𝐎 𝐒 𝐀 𝐌 𝐔 𝐌 𝐈 𝐘 𝐀— Merda... — Murmurei baixinho após perder o compasso da música pela milionésima vez.
Joguei as baquetas no chão e me levantei indo em direção ao frigobar pegar água. O resto da banda continuou tocando até terminar a música. Atsumu estava sentado no sofá pois já havia desistido de tentar tocar e estava só escutando e dando algumas indicações enquanto ensaiávamos.
O silêncio reinou enquanto o som da guitarra reverberava o final da música.
Kageyama suspirou pela enésima vez nos últimos trinta minutos e falou o que todos pensávamos.
— Que bela merda.
Um grunhido de concordância saiu pelo lábios de todos. Ri me jogando em cima de Atsumu que tinha a cabeça voltada para trás no encosto do sofá.
— Só estamos completamente desfocados e desarmonizados hoje, nos outros dias estava praticamente perfeito. — Meu irmão falou enquanto começava acariciar meu cabelo.
Meu olhos se fecharam instantaneamente, o calmante que eu havia tomado começando a fazer efeito.
— A competição é daqui alguns dias, precisamos harmonizar de novo. — Suna falou.
— Como? — Perguntei.
Ele fez careta.
— Resolvendo nossos conflitos internos. — Kageyama falou enquanto juntava as mãos como se fosse um monge.
Rimos enquanto nos arrumávamos para ir embora.
Hoje era um dia particularmente ruim.
Data da morte da minha mãe e dia do julgamento do pai de Suna.
O nervosismo era praticamente paupável e visível, quase escorrendo por nossos ossos.
Rintarou tinha proibido nossa ida ao tribunal. Literalmente. Os seguranças iriam barrar a entrada de qualquer um de nós.
Segundo ele, era pra nos protegermos caso tudo desse errado.
"Não quero que ele saiba quem é importante para mim, ele poderia fazer algo com vocês."
O que era hipócrita quanto à mim já que o pai dele já sabia sobre minha...
Relação?
Interação com o filho dele.
Mas eu não discuti e preferi ser um pouco egoísta e me remoer com meus próprios problemas.
O que acabou, consequentemente, o poupando de outra dores de cabeça, já que, como sempre, ele queria resolver as coisas sozinho.
E, sinceramente, eu não estava em uma posição muito boa para tentar ajudá-lo.
A terapia estava indo relativamente bem.
Levando em conta que minha psicóloga havia me colocado em observação por conta dos surtos de raiva e a autodepreciação física que vinha ocorrendo nos últimos tempos e eu era ignorante o suficiente para pensar que era normal, era bom que estivesse indo bem.
Os desabafos e o medicamento estavam ajudando a me colocar na linha de novo e as coisas estavam se acalmando, mas hoje era um dia complicado.
Mesmo com o calmante correndo pelas minhas veias, a ansiedade e nervosismo assolavam meu corpo enquanto meu irmão dirigia em direção ao cemitério.
Todos os anos a reação era praticamente mesma, um pequeno nervosismo e uma centelha de culpa, mas nesse ano ainda tinha a merda de um coração partido.
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Red Bones | Osasuna
FanfictionAtsumu precisa urgentemente de um baterista substituto em sua banda. Seu irmão gêmeo, Osamu, é uma ótima opção, mas exita por causa de seus traumas. Após convencer o mais novo a participar de uma competição, Atsumu fica tão feliz, que não percebe o...