, - Amma - que foi dita um pouco antes do tempo normal, ou os primeiros passinhos.

Soobin só conseguia sentir um orgulho imenso do seu filhote, que a cada dia ficava mais forte. O alfa sempre soube que ele seria uma criança especial - mesmo que antes achasse que era só seu lado paterno falando mais alto. -

Jimin desde muito novo sempre se mostrou muito interessado em todas as coisas novas que via, como os livros que sua mãe trazia do trabalho, os movimentos que seu pai fazia no quintal e até as poções medicinais que sua madrinha fazia. E sim, Yoohyeon era a madrinha do pequeno lúpus, porque apesar de Jiwoo e Soobin não serem de nenhuma religião específica, eles queriam muito que a mais velha tivesse um contato íntimo com seu filho, principalmente depois de tudo que ela fez por eles. Então mesmo que não fosse nada oficial, - Eles não poderiam arriscar de batizar a criança. - ensinaram Jimin a chamá-la de madrinha.

Os adultos sempre buscavam ao máximo mantê-lo ocupado. Queriam evitar que o menor questionasse do porquê de não ter autorização para sair das redondezas da cabana. O davam livros, folhas, lápis, alguns brinquedos e por vezes ele observava atentamente Yoohyeon fazendo chás ou cremes medicinais quando se machucava brincando no quintal.

Impressionantemente, Jimin, com cinco anos, aprendeu à ler e a escrever, - Muitíssimo bem, para uma criança de tal idade, aliás. - o que de certa forma preocupou seus pais. Não porque acharam aquele feito incomum demais, - Mesmo que fosse. - mas porque temiam que com a leitura seu filhote ficasse curioso sobre o que havia lá fora, mais distante das redondezas da cabana em que viviam. Se preocupavam que o menor fizesse perguntas como o porquê de não poder sair para a aldeia ou brincar com outras crianças. Já que, sinceramente, eles não saberiam o que responder.

Aos seis, com o intuito de ocupar mais ainda a mente do menino, Yoohyeon deu a ideia de realizar aulas sobre conhecimentos medicinais para Jimin.

Não era nada muito complexo, ela apenas o ensinaria cada tipo de planta, se era venenosa ou não, e no que estas poderiam ajudar para fazer chás e remédios, com o intuito de curar feridas, resfriados, ou até mesmo doenças. Começaria com o mais básico, e ao longo das aulas eles proguediriam.