𝐴 𝑃𝑎𝑖𝑥ã𝑜 𝑑𝑒 𝐽𝑎𝑠𝑜𝑛 𝑉𝑜𝑜𝑟ℎ𝑒𝑒𝑠❤🔪

Eu é o Diabo

☪︎Jason☪︎

Ao chegar na pequena cidade, sinto uma atmosfera pesada e sombria. Andando mais um pouco, avisto um grupo de jovens que, à primeira vista, parecem hostis. Eles se movem de forma errática pelas sombras e, ao me aproximar, os quatro se posicionam à minha frente. Um dos rapazes, com um sorriso sarcástico, me observa de cima a baixo.

-Ih, olha esse cara!-exclama o primeiro, aproximando-se com um tom zombeteiro.

-Está meio cedo para o Dia das Bruxas, não é?-comenta o segundo, rindo de forma irônica.

-Mano, esse cara é muito estranho, nunca vi ele por aqui-diz o terceiro, cutucando o colega ao meu lado.

-Por que não roubamos ele agora?-sugere o quarto, brandindo um canivete afiado em minha direção.

Sinto a adrenalina subir e, em um movimento rápido, puxo meu terçado, cortando a mão do jovem armado. Ele grita de dor e se contorce no chão, enquanto o restante do grupo entra em pânico. Um deles, com um banco de madeira nas mãos, tenta me atingir na cabeça, mas o impacto não me derruba. Em vez disso, agarro o pedaço de madeira que sobrou e o uso para atravessar seu pescoço. Em um frenesi, esmago as cabeças dos dois últimos jovens contra a parede, enquanto o barulho ecoa pela rua deserta.

Caminhando alguns metros adiante, avisto outro jovem em pé, segurando uma colher e uma seringa. Ele parece estar sob efeito de drogas. Ao me aproximar, não hesito em atacar; corto sua mão que segura a colher. Ele, desesperado, me atinge no pescoço com a seringa, mas, em um movimento rápido, erguo meu terçado e o decapito. Após a cena de carnificina, decido deixar os corpos ali mesmo, perdi tempo demais com esses jovens inúteis.

Ao me afastar do local, sinto uma estranha sensação de desorientação. Em um piscar de olhos, me vejo em Crystal Lake.

-Te achamos, aberração!-grita uma criança, com a voz macabra.

-É ele mesmo!-outra criança responde, unindo-se ao coro de zombarias.

-Vamos atrás dele, pega ele!-uma terceira criança instiga, como se fosse um jogo.

Confuso, percebo que estou revivendo aquele dia maldito. Mas de alguma forma estranha, isso está acontecendo completamente diferente do que lembro.

-Ei, deixem ele em paz!-uma garota, que logo identifico que é Charlotte, se interpõe entre mim e os outros, tentando protegê-me.

-Charlotte, me ajuda, por favor!-imploro, enquanto as crianças me arrastam em direção ao lago.

Ela tenta me ajudar, mas é puxada para longe por eles, sua luta em vão me deixa angustiado. Por que estou vivendo isso novamente? A dor da rejeição e do desprezo se intensifica.

-OK, então vamos largá-lo no lago! - grita uma das crianças, e logo sou jogado na água gelada.

Começo a afundar, me debatendo em desespero; não sei nadar.

-Jason, pega a minha mão! Vem rápido!-Charlotte grita, estendendo a mão para mim.

Finalmente, ela é minha única esperança. Mas, antes que eu possa alcançá-la, uma risada sinistra ecoa ao meu redor.

-Hahaha, olá, aberração-é a voz de Freddy Krueger, cortante como suas garras.

-O que está fazendo aqui?!-pergunto, impotente.