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— Aqui parece aquelas baladas de gente rica. - Admito entrando.

Estou aqui na festa que ele me chamou. É uma balada enorme cheia de luzes brilhantes. Está cheio de gente, e todos parecem estar doidos.

O dono é o pai do meu amigo da faculdade. - Responde sorrindo e pegando um copo. — Este é de que, chefe?

— Vodka pura. - Responde o garçom alto.

— Obrigado. - Agradece e já me puxa para o canto da festa. — Se anima, poxa.

— Estou animada, amor. Mas você sabe que isso não é meu estilo. - Comento olhando para o palco. Tem um Dj tocando um eletrônico bem pesado.

— Ah, você tem que gostar. Eu adoro isso aqui.

— Ah, sim. - O respondo olhando para o chão.

Kevin esta mexendo o corpo e bebendo mais toda vez que o garçom passa. Ele rouba alguns beijos meus e eu dou uma risadinha.

Até que ele me gruda em seu corpo, e começa a pular e falar em meu ouvido:

Você está muito gostosa. - Diz sorrindo observando meu vestido curto branco e toma seu drink de novo.

— Obrigada, você também está lindo.

pra ver que ele está começando a ficar louco por conta do álcool. E isso começa a me deixar estranha.

Quer ir lá pra cima? Temos acesso VIP. - Pergunta tomando o último gole de seu copo. — Lá tem mesas e é menos cheio.

— Tudo bem, vamos.

Ele pega meu pulso e vai me levando até a parte de cima. Realmente é melhor. Vamos até um segurança alto que fica na frente da escada, e Kevin mostra sua pulseira verde neon.

Essa daqui tem direito a um acompanhante, meu amigo. - Kevin grita por conta da música alta.

Podem entrar, tenham uma boa festa.

Agradecemos e sentamos em uma mesa próxima.

Daqui eu consigo ver toda a festa, e sempre com muita iluminação que deixa meu olho arder.

— Amor - Chamo ele que está vidrado olhando o celular.

— Oi, linda.

— Desculpa não estar aproveitando muito estar aqui com você. Realmente não faz meu estilo. - Digo apoiando minha cabeça em seu ombro.

— Relaxa. Estar com você aqui já me deixa bem. E se quiser, podemos ir embora.

— Sério?

— Claro. - Responde bebendo mais.

Dou um beijo nele.

— Você é um amor. - Digo dando um beijo rápido em sua bochecha.

Kevin tem o costume de ser muito carinhoso e fofo com todos. Ele é educado, e extremamente inteligente. E faz literalmente tudo para mim. E até para as outras pessoas.

Ele é como aquele amigo super gente boa. Que está sempre sorrindo, sempre feliz e estudando.
Porém esse ano mudou, depois que ele foi para o segundo período da faculdade e começou a se juntar com as outras pessoas, veio a beber bebidas alcoólicas que antes ele nem tocava.

Mas bem, Kevin continua o mesmo garoto de sempre, que agora "se diverte" nas festas.

Quando nos conhecemos, éramos melhores amigos, desde os treze anos. Ele era o nerd e eu a nerd da sala, sempre os nota 10, em tudo!
Até que ele disse que estava gostando de mim, e eu, bem, não gostava dele dessa forma, e então eu disse para minhas amigas da época, e elas começaram a falar para eu dar uma chance, ele era um gatinho e seria um ótimo namorado. Até que eu comecei a sentir coisas por ele depois de todas ficarem colocando pressão.

E então, hoje estamos juntos desde aquela época.

Não sei se foi amor mesmo antes, por conta da pressão, mas atualmente, não me vejo namorando outra pessoa.
Ele me estabilidade, me ama muito e é o melhor namorado de todos os tempos!

— Sei que sou. - Responde se gabando.

Ele hoje está com uma camiseta aberta de flor, bem tropical. Ele adora usar roupas de praia, e eu sinceramente, acho isso atraente.
Bem, depois de um tempo eu comecei achar.

Flora? Você entendeu?

— O quê? Desculpa, eu estava em alguns devaneios. Repete.

— Segunda de manhã vou ficar estudando muito. Mas depois eu vou no shopping comprar cardigãs e chinelos novos. Quer ir comigo?

— Segunda não vai dar. Irei estar trabalhando. - O Respondo fazendo cafune nele.

— Af, aquela criança insuportável de novo. - Se ergo logo após dizer, ficando todo jogado na cadeira.

— Não diz assim, ele só tem dois anos.

Ele sempre fala que odeia crianças. Sempre reclama quando tem alguma perto...

Diferente de mim que adoro, gosto de conhecer o mundinho delas.

<3

Logo após, saímos da boate.
Eu pego o carro e começo a dirigir até a casa dele.

Meu deus, amor, eu estou doidão. - Diz rouco.

— Dá pra perceber. Agora iremos pra casa, tomar um banho e dormir. Hoje foi um dia longo. - O respondo virando a esquerda.

— Cuidado para não estragar meu carro. Esse foi meu presente de aniversário do meu pai. - Avisa abrindo a janela.

— Fica calmo, eu tenho carteira. - Dou um sorriso pra ele.

Até que alguns segundos depois ouço seus roncos pesados.

O que aconteceu com o meu Kevin? - Sussurro baixo.

Olhos viajantesOnde histórias criam vida. Descubra agora